Questões de Concurso Público Petrobras 2018 para Economista Júnior
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Na definição clássica de Joe Bain, existem barrreiras à entrada numa determinada indústria quando suas características estruturais são tais que as firmas estabelecidas conseguem fixar seus preços acima do preço considerado competitivo, mas são capazes, simultaneamente, de impedir, de forma persistente, a entrada de concorrentes potenciais.
Dentre os elementos seguintes, constitui uma barreira estrutural à entrada de concorrentes:
O sentimento que hoje dá a tônica no Brasil é o de desalento. Depois de três anos da mais grave recessão da história do país, a economia dá sinais de recuperação, mas ainda não há investimento para garantir um novo ciclo de crescimento. Não há investimento porque a confiança não se recuperou.
RESENDE, A.L. “O que esperar do Brasil em 2018”. Valor Econômico, Caderno Eu e Fim de Semana, edição impressa de 5 jan, 2018, p.10.
A proposição teórica que atribui ao estado de confiança dos empresários a principal causa para a ativação dos investimentos está relacionada ao processo de formação das expectativas
A teoria da firma moderna enumera as principais características das firmas que operam num mercado perfeitamente competitivo e das que atuam num mercado oligopolizado.
A esse respeito, assegura-se que a firma perfeitamente competitiva
O modelo de Mundell-Fleming (IS-LM-BP) é amplamente utilizado para analisar os impactos decorrentes da adoção de políticas econômicas em países com diferentes regimes de câmbio e graus de abertura ao movimento de capitais. O Brasil, atualmente, adota um regime de câmbio flutuante e possui um grau bastante elevado de abertura (ainda que imperfeita) ao movimento de capitais.
Nesse caso, suponha que, partindo de uma situação de equilíbrio inicial em que haja desemprego involuntário, o Banco Central do Brasil implemente uma política monetária expansionista visando a fomentar o nível de emprego.
De acordo, exclusivamente, com o modelo de Mundell-Fleming, os resultados previstos no longo prazo, comparados à situação inicial, seriam os seguintes:
A regra de Taylor é uma das mais conhecidas regras de política monetária dos bancos centrais. Na formulação mais simples, ela pode ser expressa como:
em que o subscrito t é o horizonte temporal de um ano;
i é a taxa de juros básica;
rn é a taxa de juros real natural;
πt é a taxa de inflação efetiva;
πm é a meta de inflação anual;
lnYt é o logaritmo do produto efetivo;
lnYt* é o logaritmo do produto potencial, compatível com a taxa natural de desemprego, e α e β são os pesos relativos conferidos pela autoridade monetária aos objetivos de alcançar a meta de inflação e o produto potencial, respectivamente.
Nesse contexto, suponha um banco central que confira peso igual aos objetivos de atingir a meta de inflação e o produto potencial (ou seja, α = 0,5 e β = 0,5).
Se as evidências confirmarem que a taxa de inflação efetiva alcança níveis inferiores à meta de inflação, e a taxa de desemprego persiste significativamente acima da taxa natural de desemprego, a regra de Taylor estabelece que, supondo tudo o mais constante, a autoridade monetária deverá
A função-demanda inversa de uma firma monopolista foi estimada pela seguinte equação: p (q) = 190 – 2q, em que p é o preço unitário, e q, a quantidade produzida.
Supondo-se que essa firma opere com um custo marginal constante de R$ 10,00, seu lucro será maximizado quando a quantidade produzida (q) e o preço unitário (p) forem, respectivamente:
O Banco Central do Brasil registrou os seguintes indicadores relativos ao balanço de pagamentos brasileiro em 2016 (em US$ milhões correntes):
Balança comercial (bens) 45.037
Serviços - 30.447
Renda primária - 41.080
Renda secundária 2.944
Conta capital 274
Conta financeira - 16.415
Erros e omissões 6.857
Disponível em:<http://www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/indeco.asp> . Acesso em: 9 jan. 2018.
De acordo com os indicadores mencionados, o saldo do
balanço de pagamentos em transações correntes, em
2016, registrou
Admita que a economia global seja dividida em dois blocos: países desenvolvidos, abundantes em capital; e países em desenvolvimento, abundantes em trabalho. Considere, adicionalmente, que ambos os blocos contêm dois setores produtivos: o setor agrícola, que produz bens homogêneos, é intensivo em trabalho e opera com retornos constantes de escala e condições de concorrência perfeita; e o setor industrial, que produz bens diferenciados, é intensivo em capital e opera com retornos crescentes de escala e condições de concorrência monopolística.
