Questões de Concurso Público Prefeitura de Natal - RN 2025 para Professor de História

Foram encontradas 22 questões

Q3229743 História
Em uma turma de 6º ano, um professor de História abordava o conteúdo conceitual: Império Romano e seu legado arquitetônico. Após duas semanas trabalhando o referido conteúdo, o professor pediu que cada estudante escrevesse um breve relato sobre como imaginavam ser o cotidiano de um adolescente no antigo Império Romano. Ao receber os textos, o professor se surpreendeu com o registro de um estudante que descrevia como imaginava ser um fim de semana em Roma. O adolescente afirmava que seu domingo iniciaria acompanhando uma luta de gladiadores no Coliseu e terminaria assistindo a uma partida de futebol entre dois times locais da cidade do Natal. Chamando o estudante para conversar sobre o seu registro, o professor percebeu que ele considerava que todas as informações aprendidas se passavam no tempo presente e que não identificava facilmente a localização do território romano. O equívoco evidenciado na fala do estudante se deve a incompreensão quanto à 
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Q3229745 História
A partir da promulgação da Lei nº 5692/71, ainda durante os governos militares no Brasil, o ensino de História sofreu alterações quanto aos conteúdos e sua abordagem. Para o ensino de 1º grau, foi instituída a disciplina escolar Estudos Sociais, que mesclava e diluía conteúdos de História e Geografia. Segundo a pesquisadora Selva Guimarães (2012), “[...] a História ensinada nesse período tinha como fundamento teórico a historiografia tradicional positivista, europocêntrica e linear. Os currículos eram organizados com base nos marcos/fatos da política institucional, numa sequência cronológica causal”. Para este modelo de ensino, privilegiado durante um período de autoritarismo no Brasil, o objetivo principal do ensino de História era 
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Q3229747 História
Os séculos XVI ao XIX foram marcados por profundas transformações no continente africano. Com a colonização dos territórios do continente americano, a mercantilização de seres humanos tornou-se não somente uma prática aceitável, como também legalizada, amplamente difundida e altamente rentável. De acordo com Malowist (2010), no início do século XVI, no Marrocos, “[...] os portugueses conseguiram assegurar o controle sobre uma grande parte da costa, até Agadir e Safi, enquanto os castelhanos se estabeleciam em Tlemcen e Oran”. O domínio desse território ao Norte da África possibilitou que 
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Q3229748 História
Trabalhadores, em diferentes contextos históricos, buscaram se organizar a fim de garantir formas de proteção, preservar práticas de sociabilidade e, muitas vezes, lutar para assegurar a conquista e/ou manutenção de direitos mínimos. Durante o período conhecido como Baixa Idade Média, um dos espaços que ganhou força e se consolidou na Europa foram as corporações de ofício, instituições que surgiram em ambientes 
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Q3229749 História
O processo conhecido como Revolução Industrial, iniciado na Inglaterra, evidenciou as profundas transformações pelas quais o país vinha passando há alguns séculos. Dentre as principais mudanças, é possível citar: o modo de acumulação primitiva do capital (com o cercamento dos campos, as práticas mercantis e a reaplicação de recursos nas manufaturas), a exploração da mão-de-obra e, até mesmo, as transformações nas concepções teológicas difundidas em seu território. Todos esses fatores associados contribuíram para a ampliação da produção 
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Q3229750 História
 No início do século XX, ideias voltadas ao mito da democracia racial no Brasil foram amplamente difundidas, levando a crer que a escravidão secular ocorrida neste território teria sido mais branda que em outras regiões do mundo. Sobre isso, a historiadora Lilia Schwarcz (2019) afirma: “Para que se tenha uma ideia, trabalhava-se tanto por aqui e as sevícias eram tão severas, que a expectativa de vida dos escravizados homens no campo, 25 anos, ficava abaixo da dos Estados Unidos, 35.”. Diante de um sistema marcado por profunda violência, várias foram as formas de resistência elaboradas pela população escravizada. Nesse contexto, além de insurreições e revoltas, alguns dos principais mecanismos de resistência utilizados pela população escravizada no Brasil durante o período colonial foram
