Questões de Concurso Público IPEA 2008 para Técnico de Planejamento e Pesquisa - Macroeconomia e Tópicos de Desenvolvimento Econômico
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Para os teóricos do RBC, o ciclo econômico decorre de oscilações na demanda agregada que acabam por resultar em oscilações no nível de produção e renda.
Para Nicholas Kaldor, que procura estender os princípios keynesianos de curto prazo para a análise de crescimento, o investimento é uma variável exógena no longo prazo.
No pensamento kaldoriano, um dos canais importantes de aumento de produtividade no longo prazo é a transferência de trabalhadores dos setores de subsistência para os setores formais da economia.
Na visão kaldoriana de longo prazo, dado um estoque de capital e de trabalho, o nível de produção é limitado pelo crescimento da produtividade, que é exógeno.
Os modelos de crescimento com restrição do balanço de pagamentos do tipo Thirlwall mostram que um dos limitantes para aumentos da renda no longo prazo é o tipo de estrutura produtiva de um país.
Na teoria neoclássica do crescimento, especialmente em sua versão de Solow, o que importa para um país crescer mais é o progresso tecnológico, que é uma variável fundamental dessa classe de modelos.
Nos modelos neoclássicos de crescimento endógeno, os retornos decrescentes de escala associados à acumulação de capital colocam a economia em uma dinâmica de convergência para um estado estacionário de longo prazo.
Segundo a escola estruturalista, a especialização em produção de commodities pode ser uma estratégia interessante para o desenvolvimento econômico de longo prazo, pois permite aos países pobres explorar suas vantagens comparativas.
O argumento da indústria infante, de F. List, de que um governo deve proteger algumas indústrias em seus estágios iniciais para que elas possam no longo prazo tentar competir em mercados mundiais mais sofisticados não encontra suporte nas teorias do comércio internacional, o que acaba tornando-o teoricamente frágil.
A teoria cepalina não depende fundamentalmente da lei da tendência declinante dos termos de troca nos países periféricos de renda mais baixa.
Para os estruturalistas, países em desenvolvimento que se especializam na produção de alimentos se beneficiam no longo prazo, uma vez que a demanda por esses produtos é elástica em relação à renda.
Com relação a administração da dívida pública e tributação, julgue o item que se segue.
Sob a hipótese de equivalência ricardiana assumida pela
escola neoclássica de pensamento, um corte de impostos
financiado por dívida pública não tem impacto positivo na
economia, pois não estimula decisões de gasto.
Com relação a administração da dívida pública e tributação, julgue o item que se segue.
Se a inflação estiver sobre controle e o governo praticar um
superavit primário igual à taxa de juros, a relação divida/PIB
se manterá constante.
Com relação a administração da dívida pública e tributação, julgue o item que se segue.
O superavit governamental corrente é uma variável prócíclica na medida em que se correlaciona positivamente com
o nível de atividade.
Com relação a administração da dívida pública e tributação, julgue o item que se segue.
A presença de impostos sobre a renda em uma economia
ajuda a atenuar o ciclo econômico.
Com relação a administração da dívida pública e tributação, julgue o item que se segue.
No modelo IS-LM, a magnitude do efeito crowding out de
um aumento dos gastos públicos sobre o investimento
privado depende da propensão marginal a consumir sobre a
renda disponível.
A grande virtude teórica da proposta de moeda indexada para controle da inflação no Brasil era permitir o alinhamento de preços relativos de forma voluntária, superando um problema encontrado na estratégia do choque heterodoxo.
O diagnóstico da inflação inercial destacava fatores reais, como nível de atividade econômica e excesso de gastos do governo, para justificar os níveis de inflação elevada.
A ancoragem cambial utilizada no Plano Real tinha por objetivo segurar o preço dos produtos transacionáveis e tentar coordenar expectativas futuras em relação à trajetória dos preços.
A crise cambial brasileira de 1999 se assemelhou ao que foi observado no México em 1995 e posteriormente na Argentina em 2002. Esses três processos tiveram como causa um excesso de gastos do setor público que acabou por provocar um desequilibro externo e uma crise cambial.