De acordo com as novas teorias de comércio internacional (new trade theories), se os dois blocos se engajassem em práticas de livre-comércio puro, os fluxos de comércio entre ambos seriam
A destruição dos excedentes das colheitas se impunha, portanto, como uma consequência lógica da política de continuar colhendo mais café do que se podia vender (...). O que importa ter em conta é que o valor do produto que se destruía era muito inferior ao montante da renda que se criava. Estávamos, em verdade, construindo as famosas pirâmides que anos depois preconizaria Keynes. Dessa forma, a política de defesa do setor cafeeiro nos anos da grande depressão concretiza-se num verdadeiro programa de fomento da renda nacional. Praticou-se no Brasil, inconscientemente, uma política anticíclica de maior amplitude que a que se tenha sequer preconizado em qualquer dos países industrializados.
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil, 32ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002, pp. 197 e 200-201. Adaptado.
De acordo com a interpretação clássica de Celso Furtado, a principal consequência, no longo prazo, da política de Vargas de destruir os estoques excedentes da produção de café, como forma de minorar os impactos adversos decorrentes da grande depressão da década de 1930, foi
Em 1974, em um artigo publicado no jornal Opinião, o economista Edmar Bacha cunhou o termo Belíndia para enfatizar que o Brasil, durante o período do chamado “milagre” econômico (1967-1973), mantinha características da Bélgica, um país rico e de reduzido contingente populacional, e da Índia, um país pobre e populoso.
Nesse sentido, o termo Belíndia procurava confirmar que, nos anos do período do “milagre” econômico brasileiro, houve
Alcançamos o fim de um período econômico, o da globalização encabeçada pelo Ocidente, e de um período geopolítico – o momento “unipolar” do pós-Guerra Fria. Foi isso o que argumentei quase exatamente um ano atrás. A interrogação era se o mundo vivenciaria o esfacelamento da ordem liberal pós-Segunda Guerra Mundial criada pelos Estados Unidos, para um quadro de desglobalização e conflito, ou se haveria um renascimento da cooperação. Após um ano do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devemos voltar a esse ponto. Em poucas palavras, o esfacelamento mostra-se ainda mais provável.
WOLF, Martin. Valor Econômico. Edição impressa de 3 jan. 2018. Adaptado.
A medida que, caso viesse a ser adotada pelo governo dos Estados Unidos, poderia, efetivamente, representar um risco para a continuidade do processo de globalização é a(o):
No início de 2014, o economista Gustavo Franco, um dos formuladores do Plano Real (1994), assim celebrava os 20 anos do bem-sucedido plano de estabilização inflacionária no Brasil:
Na próxima sexta-feira, dia 28 de fevereiro de 2014, quando começarem os trabalhos de carnaval, vamos festejar também os 20 anos da publicação da Medida Provisória n° 434, que introduziu a URV (Unidade Real de Valor), uma formidável inovação que assumiu a forma de segunda moeda nacional, porém apenas “virtual”, ou “para servir exclusivamente como padrão de valor monetário” (art. 1). A URV era o real, desde o início. Em seu artigo 2º, a MP 434 já determinava que, quando a URV fosse emitida em forma de cédulas — e assim passasse a servir para pagamentos —, o cruzeiro real seria extinto e a URV teria seu nome mudado para real.
Disponível em:<https://oglobo.globo.com/economia/20-anos-do-plano-real-11687119> . Acesso em: 20 jan. 2018.
A URV foi de capital importância para o programa de estabilização inflacionária no Brasil (Plano Real, 1994) porque
A distinção entre investimento externo direto (IED) horizontal e vertical tornou-se analiticamente de pouca utilidade nas últimas décadas, porque as empresas multinacionais passaram a adotar estratégias mais complicadas que no passado. Atualmente, as maiores empresas multinacionais adotam “estratégias complexas de integração”, por meio das quais tanto podem se engajar, simultaneamente, em IED horizontal e vertical, como também em “plataformas” de investimento direto (isto é, investimento em subsidiárias para fins de exportação).
HELPMAN, E. Understanding Global Trade. Cambridge, Mas.: Harvard University Press, 2011, p.134.
A principal mudança decorrente das novas formas de investimento externo direto (IED) e das “estratégias complexas de integração”, por parte das empresas multinacionais nas últimas décadas, foi a
Mais espanto ainda causou a “matriz do ministro”, a Nova Matriz Econômica (...). Em julho de 2012, Mantega anunciaria oficialmente o enterro do tripé. A base da política econômica brasileira não seria mais formada pelo triângulo do câmbio flutuante, das metas de inflação e do superávit primário.
DE BOLLE, M.B. Como matar a borboleta azul: uma crônica da era Dilma. Rio de Janeiro: Ed. Intrínseca, p.119.
No comentário crítico, a economista Mônica de Bolle refere-se à chamada Nova Matriz Econômica, adotada pela equipe econômica de Dilma Rousseff (2011-2014), cujos objetivos principais foram
Para designar os limites de disponibilidade de petróleo são usados os conceitos de recursos, reservas e capacidade de produção disponível sustentável.
Levando-se em conta as tecnologias disponíveis para recuperação do petróleo, verifica-se que os recursos petrolíferos incluem