Questões de Concurso Público IPHAN 2015 para Arqueólogo
Foram encontradas 21 questões
“O que fazer com o material arqueológico escavado, coletado e armazenado no laboratório? Parece evidente ter que organizá-lo em classes e subclasses. Para organizá-lo, tem-se, porém, que estabelecer critérios. O estabelecimento de critérios depende de um quadro teórico constituído de um conjunto ordenado de explicações que justifiquem o ordenamento. As explicações, por sua vez, têm que ter seus fundamentos em uma epistemologia que lhes dê validade científica. Para que tenham validade científica, as explicações não podem ser dogmáticas e nem puramente filosóficas ou formais. As explicações precisam ter objetividade factual que permite a mensurabilidade das proposições científicas. A mensurabilidade depende da materialidade."
“O que distingue a Arqueologia Histórica não é o período histórico estudado, mas como cada elemento se adaptou e foi transformado pelo processo que, de início, levou o europeu a estabelecer assentamentos coloniais em todo o mundo e, posteriormente, a formar novas nações. Tendo em vista essa consideração, a Arqueologia Histórica que está emergindo atualmente se define como o estudo arqueológico dos aspectos materiais em termos históricos, culturais e sociais concretos, dos efeitos do mercantilismo e do capitalismo que foi trazido da Europa em fins do século XV e que continua em ação até os dias atuais."
“As revoluções científicas correspondem à reorganização do aparato conceitual com que a comunidade científica percebe o mundo. Elas são a reestruturação do conhecimento científico. O novo paradigma traz uma racionalidade totalmente nova. Guiados por um novo paradigma, os cientistas adotam novos instrumentos e orientam seu olhar em novas direções."
“A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente. A história, uma representação do passado. Porque é efetiva e mágica, a memória não se acomoda a detalhes que a confortam: ela se alimenta de lembranças vagas, telescópicas, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censuras ou projeções. A história, porque a operação intelectual e laicizante demandas análises e discursos críticos. A memória instala a lembrança no sagrado, a história a liberta e a torna sempre prosaica."