Questões de Concurso Público Prefeitura de Americana - SP 2023 para Professor de Educação Básica 2 - História

Foram encontradas 50 questões

Q2060353 Português

Tecnologia

Para começar, ele nos olha nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!” Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público. Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero. Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

Luis Fernando Verissimo

 

O texto “Tecnologia” foi escrito: 
Alternativas
Q2060354 Português

Tecnologia

Para começar, ele nos olha nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!” Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público. Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero. Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

Luis Fernando Verissimo

 

No texto, aparece várias vezes o verbete “ele” que se refere: 
Alternativas
Q2060355 Português

Tecnologia

Para começar, ele nos olha nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!” Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público. Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero. Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

Luis Fernando Verissimo

 

O texto refere-se por diversas vezes à “máquina de escrever” porque: 
Alternativas
Q2060356 Português
No trecho: “mas não tinha a mesma empáfia”, a palavra em negrito pode ser substituída - sem prejuízo de valor – por: 
Alternativas
Q2060357 Português
No trecho: “A máquina de escrever faz tudo que você manda...”, o verbo é classificado em: 
Alternativas
Q2060358 Português
A quais classes de palavras pertencem os verbetes em negrito, respectivamente: “Esse negócio de que qualquer máquina é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele.” 
Alternativas
Q2060359 Português

Analise, sintaticamente, as orações e assinale a alternativa correta em relação à regência verbal:


I-Mamãe gosta de pudim de chocolate.

II- A menina está belíssima.

III- Choveu intensamente. 

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Q2060360 Português

Assinale a alternativa que justifica, corretamente, a colocação pronominal na oração a seguir:


Não te devolvi a borracha? 

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Q2060361 Português

Na oração:


Fizemos um delicioso bolo de chocolate.


Assinale a alternativa que classifica, sintaticamente, sujeito, verbo e complemento.

Alternativas
Q2060362 Português
Assinale a alternativa que apresenta a ortografia correta de todas as palavras, conforme a regra do hífen: 
Alternativas
Q2060363 Matemática
Uma panela de pressão custa R$ 469,90 na loja de Carla. Caso uma pessoa a compre e ganhe 10% de desconto, o valor pago, será de, aproximadamente: 
Alternativas
Q2060364 Matemática

Judas realizou cinco testes para ser aprovado em um concurso. As notas que ele obteve em cada teste, estão apresentadas abaixo. Observando essas notas, é correto afirmar que a média de Judas, foi de, aproximadamente:


8,6 / 9,4 / 10,0 / 7,8 / 6,5 

Alternativas
Q2060365 Matemática
Por quanto tempo, um capital de R$ 1.780,00 deverá ser aplicado no regime de juros simples, a uma taxa de 1,5% ao mês, a fim de render R$ 186,90 de juro: 
Alternativas
Q2060366 Matemática
Simony planta 4 mudinhas de abacate por dia. Seguindo essa proporção, durante quantos dias ela irá plantar 76 mudinhas, no total: 
Alternativas
Q2060367 Matemática
O Máximo Divisor Comum entre os números 80 – 75 – 60, é: 
Alternativas
Q2060368 Atualidades
No dia 16 de setembro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a ampliação do uso da vacina contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos da seguinte marca: 
Alternativas
Q2060369 Atualidades
No dia 2 de Outubro de 2022 os brasileiros foram às urnas para votar. Em uma eleição histórica, marcada pela polarização, as abstenções foram altas. O número representa cerca de 20,9% do eleitorado de 2022. Segundo o TSE esse número foi de: 
Alternativas
Q2060370 Atualidades
No dia 19 de setembro, aconteceu o funeral da rainha Elizabeth II. O caixão deixou o Westminster Hall e prosseguiu até a Abadia de Westminster, onde foi realizada uma missa. Em seguida, o corpo foi enterrado na cripta real da capela de São Jorge, que fica dentro do castelo de: 
Alternativas
Q2060371 Atualidades
Foi preso no Rio de Janeiro, no dia 15 de setembro, acusado de armazenar fotos e vídeos de pornografia infantil e investigado pela denúncia de pagar por sexo com uma menor de idade, um ator global de 72 anos. Qual o nome desse ator? 
Alternativas
Q2060372 Atualidades
Cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia por trás do primeiro anticoncepcional masculino prometem que o produto deve ficar pronto até 2023. Em forma de vacina e tem efeitos que duram até 10 anos, o nome do anticoncepcional é: 
Alternativas
Respostas
1: B
2: E
3: D
4: C
5: B
6: C
7: A
8: D
9: B
10: D
11: D
12: D
13: A
14: B
15: B
16: B
17: A
18: E
19: C
20: A