Questões de Concurso Público Câmara de Caucaia - CE 2016 para Procurador Legislativo Municipal

Foram encontradas 60 questões

Q2810637 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

Sobre o ponto de vista do autor, assinale a opção CORRETA.

Alternativas
Q2811375 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

Marque a frase que encerra a ideia expressa no quinto parágrafo.

Alternativas
Q2811377 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

É um aspecto positivo da comunicação instantânea, de acordo com o texto.

Alternativas
Q2811379 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

De acordo com o texto, marque a opção CORRETA.

Alternativas
Q2811382 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

Qual das frases a seguir está relacionada ao título do texto?

Alternativas
Q2811385 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

Analise sintaticamente a oração “O século da comunicação transformou a informação em espetáculo” e marque a opção CORRETA.

Alternativas
Q2811389 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 7.


Rápida utopia


Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…

Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.

Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.

Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.

Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.

O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio

Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.

Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.

Umberto Eco

A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime. Sobre esse período, marque a opção CORRETA.

Alternativas
Q2811391 Português

Leia o período a seguir.


“Eu tenho um _________ e o Senhor X, que é meu _______, tem dois __________ .


Marque a opção que completa CORRETA e respectivamente as lacunas.

Alternativas
Q2811392 Português

Indique a opção em que o termo destacado foi usado de forma INCORRETA.

Alternativas
Q2811393 Português

Quanto à colocação pronominal, marque a opção CORRETA.

Alternativas
Q2811394 Português

Analisando foneticamente a palavra “desmontando” temos, respectivamente,

Alternativas
Q2811398 Português

Marque a opção CORRETA quanto à regência verbal.

Alternativas
Q2811405 Português

Analise as palavras destacadas quanto a seu processo de formação.


I. Nunca me disse um não. Derivação imprópria.

II. Gostava de aguardente. Composição por justaposição.

III. Encontrou-nos despreparados. Derivação prefixal.

IV. Ao anoitecer todos se reuniam. Derivação prefixal e sufixal.

V. O canto dos pássaros nos agrada. Derivação regressiva.


Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.

Alternativas
Q2811408 Português

Apenas uma das frases a seguir está totalmente CORRETA quanto à ortografia. Assinale-a.

Alternativas
Q2811410 Português

Em “Viu o que fizeram com o professor?” As palavras destacadas são, respectivamente,

Alternativas
Q2811412 Português

Assinale a frase em que meio funciona como advérbio.

Alternativas
Q2811416 Matemática

Pedro Paulo gastou 2/3 do seu salário e, em seguida 1/4 do restante, ficando ainda com R$ 300,00. Quanto Pedro Paulo possuía inicialmente?

Alternativas
Q2811420 Matemática

Matheus tinha um conjunto de bilas coloridas que comprou a R$ 0,65 cada. Perdeu três bilas e vendeu o restante ao seu cunhado por R$ 1,10 cada, obtendo R$ 2,10 de lucro. O número de bilas que Matheus vendeu ao seu cunhado foi

Alternativas
Q2811423 Matemática

Sabe-se que Lucas tem 5 anos a mais que Rafael e que o quadrado da idade de Lucas está para o quadrado da idade de Rafael assim como 9 está para 4. Qual é a idade de Lucas?

Alternativas
Q2811425 Matemática

Em certa empresa, para se produzir uma peça, gasta-se R$ 1,20 por unidade. Além disso, há uma despesa fixa de R$ 4.000,00, independentemente da quantidade produzida. O preço de venda é de R$ 2,00 por unidade. Qual é o número mínimo de unidades, a partir do qual a empresa começa a ter lucro?

Alternativas
Respostas
1: A
2: B
3: C
4: C
5: E
6: D
7: B
8: A
9: C
10: B
11: E
12: E
13: E
14: C
15: A
16: D
17: C
18: A
19: C
20: D