Questões de Concurso Público MPE-TO 2010 para Analista Ministerial - Ciências Jurídicas
Foram encontradas 15 questões
Leia o texto abaixo e responda à questão a seguir:
Empresário de TV é preso por críticas a Chaves
O governo da Venezuela prendeu Guillermo Zuloaga, presidente da TV Globo-visión, que faz oposição ao presidente Hugo Chaves. Segundo a procuradora geral Luisa Ortega, Zuloaga foi preso por “ofensa e vilipêndio” a Chaves e por reclamar, em reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa, da perseguição à imprensa venezuelana. A ordem de prisão foi emitida a partir de um pedido da Assembleia Nacional, controlada pelos chavistas. Horas depois, ele foi solto por medida cautelar e não pode deixar o país. INTERNACIONAL a12
Jornal O Estado de S. Paulo, 28 de Março de 2010
Assinale a alternativa em que todas as palavras, encontradas
no texto, exigem complemento nominal:
Pra dizer Adeus
Adeus,
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho.
Tão sozinho, amor,
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem, nem que seja só
Pra dizer adeus.
Edu Lobo - Torquato Neto
Pra dizer Adeus
Adeus,
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho.
Tão sozinho, amor,
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem, nem que seja só
Pra dizer adeus.
Edu Lobo - Torquato Neto
De acordo com a sintaxe das orações empregadas no texto acima, podemos afirmar que:
I. “Que vou sozinho”... = oração subordinada adverbial.
II. “Que eu não volto mais”... = oração subordinada substantiva objetiva indireta.
III. “Que o amor foi tanto” ...= oração subordinada substantiva objetiva direta.
IV. “Vem, nem que seja só”... = oração coordenada, adversativa.
Assinale a alternativa correta:
Pra dizer Adeus
Adeus,
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho.
Tão sozinho, amor,
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem, nem que seja só
Pra dizer adeus.
Edu Lobo - Torquato Neto
Pra dizer Adeus
Adeus,
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho.
Tão sozinho, amor,
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem, nem que seja só
Pra dizer adeus.
Edu Lobo - Torquato Neto
Leia o texto abaixo para responder à questão.
amei em cheio
meio amei-o
meio não amei-o
Paulo Leminski, distraídos venceremos
No poema acima, podemos afirmar que:
I. no primeiro verso o poeta afirma que amou muito.
II. no segundo, o poeta repensa e afirma que amou mais ou menos.
III. no terceiro verso, o poeta assegura que quase não amou;
IV. o poema é apenas um jogo de aliteração que reforça a forma poética.
V. as palavras “meio” em “meio amei-o” e em “meio não amei-o” pertencem à classe dos advérbios de intensidade.
Leia os enunciados abaixo e responda à questão a seguir.
I. Depois de dar àqueles meninos tudo quanto necessitavam, acabei devendo-lhes alguma coisa. Devido à solidariedade de todas as famílias às quais interessam o bem-estar deles, fiquei em dúvida quanto à ação praticada por mim com tanto zelo.
II. Não basta ir a escolas, a aulas, a teatros, é preciso estar disposto a ouvir, a pensar, a questionar tudo quanto lhe deixe inseguro.
III. Dizia o poeta “Viajar é preciso, viver não é preciso”. Então
vamos viajar: iremos à Grécia, à Atenas, mas antes
devemos ir a Paris, a Madrid, à Roma Antiga.
IV. Sem dúvida, deveis dar atenção àquelas meninas, àqueles meninos que estão hospedados aqui. Às meninas deveis mostrar um carinho especial, mas sem afetação.
Assinale a alternativa em que não há erro quanto ao emprego
da crase:
Texto A “O sinal verde acendeu-se enfim, bruscamente os carros arrancaram, mas logo se notou que não tinham arrancado todos por igual. O primeiro da fila do meio está parado, deve haver ali um problema mecânico qualquer, o acelerador solto, a alavanca da caixa de velocidades que se encravou, uma avaria do sistema hidráulico, blocagem dos travões ...”
