Questões de Concurso Público Polícia Federal 2004 para Médico Veterinário
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A história natural das doenças infecciosas inicia-se com a exposição efetiva de um hospedeiro suscetível a um agente (microrganismo ou parasita). A partir desse momento, ocorre um período de modificações anatômicas e(ou) funcionais que caracterizam a fase subclínica, que termina com o início dos sintomas.
Período de incubação é o intervalo de tempo compreendido entre o início dos sinais e sintomas clínicos de uma doença em um hospedeiro até a cura completa.
Em doenças infecciosas, quanto maior a proporção de casos inaparentes, maiores serão as dificuldades de se conhecer a cadeia do processo infeccioso e de se identificar os principais responsáveis pela manutenção da transmissão de doença na comunidade.
O processo de infecção é comumente definido como a penetração, o alojamento e, em geral, a multiplicação de um agente etiológico animado no organismo de um hospedeiro, produzindo-lhe danos, sempre com aparecimento de sintomas clinicamente reconhecíveis.
Reservatório é o habitat em que um agente infeccioso vive, cresce e se multiplica.
O portador ativo convalescente é o indivíduo que se comporta como portador apenas após a convalescença de uma doença infecciosa.
Portador ativo crônico é o indivíduo que continua a albergar o agente etiológico muito tempo após a convalescença da doença.
Portador passivo é o indivíduo que nunca apresentou sintomas de determinada doença transmissível, não os apresenta nem os apresentará no futuro. Nessa situação, o diagnóstico da doença somente pode ser feito por meio de exames laboratoriais.
O controle de uma doença transmissível é a total eliminação da incidência e(ou) da prevalência dessa doença, de forma que ela deixe de ser considerada um problema em saúde pública.
Erradicação de uma doença transmissível é a redução, em níveis mínimos, do agente etiológico, sendo necessária a manutenção de medidas preventivas dessa doença.
Quanto a tecnologia e inspeção de carnes e seus derivados, julgue o item seguinte.
O termo carne fresca é corretamente empregado para
designar o produto que sofreu transformações químicas e
físicas, posteriormente ao abate e à inspeção do animal, e
que não foi submetido a congelamento, cura, defumação e
nenhum outro tipo de processamento.
As carnes que se apresentam com aspecto pálido, mole e exsudativo, conhecidas comumente como carnes PSE, geralmente apresentam pH próximo de 7,0.
As carnes que se apresentam com aspecto escuro, firme e seco, conhecidas comumente como carnes DFD, geralmente apresentam pH em torno de 4,5.
Se uma carne fresca cujo pH aferido inicialmente foi de 5,4, após um período de armazenamento, apresentar pH igual a 6,4, haverá indícios de que se iniciou o processo de deterioração dessa carne.
Carnes que apresentam alta atividade de água são mais suscetíveis ao crescimento de microrganismos deteriorantes.
A Salmonella sp é um bastonete Gram-positivo e anaeróbio, cujo habitat natural é o trato intestinal do homem e de animais. Esse microrganismo tem como veículos de transmissão a água e os alimentos de origem animal.
Um exemplo clássico de zoonose transmitida pelo leite é a brucelose. O gênero Brucella contém espécies patogênicas para o homem, que variam de acordo com o hospedeiro. Por exemplo, cabras e ovelhas hospedam a Brucella mellitensis e bovinos transmitem a Brucella abortus.
A intoxicação por Staphylococcus aureus, cocos Gram-positivos, resulta da ingestão de alimento que contém a sua toxina.
Contaminação do solo e ingestão de alimentos de origem animal contaminados são modos secundários de transmissão de Listeria. Logo, um portador assintomático não constitui fonte de infecção dessa doença.
A bactéria Escherichia coli está presente no trato intestinal de portadores assintomáticos e sintomáticos e é excretada nas fezes. Manipuladores infectados, por falta de higiene ou pelo uso de água contaminada por esgoto humano, são fontes freqüentes de contaminação de alimentos.