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Q3229751 História
Após o processo de luta pela Independência do Brasil, houve o reconhecimento e a condecoração de uma mulher, soldado voluntária do batalhão Voluntários do Príncipe D. Pedro, Maria Quitéria de Jesus Medeiros. Embora tenha iniciado sua participação no batalhão disfarçada de homem e utilizando o nome de seu cunhado, José Medeiros, ela continuou em exercício mesmo após descoberto seu verdadeiro sexo. A soldado não apenas continuou no Exército, como também foi convidada à Corte para ser homenageada. A partir da segunda metade do século XIX, passou também a ser reconhecida como heroína do Exército e da pátria. Isso se deveu ao interesse do império brasileiro em 
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Q3229752 História
No Brasil, o período de 1964 a 1985 foi marcado pela restrição de direitos políticos, redução dos espaços democráticos, expansão de aparelhos repressivos, instalação e desenvolvimento de governos autoritários liderados por militares, com apoio de parte da sociedade civil. No entanto, desde o início dos anos 1970, havia um discurso de reabertura política e saída dos militares do Executivo. Apesar disso, apenas em 1985, com a eleição indireta para Presidente da República, foi possível o fim dos governos militares. Diante disso, os principais fatores para uma abertura política tão demorada foram
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Q3229753 História
Durante a última ditadura militar no Brasil (1964 a 1985), foram editados Atos Institucionais desde abril de 1964, tendo sido o mais conhecido o Ato Institucional Nº 5. O AI-5, publicado em dezembro de 1968, foi responsável pela suspensão do habeas corpus, em crimes considerados contra a segurança nacional, além de cassações de mandatos, suspensão de direitos políticos de parlamentares, demissões sumárias no funcionalismo público, dentre outras medidas. Nesse contexto, os Atos Institucionais são considerados instrumentos:
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Q3229754 História
Ao longo do século XIX, vários países europeus, imersos em uma lógica desenvolvimentista, iniciaram um novo processo de exploração de povos e territórios, conhecido na historiografia como Imperialismo. Uma das práticas recorrentes entre os países imperialistas era a demarcação territorial que desconsiderava limites e fronteiras naturais, étnicas e culturais, tanto na África, quanto na Ásia. Segundo Demant (2014), “ a onda emancipatória chegou no século passado também à Ásia e à África, rapidamente colonizadas pelas potências europeias no auge da época imperialista [...]”. Como resultado do processo de luta e resistência ao imperialismo, houve a formação de
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Q3229755 História
Mesmo com o fim da escravidão e com a Proclamação da República, em fins do século XIX, o preconceito racial no Brasil continuou e passou a contar com novas formas de expressão. Nos primeiros anos da República, foi possível observar legislações e policiamento para controle de atividades em terreiros, rodas de capoeira e outros espaços notadamente negros. No mercado de trabalho, segundo a pesquisadora Bebel Nepomuceno (2018), “Não era raro encontrar anúncios como estes dos jornais do Rio de Janeiro: ‘Precisa-se de uma boa cozinheira alemã para casa de família de tratamento, paga-se bem, dirija-se à rua Cosme Velho n. 113’ ou ‘Precisa-se de criada para todo serviço em casa de família sem crianças, prefere-se estrangeira, rua do Resende n. 180’”. Diante do exposto acima e considerando os anúncios apresentados, compreendese o cenário pós-abolição como sendo
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Q3229757 História
A partir de 1964, com o golpe de Estado efetivado, foi iniciado um processo de indiciamento de potenciais subversivos. No Rio Grande do Norte, houve a instalação de uma Comissão de inquérito, com financiamento e por iniciativa do governo do estado, que resultou com a publicação de um dossiê intitulado Relatório Geral, também conhecido como Relatório Veras, em alusão ao sobrenome de um de seus autores. Na introdução do Relatório, há a seguinte descrição:


