Questões de Concurso Público Banco da Amazônia 2006 para Técnico Científico - Área: Psicologia Clínica
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Pelas teorias da personalidade, a psicologia promove instrumentos conceituais para a descrição, a explicação e a predição do comportamento humano. Julgue o item a seguinte acerca de algumas dessas teorias.
A teoria psicanalítica da personalidade concebe a
subjetividade humana como cindida e incompleta, assim,
nem o eu nem o inconsciente representam uma totalidade ou
o centro do psiquismo. Para explicar a experiência imediata,
Freud desenvolve a metapsicologia como uma teoria do
psíquico que vai além do psicológico e do vivido. Neste
projeto, reconhece a importância da experiência tal como o
sujeito a tem e, ao mesmo tempo, a importância de se tentar
fugir ao fascínio dessa experiência, a qual pode se revelar
ilusória, porém, jamais enganadora. A psicanálise é, ao
mesmo tempo, um método de investigação da vida psíquica,
uma teoria da personalidade e um método de tratamento de
seus problemas e transtornos. A psicanálise restaura a idéia
de que o homem é livre por sua fala e de que seu destino não
se restringe a seu ser biológico; seu pensamento não se reduz
a um neurônio e seu desejo não se confunde com uma
substância química.
Pelas teorias da personalidade, a psicologia promove instrumentos conceituais para a descrição, a explicação e a predição do comportamento humano. Julgue o item a seguinte acerca de algumas dessas teorias.
A teoria de Carl Rogers é basicamente fenomenológica,
enfatizando as experiências das pessoas, seus sentimentos e
valores. Como as teorias da personalidade de Freud, Jung,
Adler, a teoria de Rogers vem de uma concepção clínica do
psíquico, no sentido de que ela tem sua origem não no
laboratório experimental (animal) de psicologia ou de
psicometria, mas na prática clínica. Para o Rogers
fenomenólogo, o melhor ponto de vista para compreender o
comportamento é o da referência do próprio indivíduo com
suas percepções consciente e inconsciente. O método de
psicoterapia que ele criou é chamado de terapia diretiva ou
centrada no cliente, em que o terapeuta foi capaz de
estabelecer um relacionamento intensamente pessoal e
subjetivo com o cliente.
Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
A publicação do DSM-III, em 1980, com sistemas de
diagnóstico baseados em critérios explícitos e
observacionais, surgiu como promessa de solução para um
dos problemas mais desafiadores da história da psiquiatria:
o da “diferença das línguas” entre as diversas abordagens
dos fenômenos psicopatológicos. Mas essa diferença foi
reduzida a sua dimensão de confusão terminológica,
passando-se em geral ao largo de uma investigação mais
radical das implicações éticas e teóricas das diferentes
concepções de linguagens assumidas pelas diferentes
disciplinas interessadas no psicopatológico. A unificação
terminológica não garantiu, pois, por si mesma, a resolução
do problema da “confusão das línguas” no que se refere aos
diferentes recortes do objeto psicopatológico, estabelecidos
pelas várias disciplinas que se ocupam dos transtornos
mentais.
Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
Após muitas modificações em relação à abordagem e
classificação da psicopatologia, o DSM-IV recapitulou o
conceito de transtornos distintos, propondo uma
classificação nosográfica a partir de um enfoque teórico com
relação às causas, baseando-se também em critérios
operacionais, para compor uma lista de características que
devem estar presentes para que o diagnóstico seja feito.
Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
O DSM-IV é compatível com a classificação utilizada na
Europa, enquanto a CID-X foi desenvolvida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Todas as categorias
propostas no DSM-IV são encontradas na CID-X, mas nem
todas as categorias da CID-X estão no DSM-IV, sendo este
específico ao profissional da psicologia.