Questões de Concurso Público SESAU-AL 2021 para Médico - Especialidade: Obstetrícia
Foram encontradas 120 questões
A classificação para cardiotocografia intraparto inclui como categoria III (traçado anormal) padrão sinusoidal, desacelerações prolongadas maiores que 2 minutos e menores que 10 minutos, e variabilidade ausente com desacelerações tardias recorrentes.
A cardiotocografia é um método mais objetivo de avaliação da vitalidade fetal que o mobilograma, porque a contagem dos movimentos fetais a partir da percepção materna é subjetivo e menos padronizado.
Além da cardiotocografia, são avaliados ainda quatro parâmetros ultrassonográficos no perfil biofísico fetal: movimentos respiratórios, movimentos corporais, tônus e líquido amniótico.
Considere uma cardiotocografia reativa e sem alterações em gestação a termo sem intercorrências, com movimentação respiratória, corporal e tônus adequado, mas com líquido amniótico (ILA) reduzido a um score de PBF de 8/10, o que sugere asfixia crônica compensada. Nesse caso, é recomendável indicar o parto, já que o feto está a termo.
Obesidade ou índice de massa corporal acima de 30 kg/m², hipertensão crônica, diabetes melito e algumas doenças autoimunes podem ser considerados fatores de risco para pré-eclâmpsia.
Creatinina sérica acima de 1,2 mg/dL e oligúria com diurese abaixo de 500 mL/24 h são sinais de gravidade na préeclâmpsia.
Caso uma paciente hipertensa crônica comece a necessitar, após 20 semanas de gestação, de um incremento das suas doses terapêuticas anti-hipertensivas iniciais ou da associação de anti-hipertensivos, o seu correto diagnóstico será de pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica, mesmo na ausência de proteinúria.
São fatores de risco para pré-eclâmpsia: nuliparidade, idade acima de 40 anos (para gestantes nulíparas), gestação múltipla e diabetes melito preexistente.
Considere que uma paciente tenha iniciado quadro de hipertensão arterial após a 20.ª semana de gestação e apresente, ainda, início de trombocitopenia, com aumento de transaminases como únicas outras alterações. Nesse caso, o correto diagnóstico é de hipertensão gestacional, e não de pré-eclâmpsia, já que a paciente não tem proteinúria significativa.
Os sinais e sintomas de gravidez são classificados em três grupos: de presunção, de probabilidade e de certeza. Acerca desses achados, julgue o seguinte item.
A percepção de movimentos fetais e de partes fetais pelo
examinador, identificada normalmente a partir de
24 semanas de gestação, é um sinal de certeza de gravidez.
O sinal de Nobile-Budin, que é a percepção, por meio do toque vaginal, do preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero, é um sinal de probabilidade da gestação.
Sintomas de presunção, como, por exemplo, náuseas, vômitos, alterações no volume da mama, polaciúria, constipação e lombalgia, são inespecíficos e devem ser sempre colocados no contexto da paciente, após correta anamnese de antecedentes ginecológicos/obstétricos, histórico sexual e comorbidades.
Alterações cutâneas na pele da gestante, como cloasma e linha nigra, são sinais de probabilidade de gestação.
O sinal de Piskacek, considerado um sinal de probabilidade gestacional que pode ser percebido por meio da palpação do fundo uterino, pode ser descrito como uma assimetria uterina que é resultante da implantação ovular e que gera um abaulamento do útero.
A respeito desse caso clínico, julgue o item a seguir.
Se, em uma nova ecografia, não se visualizar embrião/saco
gestacional dentro do útero e a espessura endometrial for de
14 mm, então será indicada realização de esvaziamento
uterino (com AMIU ou curetagem).
Considerando a hipótese de abortamento em curso e que a paciente se encontre estável hemodinamicamente, com sangramento vaginal controlado e sem sinais de infecção, pode ser adotada conduta expectante.
O acompanhamento da paciente no caso da adoção de conduta expectante para se avaliar o sucesso deve ser feito por meio de dosagens seriadas de beta-HCG.
A paciente não apresenta indicação de investigação de abortamento habitual, uma vez que, apesar do histórico de quatro abortamentos, ela teve uma gestação viável.
Alterações anatômicas como anomalias congênitas, miomas, útero retrovertido, sinequias e pólipos endometriais podem ser a causa do abortamento de repetição.
Nesse caso clínico, o descolamento prematuro de placenta pode ter decorrido de uma trombofilia, o que também justificaria os abortamentos de repetição.