“O Relatório é dividido em duas partes. Na primeira parte, de responsabilidade do capitão José Domingos da Silva, têm-se os resultados das investigações na área rural e na Rede Ferroviária Federal, fixando a responsabilidade de 38 indiciados. Na segunda parte do documento, de responsabilidade do delegado Carlos Moura de Moraes Veras, têm-se os resultados das investigações nos setores sindicais, estudantil, intelectual e Prefeitura do Natal, fixando a responsabilidade de 45 indiciados.”


Com base nesses dados e nos conhecimentos da história local, é possível identificar que a repressão estabelecida a partir do Relatório Veras atingiu:
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Q3229762 História
Sítios arqueológicos com registros pintados e detentores de concentração expressiva podem ser encontrados nas regiões que correspondem hoje aos municípios de Carnaúba dos Dantas, Parelhas e Acari. De acordo com Santos Júnior (2022, p. 279), as representações rupestres fazem parte da “Tradição Nordeste” marcada pela dosagem adequada de matéria prima no preparo da tinta, tendo a cor vermelha de forma predominante. Nesse contexto, observe a figura abaixo.


Imagem associada para resolução da questão



A representação rupestre acima está localizada no Sítio Arqueológico Xique-Xique I, em Carnaúba dos Dantas – RN. A partir da imagem, observa-se que essa representação rupestre
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Q3229763 História
“O tempo histórico é criado a partir da invenção de instrumentos de pensamento, tais como o calendário, a ideia de sequência das gerações e a ideia de contemporâneos, predecessores e sucessores. É, portanto, o tempo do calendário. Ele possui um acontecimento fundador. Permite que o percorramos na dupla direção (do passado para o presente e do presente para o passado) e faz uso de um repertório de unidades de medida para nomear os intervalos recorrentes dos fenômenos cósmicos (dia, mês, ano etc.). O tempo histórico serve de 'conector' entre o tempo psicológico (vivido, ordinário) e o tempo físico (cósmico, astronômico, universal, objetivo, do relógio). A função maior desse grande tempo é ordenar o tempo das sociedades (e dos homens que vivem em sociedade) pelo tempo cósmico" (Ricoeur, 1997 apud Freitas, 2010, p. 81). Nesse sentido, a noção de tempo histórico NÃO abarca
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Q3229764 História
“É que o saber não é feito para compreender, ele é feito para cortar”. Com estas palavras, o filósofo francês Michel Foucault (1979, p. 28) escreveu sobre o sentido do saber histórico enquanto uma ciência. A metáfora de que o conhecimento é “feito para cortar”, para incomodar, reflete sobre a função social do ensino de história capaz de 
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Q3229771 História
Considere o trecho a seguir:

“[...] bárbaro costume de açoitar escravos entre nós, que confiados os escravocratas na impunidade dos crimes cometidos em outras épocas, continuavam açoitar os próprios libertos e ingênuos, havendo até quem use ainda troncos, carros, ganchos, peias de ferro e outros meios de tortura” (A Verdade, 1888).


O documento noticiado pelo jornal A Verdade denunciou a violência cometida contra pessoas libertas e ingênuos, sendo estes últimos, conforme a lei n. 2.040 de 1871,
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Q3229772 História
Leia o texto abaixo.


Brasileiros! Está proclamada a República! Povo, Exército e Armada, na mais patriótica e sublime confraternização, sacodem o jugo vergonhoso do Império e firmam os seus foros de cidadãos. Purificou-se, enfim, o Continente Novo!
[...]

Viva a República! Viva a Pátria brasileira! Viva o povo norte-rio-grandense! Viva o governo provisório!

O entusiasmo é uma emoção possível de ser observada na Proclamação da República ao povo do Rio Grande do Norte. Tinha início a mudança de governo, sem a participação popular, tanto em nível nacional quanto local. Na cidade do Natal, no dia 17 de novembro de 1889, foi aclamado presidente 
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Q3229773 História
Conforme o escritor árabe Ibn Batuta, em meados do século XIV, o rei do Mali, pela manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de aves (Mattos, 2007, p. 18). Nesse cenário, entende-se que
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Q3229774 História
“[...] até os dias atuais, a maior parte das sociedades africanas subsaarianas dá grande importância à oralidade, ao conhecimento transmitido de geração para geração por meio das palavras proferidas com cuidado pelos tradicionalistas - os guardiões da tradição oral, que conhecem e transmitem as ideias sobre a origem do mundo, as ciências da natureza, a astronomia e os fatos históricos” (Mattos, 2007, p. 19). Considerando o tema da oralidade para os povos africanos desde a antiguidade, analise as afirmativas abaixo:

I O aprendizado de um tradicionalista ocorre no seio familiar, no qual o pai, a mãe e os parentes mais velhos também são responsáveis pelos ensinamentos, não sendo esta uma tarefa da escola.

II As palavras, para os africanos, têm um valor sagrado, pois sua origem é divina.

III A fala é considerada um dom, não podendo ser utilizada de forma imprudente, leviana.

IV As escolas ensinavam as leis do Alcorão por meio da memorização, prevalecendo, excepcionalmente, o princípio da escrita sobre a oralidade.


Das afirmativas, estão corretas
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Q3229776 História
Os primeiros anos do processo de colonização no Brasil foram marcados pela posse da terra e pela instalação de engenhos para produção de açúcar, requerendo mão-de-obra para a realização do trabalho no plantio, colheita e produção. As capitanias ao norte de Pernambuco – Paraíba e Rio Grande do Norte — tinham como características:
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Respostas
1: A
2: A
3: A
4: A
5: A
6: A
7: A
8: A
9: A
10: A
11: A
12: A
13: A
14: A
15: A
16: A
17: A
18: A
19: A
20: A