Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2004 para Diplomata

Foram encontradas 150 questões

Q27904 História
A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.
Em 1944, representantes de 44 países - entre os quais o Brasil - reuniram-se em Bret t on Woods com o objetivo de criar mecanismo s q u e livrassem o mundo de crises globais, a exemplo da decorrente da Primeira Guerra e, em especial, da Grande Depressão dos anos 30.
Alternativas
Q27905 História
A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.
No pós-Segunda Guerra e ao longo dos anos 50 do século XX, coincidindo com a " era de ouro" mencionada no texto, o sistema de Bretton Woods funcionou sem maiores atropelos. Contudo, na década de 60, ele começou a ser fortemente pressionado em função, sobretudo, do déficit em conta corrente que o s E UA passaram a registrar, processo acelerado em larga medida pelas despesas com a guerra no Vietnã.
Alternativas
Q27906 Relações Internacionais
A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.
Em 1973, a guerra entre árabes e judeus é um dos símbolos do fim da " era d e o uro". Sofrendo os efeitos da desvalorização do dólar decidid a em 1971 (governo Nixon) e ante o apoio norte-american o a I s r ael, os países árabes quintuplicam o preço do barril de petróleo, o que gera efeitos devastadores nas economias ocidentais.
Alternativas
Q27907 Relações Internacionais
A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.
Em que pese a agressiva retórica protecionista expressa por quase todos os países, as duas últimas décadas do século passado assistem à plena abertura dos mercados. Era a economia d ei xando de ser internacional para se tornar efet ivamente mundial, o que exigiu o fim de instâncias reguladoras do comércio, como foi o caso do GATT.
Alternativas
Q27908 Geografia
A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.
Em uma economia que se globaliza rapidamente, a formação de blocos regionais é justificada como caminho adequado à melhor inserção internacional de seus integrantes. Nessa perspectiva, a União Europeia, criada já como mercado comum pelo Tratado de Roma, de 1957, é o melhor exemplo de integração rápida , abrangente e completa que se conhece.
Alternativas
Q27909 Relações Internacionais
É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.
A aproximação en t re Argentina - governo Alfonsín - e Bras i l - governo Sarney -, em meados dos anos 80 do século XX, foi o passo i n icial para a constituição do futuro Mercado Comum d o Sul (MERCOSUL) e se deu em um contexto de crise econômica nos dois países, recém-saídos de ditaduras militares.
Alternativas
Q27910 Relações Internacionais
É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.
Ao se afastar, em 2003, das tratativas em torno da implantação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) , ab r indo mão de co-presidir - com os EUA - a comissão negociadora do megabloco contin en t al, o Brasil emitiu sinais claro s d e repulsa às práticas norte-americanas de subsídios, nomeadamente aquelas em vigor n a área agrícola.
Alternativas
Q27911 Relações Internacionais
É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.
A criação da Comunidade dos P aíses de Língua Portuguesa, que contou com ativa participação d o Brasil, ocorreu em um co n t exto histórico amplamente favorável. Com efeito, é na décad a d e 90 do século XX que a política brasileira para a África mais se robustece, com o sensível incremento das relações comerciais, diplomáticas e estratégicas en t r e o Brasil e os Estados africanos.
Alternativas
Q27912 Relações Internacionais
É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.
Enquanto o binômio segurança-desenvolvimento pautou, em linhas gerais, a política internacional implementada pelo regime militar, co n ferindo-lhe caráter mais defensivo, com a redemocratização do país, em meio ao novo cenário mundial surgido a partir de fins da década de 80 do século XX, o Brasil tratou de ampliar sua presença multilateral. Exemplos d essa estratégia seriam, entre outros, a realização da Eco-92 - no Rio de Janeiro - e a candidatura a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Alternativas
Q27913 Relações Internacionais
É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.
Retraída no combate às práticas protecionistas dos países e blocos economicamente mais fortes, a atuação brasileira na OMC é dura na oposição às medidas unilaterais. Já no âmbito da ONU, defende um Conselho de Segurança mais democrático, embora ainda não demonstre desconforto quanto à forma pela qual ele foi organizado, quando da criação das Nações Unidas, refletindo a realp o litik do sistema bipolar.
