Questões de Concurso Público SEDF 2017 para Professor de Educação Básica - Filosofia
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Os muitos aspectos relacionais contidos na noção de gênero, como os de classes sociais, de gerações e de raças/etnias, parecem tornar os parâmetros da escrita e do ensino da história bem mais complexos. Exames do material de ensino da história favorecidos pelos estudos das relações de gênero têm reafirmado a necessidade de prosseguir no esforço de retirada das mulheres das áreas de invisibilidade, mas vendo-as em sua pluralidade. Só por admiti-las como sujeitos históricos, subvertem-se muitas certezas e modelos universais de análise dos sistemas de poder e subordinação das relações sociais de qualquer tipo. Para as experiências de ensino de história, por meio da associação de tantos temas transversais, acredita-se, como Joan Scott, que o conceito de gênero permanece uma categoria útil de análise histórica quando assegura, operacionalmente, um maior detalhamento de processos sociais pouco conhecidos.
Suely Costa. Gênero e História. In: Martha Abreu e Rachel Soihet
(Orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003, p. 198-9 (com adaptações).
A escola, compreendida como um espaço de construção, afirmação e respeito das múltiplas identidades em uma sociedade plural, deve promover uma educação escolar que reconheça e valorize as pluralidades e os direitos humanos.
Ao interromperem sua trajetória escolar, jovens e adultos de camadas populares repetem histórias, muitas vezes coletivas e familiares, de negação de direitos. Não admitir o enraizamento dessa negação, dessa identidade coletiva, social e popular, compromete a percepção da própria identidade da educação de jovens e adultos (EJA), correndo-se o risco de essa modalidade ser encarada como mera oferta individual de oportunidades pessoais perdidas. A respeito do ensino médio e da educação de jovens e adultos, julgue o item subsequente
A função social da EJA é assegurar a escolarização dos
sujeitos que foram excluídos do direito à educação. O ensino
e o ambiente escolar devem incluir este sujeito, desenvolvendo
sua autonomia e suas capacidades de refletir, criticar
e problematizar a sua realidade por meio da participação
democrática e da superação dos desafios à sua existência
e sobrevivência.