Questões de Concurso Público SEDUC-AL 2021 para Professor - Ensino Religioso
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A teologia negra é um movimento teológico que surgiu entre os cristãos negros na África, no bojo das lutas contra o sistema de segregação racial do apartheid, cujo principal inspirador era o ativista Nelson Mandela.
A teologia negra, no contexto brasileiro, reveste-se de considerável importância na medida em que problematiza as diversas desigualdades no país, no que tange ao trato com corpos e territórios historicamente marginalizados.
A teologia negra, entre outras associações, toma como ponto de partida as narrativas bíblicas do Êxodo, não no sentido de romantizar o período em que o povo hebreu viveu na condição de servidão no Egito dos faraós, mas de pensar a escravidão na subjugação de um povo por uma nação estrangeira.
Nas salas de aula de ensino fundamental, os professores de ensino religioso devem facultar aos alunos o acesso à máxima quantidade possível de teologias e doutrinas religiosas, para fomentar, por meio de estudos comparados, reflexões que permitam aos alunos a construção de uma opinião sobre elas.
Embora o credo do profissional não seja um critério para o exercício da docência na disciplina de ensino religioso, é condição sine qua non que o professor tenha uma visão crítica acerca das teologias, para que suas aulas não se transformem em catequese.
Convém filtrar as teologias a serem ensinadas, considerando-se o peso exercido pelas religiões majoritárias e as suscetibilidades religiosas dos alunos e de suas famílias, a fim de evitar que o debate sobre teologias pouco conhecidas gere conflitos religiosos entre os alunos.
Judaísmo, cristianismo e islamismo dispõem, cada qual, de escritos em que estão registradas revelações divinas recebidas por mediadores escolhidos.
Em virtude de seu caráter divino, as escrituras sagradas de diferentes religiões não servem para legitimar estruturas de poder e dominação.
No âmbito do cristianismo, que considera como sua escritura sagrada a Bíblia, a qual compreende os livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento, estão superadas as discussões em torno de quantos livros, de fato, compõem o cânone, por conseguinte protestantes, evangélicos, pentecostais e católicos adotam a mesma, única e verdadeira escritura sagrada.
O hinduísmo, por ter um panteão de inúmeros deuses, nunca constituiu um corpo de textos que pudessem ser considerados escrituras sagradas.
O islamismo, religião monoteísta, tem o Alcorão como seu livro sagrado, entre cujos princípios básicos está o de rezar cinco vezes ao dia.
Recentemente, foi aceita a inclusão, na Bíblia, dos livros cristãos que foram encontrados em Nag Hammadi.
A tradição budista Theravada reúne seu corpo doutrinal na Tripitaka, que é a coleção canônica de seus livros sagrados.
O xintoísmo, de origem japonesa, não tem uma escritura sagrada.
A religião, ou o fenômeno religioso, origina-se desse ato de dar nomes às coisas, em que se discriminam as que têm importância secundária das que conferem sentido à existência, à vida e à morte; nessa perspectiva, o sagrado não é das coisas, mas passa a estar naquelas que o ser humano assim nomeia.
Para adquirir conhecimento de dada religião, é prescindível inteirar-se de sua origem (no tempo e no espaço), seus fundadores, seus mitos, suas teologias, seus ritos e suas práticas.
A religião nasce de um forte anseio interior do ser humano de comunicar-se com o transcendental e dele receber revelações sobre como organizar a vida e ordenar o mundo; nessa perspectiva, o fenômeno religioso não é redutível à ética ou à moralidade.
A teologia feminista se propõe a oferecer uma nova compreensão simbólica do ser humano, que possa se contrapor às consequências psicossociais da supervalorização do divino masculino, que provocaram, e ainda provocam, mecanismos de dominação e de submissão, sobretudo, sobre as mulheres.
A teologia do pluralismo religioso é o novo nome adotado para a teologia das religiões, ramo que se desenvolveu na década de 1960 e que promove uma reflexão à luz da fé sobre a pluralidade das religiões.
A teologia da libertação tem, em seu ideário, a crítica ao sistema socialista, revelando que ele produz a idolatria ao Estado, e a crítica à ideologia do controle estatal e da planificação da economia.