Alternativas
Q27914 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Uma " curva inesperada da história", como diz o texto ao se referir à forma pela qual o século XX chegou ao fim, pode ser identificada na desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e no desmonte do denominado socialismo real do Leste europeu , sacramentando a morte de um sistema bipolar de poder mundial que vigorou, com maior ou menor intensidade, desde o pós-Segunda Guerra.
Alternativas
Q27915 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
A moderna industrialização, a partir da Revolução Industrial inglesa, desvelou uma nova realidade histórica que o texto indica como visceralmente oposta ao que existia antes, tornando obsoletas as " formas de vida e sociabilidade consolidadas durante milênios". Essa diferença manifesta-se, por exemplo, de modo " escancarado e estridente", na mudança do locus tradicional da vida social - homens e mulheres fogem ou são expulsos do mundo agrário e rural para as cidades.
Alternativas
Q27916 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Liberalismo e socialismo, " as duas grandes utopias da modernidade", como afirma o texto, encontraram seus limites à mesma época, ainda que por motivos e caminhos distintos. Com efeito, a crise social, política e econômica verificada nas décadas de 20 e 30 do século XX destruiu as bases do Estado liberal - substituído pelos mo d el os totalitários fascistas - e eliminou todo e qualquer apoio ideológico ao stalinismo soviético.
Alternativas
Q27917 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Quando o texto fala no direito assumindo " progressivamente a condição de um idioma universal" ao longo do século XX, certamente se refere, entre outros aspectos, ao surgimento da Li g a d a s Nações e da Organização das Nações Unidas (ONU), ambas criadas a partir de pressupostos ideal i s t as e razoavelmente apartadas do jogo d e interesses e de manipulação do poder por parte dos Estados nacionais.
Alternativas
Q27918 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Exemplos de violência não faltam neste século XX, classificado também no texto como o tempo " do medo e das tragédias injustificáveis". Entre eles, podem ser destacados os artefatos nucleares e os fascismos, síntese incontrastável do que Hannah Arendt definiu como a banalização do mal.
Alternativas
Q27919 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Os dois grandes conflitos mundiais do século XX tiveram origens e motivações distintas. Enquanto a Grande Guerra de 1914 teve, desde o início, caráter mundial, em função sobretudo do colonialismo europeu que estendia seus tentáculos por vários continentes, a Segunda Guerra circunscreveu-se ao palco europeu, malgrado ter contado com a participação de países americanos e asiáticos.
Alternativas
Q27920 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
A guerra fria assinalou a fase de confronto entre as d u as superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial, t en do seu clímax após o anúncio da Doutrina Truman, pel a qual os Estados Unidos da Amér ica (EUA) se dispunham a apoiar os países que resistissem ao comunismo.
Alternativas
Q27921 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
O fato de a URSS de Stálin ter conseguido fabricar a bomba atômica, mas não a d e hidrogênio, impediu que durante a fase d e tensão mais pronunciada da guerra fria houvesse um equilíbrio entre as superpotências em t ermos de poder de destruição do inimigo, o que levou o governo de Moscou a manter uma atitude de prudente cautela em momentos críticos, como os ocorridos na Coréia (1951), Vietnã (1954) e Cuba (1962).
Alternativas
Q27922 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Ainda que próximo dos EUA, especialmente em termos comerciais, o Brasil da segunda metade da década de 40 do século XX - governo G as p ar Dutra - procurou manter-se eqüidistante no cenário de polarização ideológica e de retórica demasiado agressiva da guerra fria, eximindo-se de assumir atitudes políticas que pudessem significar comprometimento ou ruptura com as superpotências.
Alternativas
Q27923 História
Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.
Exemplos marcantes d e g u erras localizadas - de que foi pródigo o século XX, como lembra o texto - são as ocorridas no Oriente Médio, salientando o caráter estratégico da região, na qual se mesclam motivações de ordem religiosa, geopolítica e econômica, esta diretamente ligada às abundantes reservas de petróleo lá existentes
Alternativas
Respostas
61: C
62: C
63: C
64: E
65: E
66: C
67: E
68: E
69: C
70: E
71: C
72: C
73: E
74: E
75: C
76: E
77: C
78: E
79: E
80: C