Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Criação De Animais De Laboratório
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O biotério de experimentação de nível de biossegurança animal 2 é um biotério onde os patógenos utilizados na infecção animal são nativos ou exóticos e onde o risco de transmissão por aerossóis é elevado.
A sinalização de risco biológico elevado, a ventilação mecânica com recirculação do ar para outras áreas e a pressão positiva na sala de animas são requisitos obrigatórios para os biotérios de tipo NBA1, NBA2, NBA3 e NBA4
As boas práticas e técnicas de trabalho realizadas pelo corpo técnico treinado, o uso de equipamentos de proteção individual e coletivo e a adequada instalação física do biotério construído de acordo com a classe de risco dos agentes estudados são os elementos que delineiam a contenção dos agentes patogênicos em biotérios de experimentação.
As formas de escape de um agente patogênico, após a infecção nos animais, podem ser divididas em naturais ou artificiais. A via natural envolve a excreção do agente pela urina, pelas fezes e pela saliva.
Os biotérios são instalações onde é possível produzir e manter espécies de animais destinadas a servir como elementos biológicos, para atender as necessidades dos programas de pesquisa, ensino, produção e controle de qualidade nas áreas biomédicas e tecnológicas segundo a finalidade da instituição.
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A estrutura física ideal de um biotério deve ser composta basicamente por salas de animais compreendidas entre dois corredores, sendo um de distribuição e um de área limpa.
Fazem parte das barreiras sanitárias, em biotérios, autoclave de dupla porta ou de fronteira, estufa ou forno de esterilização, filtros, tanque de imersão, isoladores e microisoladores, que têm por finalidade evitar a entrada e a saída de microrganismos patogênicos.
As salas de animais dos biotérios devem ter a temperatura regulada entre 18 ºC e 25 ºC (+/- 2), umidade relativa entre 50% e 65% e ventilação entre 15 e 35 trocas de ar por hora.
Segundo Andrade et al, na construção de um biotério, recomenda-se, no que se refere à distribuição de áreas na planta, 14% de circulação, 46% para sala de animais e quarentena, 14% para depósito, 11% de área para higienização e esterilização, 8% para laboratórios e 7% para a administração.
Os métodos físicos de esterilização utilizados em biotérios são o calor úmido, para ração, cama, gaiolas, prateleiras e instrumentos cirúrgicos, e calor seco, para tampas de gaiola e instrumentos cirúrgicos.
A higiene pessoal dos funcionários influencia no fluxo de micro-organismos patogênicos. Os manipuladores de animais devem trocar calçados, roupas, e proceder à higienização corporal antes de entrar nas salas dos animais.
Para a eutanásia de ratos, são recomendados os barbitúricos e anestésicos inaláveis, sendo aceita, com restrições, a técnica de deslocamento cervical, em exemplares com mais de 250 g.
O uso do clorofórmio é um método inaceitável para a eutanásia dos animais de laboratório.
A decapitação pode ser realizada em roedores por ser um método recomendado.
É obrigatória a presença do médico veterinário como responsável pela eutanásia em todas as pesquisas que envolvam animais.
A imunização é uma medida profilática recomendada para os trabalhadores de biotérios de experimentação onde haja pesquisa de agentes patogênicos infecciosos como a raiva e a febre amarela, que se constituem como zoonoses.
O Herpesvirus simiae pode ser disseminado no homem pelo contato nas lesões de pele, com a saliva contaminada de primatas não humanos ou por meio de mordeduras. A infecção em humanos caracteriza-se pela pouca expressividade de patogenia, produzindo apenas ulcerações labiais
A coriomeningite linfocitária é causada por um arenavirus e tem como reservatório todos os roedores e pequenos carnívoros. Os animais infectados eliminam o vírus por secreções como urina, sêmen, leite e fezes, além de secreções nasais, e dessa forma contaminam o homem.
Dermatomicoses têm como reservatório diversas espécies animais, entre elas camundongos, ratos e cães, e são ocasionadas por infecção da pele por fungos dos gêneros Microsporum e Trichophyton. Como existe o estado de portador para estas afecções, é comum o diagnóstico da presença do agente ser realizado após o surgimento de lesões nos técnicos e auxiliares do biotério.
A infecção por Streptobacillus moniliformis em trabalhadores de biotério manifesta-se com sintomas de encefalite após a mordedura do animal transmissor que, nesse caso, pode ser um rato ou camundongo