Questões de Concurso Público Transpetro 2023 para Segundo Oficial de Máquinas (20N)

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Q2323103 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
De acordo com o narrador, a justificativa para recontar a história de Gabriel García Márquez é
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Q2323104 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
No conto recontado, os ciúmes que o morto provocou nos maridos da vila foi motivado pelo fato de ele ter  
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Q2323105 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
Que imagem ilustra a atmosfera vivida pelos moradores da vila antes do aparecimento do homem morto?
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Q2323106 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
Os habitantes da vila ficaram desapontados ao se depararem com o corpo depositado na areia por avaliarem que o episódio
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Q2323107 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
A reescrita de “Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto” (parágrafo 2) que preserva o seu sentido no texto é:
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Q2323108 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
O trecho do texto em que a vírgula tem a mesma função dos dois pontos empregados em “Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar” (parágrafo 5) é: 
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Q2323109 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
Em conformidade com o que prevê a norma-padrão, é obrigatório o uso do acento grave indicativo de crase na palavra destacada em:
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1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
O “enfado” (parágrafo 3) a que o autor faz referência diz respeito a uma rotina caracterizada pelo(a)
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O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
A colocação do pronome oblíquo átono em destaque está em acordo com os ditames da norma-padrão escrita em: 
Alternativas
Q2323112 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
A frase em que a concordância nominal do elemento em destaque se dá de acordo com as regras da norma-padrão é:
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Q2323113 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
The fragment of paragraph 2 “vulnerability is the birthplace of innovation” means that vulnerability
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Q2323114 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the sentence of paragraph 2 “Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security?”, the term nevertheless establishes the idea of 
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Q2323115 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
The segment of paragraph 2 “technology is the driving force behind progressive changes” means that technology
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Q2323116 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the segment of paragraph 2 “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through”, the term embedding could be replaced, with no change in meaning, by
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Q2323117 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the segment of paragraph 3 “becoming a top crude oil producer globally”, the term top could be replaced, with no change in meaning, by
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Q2323118 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the fragment of paragraph 3 “Guyana can (…) address the energy crisis”, the term address means 
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Q2323119 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the fragment of paragraph 5 “Innovative technology will play a critical role in climate change”, the verb form will indicates
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Q2323120 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the segment of paragraph 6 “Innovations and technologies are key to the energy transition”, the term key means
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Q2323121 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the passage of paragraph 6 “the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term”, the expression “over the long term” could be replaced, with no change in meaning, by
Alternativas
Q2323122 Inglês
Technology And Innovation:
The Gateway To Development For Guyanese?



     We live in vulnerable energy times. The energy crisis, climate change and energy transition are all shaking and shaping the global future. “The energy realities of the world remind us that oil and gas will be here for decades to pivot a just, affordable and secure energy transition,” as John Hess, CEO of Hess Corporation, mentioned during the International Energy Conference and Expo in Guyana in February 2023.

2       As someone said, vulnerability is the birthplace of innovation and technology is the driving force behind progressive changes. Nevertheless, how can Guyana play a vital role in reordering energy security? “By embedding innovation earlier in the process, Guyana can skip several steps and avoid what most economies went through” this idea was emphasized several times during the same conference. “If we integrate innovation into Guyana’s process today, there might be some accelerated success.”

3      Guyana can play an essential role in balancing the global energy supply and demand markets and address the energy crisis by becoming a top crude oil producer globally. The goal is to become competitive in the global oil and gas market and this can be achieved by attracting and establishing partnerships with companies that can bring increased efficiency and productivity to the local oil and gas operations, from exploration and production to storage and transportation. For Guyana, this means that improvements in regulations, a transparent, secure and competitive environment for foreign investment, and incentives from the government can serve as catalysts for technology and innovation.

    Collaborating with universities and creating a business innovation hub mentality for young entrepreneurs with government support, like loan guarantees, grants, and tax credits, will also spur the industry.

5       Innovative technology will play a critical role in climate change. The oil and gas sector must reduce its emissions by at least 3.4 gigatons of CO2 equivalent a year by 2050 – a 90 % reduction in current emissions. Guyana today can become a world leader in setting a benchmark around flaring and it’s possible for the country to achieve zero-flare objective, because “from day one the right solutions and the right technologies were properly planned and properly positioned in order to enable the extraction and the production with almost zero carbon footprint”, as the Emissions Director at Schlumberger vocalized about a year ago.

     Innovations and technologies are key to the energy transition, from floating wind farms to solar photovoltaic farm developments, waste-to-fuel projects and green hydrogen, shaping Guyana’s energy transition and future. All this requires not only massive financial support but an innovationoriented and technology-friendly environment, with a strong emphasis on education, training and research. Nevertheless, the decision in Guyana on what technologies to adopt and how much to innovate will have a big impact on results over the long term and the government should base it on a clear vision and roadmap.


Available at: https://www.newsamericasnow.com/guyana-oil-
-technology-and-innovation-the-gate-way-to-development-
-caribbean-news/. Retrieved on: April 26, 2023. Adapted.
In the section of paragraph 6 “the government should base it on a clear vision and roadmap”, the modal verb should indicates
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: A
4: D
5: C
6: C
7: A
8: B
9: E
10: D
11: B
12: D
13: A
14: C
15: E
16: A
17: B
18: E
19: C
20: A