Caso clínico 1A1-II
Uma paciente branca, de 64 anos de idade, com histórico
de cardiomiopatia não isquêmica com fração de ejeção reduzida
em uso de enalapril, espironolactona e carvedilol nas doses
máximas preconizadas, foi ao pronto-socorro por apresentar
dispneia progressiva, havia uma semana, dispneia paroxística
noturna, havia dois dias. Ela tinha ganhado 10 kg nos últimos
dois meses. O exame físico revelou extremidades com boa
perfusão, pressão arterial de 110 mmHg × 78 mmHg, frequência
cardíaca de 66 bpm, frequência respiratória de 22 rpm e
saturação de O2 (em ar ambiente) de 93%. Perceberam-se
estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente,
pressão venosa jugular elevada, pulsos normais, ascite e edema
de membros inferiores. Os exames laboratoriais indicaram sódio
de 132 mEq/L, ureia de 60 mg/dL e creatinina de 2,1 mg/dL. A
radiografia de tórax mostrou hipertensão venocapilar pulmonar.
O eletrocardiograma revelou apenas sobrecarga atrial e
ventricular esquerdas.