Texto B “Hoje, revendo minhas atitudes quando vim embora, reconheço que mudei bastante. Verifico também que estava aflito e que havia um fundo de mágoa ou desespero em minha impaciência. Eu queria deixar minha casa, minha avó e seus cuidados. Estava farto de chegar a horas certas, de ouvir reclamações; de ser vigiado, contemplado, querido ...”
Texto C “Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho “presente” é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido...”
Podemos afirmar que, quanto à tipologia textual, os textos acima são respectivamente:
Leia o texto abaixo para responder a questão.
Medeias modernas
Você fecha o livro, chocada. Absolutamente chocada. Medeia, a tragédia de Eurípedes, é uma das obras literárias mais crueis de todos os tempos.
Vamos à história: Medeia jamais mediu esforços para favorecer seu amado, Jasão. Após uma série de aventuras, eles se estabelecem em Corinto e, para espanto de Medeia, Jasão, com a cara-de-pau que Deus lhe deu, desposa a filha do rei Creonte.
Então a peça começa: ao saber da traição do esposo, Medeia não levanta a fronte, não tira os olhos do chão, não se alimenta, se abandona à dor, se consome em lágrimas e ouve as consolações dos amigos dura como um rochedo. “Aquele que era tudo para mim, meu esposo, se tornou o mais pérfido dos homens.”
Jasão jura de pés juntos à Medeia que seu objetivo, ao se casar com a filha do rei, é dar irmãos reais aos seus filhos (seus dois filhos com Medeia) e, assim, protegê-los quanto ao futuro incerto. Verdade ou não, ela está por demais ferida para ser razoável. E decide se vingar.
Qual a vingança de Medeia? Matar o rei? Matar a nova companheira de Jasão? Sim, ela faz isso. Envenena uma coroa, um vestido e manda de presente para a noiva. Ao tocar nas peças, a moça morre vítima de terríveis padecimentos. O rei Creonte igualmente perece ao tentar ajudar a filha. Mas esse não é o cerne da vingança de Medeia: suas intenções são bem mais terríveis.
Cega de rancor de mulher rejeitada, Medeia usa um punhal e assassina os próprios filhos, indiferente aos seus gritos infantis. Por fim, exibe, de longe, seus corpinhos inertes para um Jasão em desespero. Ele implora para abraçar os filhos uma última vez e os sepultar, mas Medeia, no arremate de sua vingança, não permite e vai embora.
Você lê essa história e pensa: “Criatura vil e louca, impossível uma mãe chegar a esse extremo.” Será? Será mesmo? O que você diria de formas metafóricas de matar os próprios filhos? O que você diria sobre as Medeias modernas?
As Medeias modernas usam as crianças como instrumentos de ataque ao ex-marido. Elas insuflam seus filhos contra ele. Elas envenenam consciências infantis com tormentos que pertencem apenas à história de duas pessoas adultas. Não raro, elas conseguem exterminar ou reduzir drasticamente o convívio das crianças com o pai. Essas atitudes, frequentemente justificadas como proteção, irão cobrar seu preço no futuro. E que preço alto será!
Em seu supremo egoismo, as Medeias modernas se disfarçam atrás da natural preocupação que mães tem com seus filhos: 'Estou fazendo isso pelo bem deles!'. A não ser que o ex-marido em questão seja um pedófilo ou alguém com pós-graduação em violência, elas não estão pensando no bem das crianças coisa nenhuma. As Medeias modernas estão fazendo isso por vingança...
Stella Florence, O diabo que te carregue!
Leia o texto abaixo para responder a questão.
Medeias modernas
Você fecha o livro, chocada. Absolutamente chocada. Medeia, a tragédia de Eurípedes, é uma das obras literárias mais crueis de todos os tempos.
Vamos à história: Medeia jamais mediu esforços para favorecer seu amado, Jasão. Após uma série de aventuras, eles se estabelecem em Corinto e, para espanto de Medeia, Jasão, com a cara-de-pau que Deus lhe deu, desposa a filha do rei Creonte.
