Questões de Concurso Público UFAM 2024 para Auditor
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A gente tem a tendência de pensar que só o que nós fazemos é difícil e complexo, cheio de sutilezas e complicações invisíveis aos olhos dos “leigos”. Isto, naturalmente, é um engano que a vida desmascara a todo instante, como sabe quem quer que já tenha ouvido com atenção qualquer homem falar de seu trabalho, que sempre, por mais simples, envolve atividades e conhecimentos insuspeitados.
Assim é, por exemplo, roubar galinha. Tenho um amigo aqui na ilha que é ladrão de galinha. Chamemo-lo de Lelé, como naqueles relatos verídicos americanos em que se trocam os nomes para proteger inocentes. Só que, naturalmente, a nossa troca se faz para proteger um culpado, no caso o próprio Lelé. É bem verdade que todo mundo aqui sabe que ele rouba galinha, mas não fica bem botar no jornal, ele pode se ofender.
Pois Lelé me tem demonstrado com eloquência toda a arte e ciência de roubar galinha, que requerem longo, paciente e estoico aprendizado, além, é claro, de vocação e talento, pois sem estes de nada adianta o esforço. Roubar galinha é uma especialização da galinhologia geral, ramo do saber complicadíssimo, como verifico todos os dias, ao visitar o galinheiro de Zé de Honorina e ouvir as novidades do dia. Zé, que utiliza recursos psicológicos sofisticados para induzir as galinhas ao choco, calculou mal a lua, calculou mal os passes lá que ele faz – resultado: todo mundo choco no galinheiro, um có-có que ninguém aguenta e Ferrolho, o galo, indignado com a situação (eis que galinha choca não quer nada com a Hora do Brasil), chegando mesmo a agredir o próprio Zé.
Sobre aspectos linguísticos e de interpretação do texto, podemos afirmar que:
I. A figura de linguagem predominante é a ironia, mas encontramos também exemplo(s) de onomatopeia.
II. O texto procura se afastar da linguagem popular, optando por usar muitos termos eruditos, como “Chamemo-lo” (no segundo parágrafo).
III. O sentido do vocábulo “estoico” (no terceiro parágrafo) é o de se manter impassível e firme diante das adversidades.
IV. O vocábulo “galinhologia” (no terceiro parágrafo) é um neologismo, ou seja, uma palavra inventada pelo narrador.
V. A tipologia do texto nos apresenta uma descrição objetiva e uma precisão informativa dos fatos.
VI. As palavras “qualquer” (primeiro parágrafo) e “ninguém” (terceiro parágrafo) são pronomes demonstrativos.
Assinale a alternativa CORRETA:
Como choveu muito no dia de ontem ____ deixamos de fazer duas tarefas importantíssimas ____ uma foi levar nossos amigos ao museu ____ a outra foi providenciar seus bilhetes para o passeio fluvial.
Assinale e alternativa que preenche, CORRETAMENTE, a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase:
O romancista Lima Barreto, ainda na infância, assistiu às alvoradas da emancipação dos escravizados.
Assinale a alternativa em que o verbo “assistir” está empregado com o mesmo sentido que apresenta na frase:
1 Na teia da manhã que se desvela,
a rendeira compõe seu labirinto;
movendo sem saber e por instinto
a rede dos instantes numa tela.
5 Ponto a ponto, paciente, tenta ela
traçar no branco linho mais distinto
a trama de um desenho tão sucinto
a jornada humana se revela.
Em frente, o mar desfia a eternidade,
10 noutra tela de espuma e esquecimento,
enquanto, entrelaçado, o pensamento
costura sobre o sonho a realidade.
Em que perdida tela mais extrema
foi tecida a rendeira e este poema?...
Sobre aspectos linguísticos e de interpretação do texto, podemos afirmar que:
I. “Enquanto” (verso 11), por ser conjunção adversativa, expressa enunciados que contrastam entre si.
II. O vocábulo “sucinto” (verso 7) significa dilatado, com grandes dimensões.
III. O tecer da rendeira sugere os acontecimentos da vida e do mundo.
IV. “Labirinto” (verso 2) é uma metáfora para as múltiplas atividades humanas.
V. O mar se opõe à existência humana, pois esta, ao contrário daquele, é efêmera.
Assinale a alternativa CORRETA:
I. Há três anos atrás estive em São Gabriel da Cachoeira e vi a montanha chamada de Bela Adormecida.
II. No comício de ontem, nosso candidato falou acerca de seus planos, empolgando o público.
III. Se o tema era afim, por que você não o analisou em sua dissertação de mestrado?
IV. A divisão administrativa de Portugal é diferente, pois lá existem os conselhos.
V. A distensão que ocorreu na Câmara, entre os dois vereadores, ganhou as manchetes de todo o país.
De acordo com as determinações do Manual de Redação da Presidência da República, assinale a alternativa CORRETA:
I. Educação formal: processo continuado que visa ampliar os conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu desempenho funcional no cumprimento dos objetivos institucionais.
II. Alocação de cargos: processo de distribuição de cargos baseado em critérios de dimensionamento objetivos, previamente, definidos e expressos em uma matriz, visando o desenvolvimento institucional.
III. Aperfeiçoamento: processo de aprendizagem, baseado em ações de ensino-aprendizagem, que atualiza, aprofunda conhecimentos e complementa a formação profissional do servidor, com o objetivo de torná-lo apto a desenvolver suas atividades, tendo em vista as inovações conceituais, metodológicas e tecnológicas.
IV. Capacitação: processo permanente e deliberado de aprendizagem, que utiliza ações de aperfeiçoamento e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio do individuais.
V. Desenvolvimento: educação oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de instituições públicas ou privadas, nos diferentes níveis da educação brasileira, entendidos como educação básica e educação superior.
Assinale a alternativa CORRETA: