O interferômetro de Michelson é um importante dispositivo
experimental baseado no efeito de interferência entre ondas
eletromagnéticas coerentes. Seu princípio de funcionamento é
baseado em um feixe de luz monocromática que é dividido em dois
percorrendo caminhos ortogonais entre si. Padrões de
interferência apresentando franjas são observados em um
anteparo quando esses feixes que estão ópticamente alinhados
se interferem. Este aparato apresenta uma grande capacidade de
resolução para detectar alterações nos caminhos ópticos dos dois
braços. A grande precisão da medida para detectar
deslocamentos entre posições dos máximos e mínimos das
franjas de interferência possibilitou a sua utilização por
Michelson-Morley para comprovação da não existência do Éter.
O interferêmetro montado sobre uma base giratória permitia
alternar seus braços com relação à direção de rotação da Terra
em sua órbita em torno do sol. Considerando-se que a luz
monocromática utilizada no experimento era de 550 nm, o
caminho óptico de cada braço do interferômetro era igual e media
11,0 m, e considerando que a velocidade de translação da Terra
em torno do Sol é de 30 km/s, qual o deslocamento esperado entre
as franjas quando o interferômetro era girado de 90º com
relação à direção de translação da Terra em sua órbita?
(Considere c = 300.000 km/s).