Questões de Concurso Público Prefeitura de Pires do Rio - GO 2022 para Professor - Nível I

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Q1920934 Português

Texto CG1A1-I


     Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial representando 68% do total em 2050.

      No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então. Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a 90%.

   As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas. Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por 64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.

    Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data) e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.

     Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.

     No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente, e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo, mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.


Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações). 

Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.


A expressão “Nesse pano de fundo” (início do quinto parágrafo) exprime a mesma noção transmitida pela locução “No entanto” (início do sexto parágrafo).

Alternativas
Q1920936 Português

Texto CG1A1-I


     Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial representando 68% do total em 2050.

      No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então. Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a 90%.

   As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas. Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por 64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.

    Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data) e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.

     Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.

     No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente, e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo, mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.


Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações). 

Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.


Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso o segmento “Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado” (quarto período do terceiro parágrafo) fosse assim reescrito: Em sentido estrito, o próprio ritmo da transição energética terá sido bastante afetado. 

Alternativas
Q1920937 Português

Texto CG1A1-I


     Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial representando 68% do total em 2050.

      No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então. Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a 90%.

   As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas. Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por 64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.

    Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data) e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.

     Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.

     No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente, e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo, mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.


Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações). 

Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.


No quinto parágrafo, a expressão “desses conceitos” (segundo período) retoma, de forma imediata e restrita, o termo “fenômenos” (primeiro período).

Alternativas
Q1920940 Português

Texto CG1A1-II


   As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.) pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente, de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.

   Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas, a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica, em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio equitativo.


Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização. Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações)

Considerando as ideias e propriedades linguísticas do texto CG1A1-II, julgue o próximo item. 


A expressão “sem dúvida” (terceiro período do segundo parágrafo) denota um posicionamento do autor quanto à questão do comércio mundial de gêneros alimentícios.

Alternativas
Q1920941 Português

Texto CG1A1-II


   As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.) pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente, de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.

   Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas, a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica, em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio equitativo.


Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização. Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações)

Considerando as ideias e propriedades linguísticas do texto CG1A1-II, julgue o próximo item. 


Conclui-se do texto que, historicamente, o gado representa uma fonte de dinheiro.

Alternativas
Respostas
6: E
7: E
8: E
9: C
10: C