Questões de Concurso Público SESAU-AL 2021 para Médico - Especialidade: Otorrinolaringologia
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Tendo esse caso clínico como referência inicial, julgue o item subsequente, relativos às doenças ulcerogranulomatosas.
O surgimento de úlceras dolorosas e recorrentes em qualquer local da mucosa oral pode ser um sintoma inicial da doença de Behçet.
Tendo esse caso clínico como referência inicial, julgue o item subsequente, relativos às doenças ulcerogranulomatosas.
A presença de úlceras em língua, palato, mucosa jugal e septo nasal, bem como hiperplasia gengival moriforme, são achados no exame físico que podem estar presentes em portadores de granulomatose de Wegener.
Tendo esse caso clínico como referência inicial, julgue o item subsequente, relativos às doenças ulcerogranulomatosas.
Inicialmente, o acometimento da mucosa oral por lesões ulcerovegetativas no caso de leishmaniose mucosa é mais frequente do que o comprometimento da mucosa nasal, que pode manifestar-se com epistaxe e perfuração septal.
Tendo esse caso clínico como referência inicial, julgue o item subsequente, relativos às doenças ulcerogranulomatosas.
A hipótese diagnóstica de sífilis deve ser aventada diante da presença de úlcera extremamente dolorosa e endurecida à palpação em tonsila palatina, visto que a boca é o local extragenital mais acometido.
Considerando o caso clínico descrito e as alterações laríngeas, julgue o item subsequente.
Por ser um exame invasivo e arriscado, a nasofibrolaringoscopia não é indicada em recém-nascidos, sendo a conduta mais indicada, no caso descrito, o tratamento para refluxo e a fonoterapia para deglutição e melhora da mamada.
Considerando o caso clínico descrito e as alterações laríngeas, julgue o item subsequente.
As características do estridor podem sugerir diagnósticos patológicos distintos de acordo com o local acometido: estridor inspiratório indica acometimento baixo, como subglote e traqueia, enquanto o estridor expiratório indica acometimento supraglótico.
Considerando o caso clínico descrito e as alterações laríngeas, julgue o item subsequente.
Para confirmar o diagnóstico de laringomalácia, principal hipótese diagnóstica na situação descrita, deve-se confirmar a presença de epiglote em ômega, encurtamento das pregas ariepiglóticas e redundância mucosa sobre as aritenoides por laringoscopia com a criança em repouso sob anestesia geral.
Considerando o caso clínico descrito e as alterações laríngeas, julgue o item subsequente.
As estenoses glóticas geralmente manifestam-se com choro rouco desde o nascimento, sendo importante avaliar as outras regiões da via respiratória, pois podem existir estenoses supraglóticas, subglóticas ou traqueais associadas.
Considerando o caso clínico descrito e as alterações laríngeas, julgue o item subsequente.
As paralisias congênitas de pregas vocais podem ter manifestações clínicas variadas, conforme a posição assumida (abdução ou adução) e o fato de serem se uni ou bilaterais, e seu tratamento depende da situação clínica, podendo a traqueostomia ser indicada em casos de paralisia bilateral em adução com comprometimento respiratório; a deglutição também deve ser avaliada e alguns casos necessitam de alterações da dieta com espessantes e até mesmo via alternativa com dieta enteral.
A síndrome da deiscência do canal semicircular superior é uma hipótese diagnóstica possível para paciente de 42 anos de idade, do sexo masculino, com zumbido há 5 anos e episódios de crises de vertigem, principalmente quando exposto a ruído intenso, com otoscopia normal, perda condutiva em orelha esquerda e reflexo acústico presente.
Com relação às deficiências auditivas, julgue o item a seguir.
No caso de paciente em quimioterapia por cisplatina por
câncer de pulmão que apresente apenas zumbido
bilateralmente por 2 semanas, sem queixa de hipoacusia,
estando ausente queixa de hipoacusia, pode-se afastar
ototoxicidade continuar o tratamento quimioterápico.
Considere que uma criança sem comorbidades, nascida de parto prematuro, que ficara em UTI neonatal por 2 semanas, sem necessidade de intubação, tenha passado no teste da orelhinha bilateralmente na alta hospitalar. Nesse caso, a conduta mais correta é o seguimento pediátrico, com nova avaliação audiológica a partir de 1 ano de idade, época crucial para acompanhar o desenvolvimento da fala.
Com relação às deficiências auditivas, julgue o item a seguir.
A perda auditiva induzida por pressão sonora elevada
(PAINPSE) ou perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é
sempre neurossensorial e irreversível, por acometimento
endococlear e, geralmente, sob condições estáveis de ruído,
atinge o nível máximo para as frequências de 3, 4 e 6 kHz
nos primeiros 10 a 15 anos de exposição.
Frente a um quadro de surdez súbita, independentemente da causa, deve-se instituir o tratamento clínico o mais brevemente possível: caso não haja melhora dos limiares auditivos, deve-se pesquisar a etiologia do quadro com exames laboratoriais e de imagem, pois, nessa condição, pode-se estar diante de um quadro tumoral ou autoimune.
A perda auditiva ligada à presbiacusia resulta de fatores intrínsecos e extrínsecos, como herança genética, comorbidades e fatores de risco como exposição ao ruído e ototoxicidade, tendo tendência a aumentar e podendo a restrição dietética atrasar sua evolução.
Além de ser responsável pela atividade motora dos músculos da mímica facial, o nervo craniano VII (nervo facial) atua na estimulação das glândulas lacrimais, salivares sublinguais e submandibulares e na gustação dos 2/3 anteriores da língua.
A síndrome de Ramsay Hunt é uma das causas de paralisia facial periférica e está relacionada a infecção pelo bacilo da tuberculose.
Considerando-se o aparecimento de paralisia facial periférica grau I na Escala de House-Brackmann após mais de 48 horas de um acidente traumático, com fratura do osso temporal, o tratamento cirúrgico é mandatório e urgente, já que esse quadro indica agressão direta do nervo ao trauma e a cirurgia pode impedir a degeneração progressiva das fibras, melhorando o prognóstico de recuperação.
A causa mais frequente de paralisia facial periférica é a paralisia de Bell, cuja etiopatogenia pode estar relacionada a doenças virais, autoimunes, metabólicas ou vasculares; a maioria dos quadros retorna à normalidade e alguns casos podem apresentar recidiva.
Em relação ao topodiagnóstico da lesão do nervo facial, a presença de alteração no teste de Schimmer, ausência de reflexo do músculo estapédio e alteração de gustação indicam acometimento em porção extracraniana.