Então a peça começa: ao saber da traição do esposo, Medeia não levanta a fronte, não tira os olhos do chão, não se alimenta, se abandona à dor, se consome em lágrimas e ouve as consolações dos amigos dura como um rochedo. “Aquele que era tudo para mim, meu esposo, se tornou o mais pérfido dos homens.”
Jasão jura de pés juntos à Medeia que seu objetivo, ao se casar com a filha do rei, é dar irmãos reais aos seus filhos (seus dois filhos com Medeia) e, assim, protegê-los quanto ao futuro incerto. Verdade ou não, ela está por demais ferida para ser razoável. E decide se vingar.
Qual a vingança de Medeia? Matar o rei? Matar a nova companheira de Jasão? Sim, ela faz isso. Envenena uma coroa, um vestido e manda de presente para a noiva. Ao tocar nas peças, a moça morre vítima de terríveis padecimentos. O rei Creonte igualmente perece ao tentar ajudar a filha. Mas esse não é o cerne da vingança de Medeia: suas intenções são bem mais terríveis.
Cega de rancor de mulher rejeitada, Medeia usa um punhal e assassina os próprios filhos, indiferente aos seus gritos infantis. Por fim, exibe, de longe, seus corpinhos inertes para um Jasão em desespero. Ele implora para abraçar os filhos uma última vez e os sepultar, mas Medeia, no arremate de sua vingança, não permite e vai embora.
Você lê essa história e pensa: “Criatura vil e louca, impossível uma mãe chegar a esse extremo.” Será? Será mesmo? O que você diria de formas metafóricas de matar os próprios filhos? O que você diria sobre as Medeias modernas?
As Medeias modernas usam as crianças como instrumentos de ataque ao ex-marido. Elas insuflam seus filhos contra ele. Elas envenenam consciências infantis com tormentos que pertencem apenas à história de duas pessoas adultas. Não raro, elas conseguem exterminar ou reduzir drasticamente o convívio das crianças com o pai. Essas atitudes, frequentemente justificadas como proteção, irão cobrar seu preço no futuro. E que preço alto será!
Em seu supremo egoismo, as Medeias modernas se disfarçam atrás da natural preocupação que mães tem com seus filhos: 'Estou fazendo isso pelo bem deles!'. A não ser que o ex-marido em questão seja um pedófilo ou alguém com pós-graduação em violência, elas não estão pensando no bem das crianças coisa nenhuma. As Medeias modernas estão fazendo isso por vingança...
Stella Florence, O diabo que te carregue!
Com relação à tipologia textual é correto afirmar que o texto acima é:
O jargão
Nenhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa.
- Ó Matias, você que entende de mercado de capitais...
- Nem tanto, nem tanto...
(Uma das características do Falso Entendido é a falsa modéstia.)
- Você, no momento, aconselharia que tipo de aplicação?
- Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papeis top market – ou o que nós chamamos de topi-marque – o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release, entende?
- Francamente, não.
Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz “É difícil conversar com leigos...”
Luis Fernando Veríssimo, As Mentiras que os homens contam.
De acordo com a linguagem empregada no texto acima, podemos afirmar que o autor fez uso de:
I. estrangeirismo
II. linguagem coloquial
III. discurso de humor
IV. linguagem literária
Assinale a alternativa correta:
O jargão
Nenhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa.
- Ó Matias, você que entende de mercado de capitais...
- Nem tanto, nem tanto...
(Uma das características do Falso Entendido é a falsa modéstia.)
- Você, no momento, aconselharia que tipo de aplicação?
- Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papeis top market – ou o que nós chamamos de topi-marque – o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release, entende?
- Francamente, não.
Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz “É difícil conversar com leigos...”
Luis Fernando Veríssimo, As Mentiras que os homens contam.
De acordo com a estrutura de reprodução de enunciações empregados no texto acima, podemos afirmar que o texto narrativo está construido:
I. em discurso direto
II. em discurso indireto
III. em discurso indireto livre
IV. sem interferência de um narrador
Assinale a alternativa correta:
Leia o texto abaixo e responda à questão:
I. o texto é polissêmico
II. o texto é ambíguo
III. é um texto verbal e não verbal
IV. trata-se de um texto não polissêmico e ambíguo
Assinale a alternativa incorreta: