Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Dermatologia
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No caso de recidiva após o tratamento com psoraleno mais radiação UVA (PUVA), um segundo curso de tratamento, em geral, tem resultados mais lentos e menos satisfatórios.
No tratamento com PUVA, depois da regressão da doença, em qualquer de suas formas, é necessária terapia de manutenção permanente, com sessões semanais ou quinzenais.
A principal hipótese diagnóstica é a de doença enxerto versus hospedeiro (DEVH) crônica na forma liquenoide, sendo o líquen plano o principal diagnóstico diferencial.
Quando o paciente apresenta a DEVH na forma aguda, há uma diminuição da chance de que ele venha a desenvolver a forma crônica.
A forma esclerodermiforme tende a se manifestar mais precocemente do que a forma liquenoide e caracteriza-se por áreas escleróticas distribuídas preferencialmente no tronco, nádegas e coxas.
A nítida separação da DEVH crônica entre as formas liquenoide e esclerodermiforme é artificial, já que há uma sobreposição das duas formas em muitos pacientes.
O reconhecimento do efeito enxerto versus tumor nos pacientes com DEVH, que leva a uma diminuição da recidiva tumoral, modificou as indicações de tratamento, que agora devem ser restritas a casos graves.
Na fototerapia com UVB, é necessário o cálculo da dose eritematosa mínima, que é a menor dose necessária para produzir eritema moderado após 48 horas de irradiação.
A fototerapia com UVB faixa estreita foi desenvolvida como alternativa à UVB de amplo espectro e à fotoquimioterapia. Suas principais vantagens são: produzir menos queimaduras e permitir maior número de sessões. Sua principal desvantagem é que as remissões são menos prolongadas do que as com a UVB tradicional.
Entre as principais indicações para a puvaterapia estão a psoríase, o vitiligo e o linfoma cutâneo de células T.
O principal risco da fototerapia UVB no curto prazo é a fototoxicidade, sendo necessária supervisão médica e uso de protetor solar nas áreas expostas antes e depois das sessões. Para não interferir no tratamento, banhos de sol são permitidos apenas nos dias de intervalo, já que exposições adicionas nos dias das sessões podem levar a queimaduras.
No longo prazo, a terapia com UVB eleva o risco relativo de desenvolver carcinoma espinocelular, risco que se mantém elevado por décadas após o tratamento.
Caso o paciente evolua com eritema e bolhas após sessão de fototerapia UVB, a conduta adequada é suspender o tratamento até a completa recuperação e depois reiniciar com a metade da dose da última irradiação.
História prévia de melanoma, xeroderma pigmentoso, síndrome de Gorlin, síndrome do nevus displásico e lupus eritematoso sistêmico são contraindicações absolutas para a PUVA.
O eritema causado pela radiação UVA é mais precoce do que o causado pela UVB e pode ser acompanhado de sintomas sistêmicos, como febre, cefaleia e tonturas.
Pelo risco de alterações oftalmológicas, além da orientação sobre o uso de óculos durante e após as sessões por um período mínimo de 8 horas, deve-se fazer exame oftalmológico antes do início do tratamento e semestralmente durante a terapêutica.
A avaliação laboratorial anterior ao início do tratamento deve incluir avaliação hepática, fator antinuclear (FAN) e hemograma completo.
A fototerapia tópica é uma opção que não causa efeitos colaterais sistêmicos. Ela é feita com uso de psoralenos, em gel ou solução, de 20 a 30 minutos antes da radiação UVA.
Apesar de o ressecamento cutâneo associado ao prurido ser um dos efeitos colaterais da fototerapia UVB, ela tem entre suas indicações o manejo do prurido do eczema atópico, do de causa renal e do secundário à policitemia vera e aos linfomas cutâneos.
A fotoferese extracorpórea consiste em uma imunoterapia em que há exposição extracorpórea de leucócitos periféricos patogênicos ao 8-MOP e à radiação UVA. Suas principais indicações são a doença enxerto versus hospedeiro, linfoma T tipo Sezary e prevenção de rejeição de órgãos sólidos. Entre suas vantagens está a necessidade de poucas sessões e a baixa incidência de efeitos colaterais.