Questões de Concurso Público Prefeitura de Maricá - RJ 2024 para Docente I – Educação Física
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(MEDINA, João Paulo S. . Apresentação: a história que não se conta… In: CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1989, p.9-10).
De acordo com Castellani Filho (1989), discorrer sobre a história da Educação Física no Brasil passa, necessariamente, pela análise da influência das instituições militares na constituição desta disciplina no contexto escolar. Segundo o autor é correto afirmar que
(CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1989).
Segundo Cavalcanti (2023) os movimentos históricos que buscam a superação da realidade social segregadora não iniciaram hoje. Os saberes emancipatórios produzidos pelos africanos e pelos afro-brasileiros nos ajudam a construir outras formas de resistência.
Sobre a Educação Física o autor explica que
(Rede de Pesquisa Solidária da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://redepesquisasolidaria.org/wpcontent/uploads/2020/09/boletimpps_22_28agosto.pdf ).
A pandemia foi uma experiência inédita e inesperada para os habitantes do planeta, delicada, complexa, sem “preparação prévia”, que afligiu a humanidade desde o final de 2019, e nos confrontou com o desconhecido. No entanto, com seu ineditismo, a pandemia acabou por exacerbar, radicalizar e dar visibilidade a problemas e opressões estruturais em escalas mundial e nacional bastante conhecidos, há muito, problemas que ao longo da história não foram objeto de políticas públicas de enfrentamento para sua superação – o racismo e suas nefastas consequências para todas as vidas humanas; a iníqua distribuição de renda; a desigualdade de acesso aos bens da educação, da cultura, da saúde, da economia. E a pandemia trouxe também problemas sociais novos.
(Adaptado de VAGO, Tarcísio Mauro. Uma polifonia da Educação Física para o dia que nascerá: sonhar mais, crer no improvável, desejar coisas bonitas que não existem e alargar fronteiras. In CARVALHO, Rosa Malena de Araújo; PALMA, Alexandre; CAVALCANTI, André dos Santos Souza. (organizadores). Educação Física, soberania popular, ciência e vida. Niterói : Intertexto, 2022. p. 38-54)
Sobre a relação entre a Educação Física e os persistentes problemas sociais brasileiros, Taffarel (2022) reflete que:
(FONSECA, Michele Pereira de Souza da; RAMOS, Maitê Mello Russo. Inclusão em movimento: discutindo a diversidade nas aulas de educação física escolar. In: PONTES JUNIOR, José Airton de Freitas (Org.). Conhecimentos do professor de educação física escolar [livro eletrônico]. Fortaleza, CE: EdUECE, 2017, p 184-208.)
De acordo com a reflexão das autoras, são estratégias importantes a serem adotadas na Educação Física escolar para promover a inclusão:
SOARES, C. L. et al Metodologia do Ensino de Educação Física – São Paulo: Cortez, 1992.
Acerca do trato da cultura corporal na escola, os autores da obra defendem que os conteúdos
(Adaptado de Tenório, Kadja Michele Ramos, et al. "Organização dos saberes escolares na educação física à luz da perspectiva crítico-superadora." Ciências do Esporte, Educação Física e Produção do Conhecimento em 40 (2020): 57-76.)
As abordagens críticas ou progressistas da Educação Física,
1 Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224 — Reforma Leôncio de Carvalho, Decreto n. 7.247 da Instrução Pública —, no qual defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos professores de ginástica aos das outras disciplinas. Nesse parecer, ele destacou e explicitou sua ideia sobre a importância de se ter um corpo saudável para sustentar a atividade intelectual.
2 Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro e ficou determinada a obrigatoriedade da Educação Física para o ensino primário e médio. Ocorre a introdução do Método Desportivo Generalizado, que significou uma contraposição aos antigos métodos de ginástica tradicional e uma tentativa de incorporar esporte, que já era uma instituição bastante independente, adequando-o a objetivos e práticas pedagógicas.
3 A partir do Decreto n. 69.450, considerou-se a Educação Física como “a atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando”. A falta de especificidade do decreto manteve a ênfase na aptidão física, tanto na organização das atividades como no seu controle e avaliação. A iniciação esportiva, a partir da quinta série, tornou-se um dos eixos fundamentais de ensino; buscava-se a descoberta de novos talentos que pudessem participar de competições internacionais, representando a pátria.
4 A Reforma Couto Ferraz tornou obrigatória a Educação Física nas escolas do município da Corte. De modo geral houve grande contrariedade por parte dos pais em ver seus filhos envolvidos em atividades que não tinham caráter intelectual. Em relação aos meninos, a tolerância era um pouco maior, já que a ideia de ginástica associava-se às instituições militares; mas, em relação às meninas, houve pais que proibiram a participação de suas filhas.
5 Pela primeira vez ocorre uma referência explícita à Educação Física em textos constitucionais federais, incluindo-a no currículo como prática educativa obrigatória (e não como disciplina curricular), junto com o ensino cívico e os trabalhos manuais, em todas as escolas brasileiras. Também havia um artigo naquela Constituição que citava o adestramento físico como maneira de preparar a juventude para a defesa da nação e para o cumprimento dos deveres com a economia.
6 A educação, de modo geral, sofria influências da tendência tecnicista. O ensino era visto como uma maneira de se formar mão-de-obra qualificada. Era a época da difusão dos cursos técnicos profissionalizantes. Nesse quadro, com a Lei n. 5.540, e com a 5.692, a Educação Física teve seu caráter instrumental reforçado: era considerada uma atividade prática, voltada para o desempenho técnico e físico do aluno.
A ordem cronológica correta dos tópicos apresentados acima é
“Nesse sentido, o corpo sofre a ação, sofre várias intervenções com a finalidade de adaptá-lo às exigências das formas sociais de organização da produção e da reprodução da vida. Alvo das necessidades produtivas (corpo produtivo), das necessidades sanitárias (corpo “saudável”), das necessidades morais (corpo deserotizado), das necessidades de adaptação e controle social (corpo dócil). O déficit de dignidade do corpo vinha de seu caráter secundário perante a força emancipatória do espírito ou da razão. Mas esse mesmo corpo, assim produzido historicamente, repunha a necessidade da produção de um discurso que o secundarizava, exatamente porque causava um certo mal-estar à cultura dominante. Ele precisa, assim, ser alvo de educação, mesmo porque educação corporal é educação do comportamento que, por sua vez, não é corporal, e sim humano. Educar o comportamento corporal é educar o comportamento humano.
(Bracht, Valter. "A constituição das teorias pedagógicas da educação física." Cadernos Cedes 19 (1999): 69-88.)
Com base nas teorias críticas e pós-críticas, as construções históricas da Educação Física (EF) tratam o corpo e a educação corporal da seguinte forma:
(Adaptado de NUNES, Luciana de Oliveira, et al. "Planejamento de ensino e Educação Física: uma revisão de literatura em periódicos nacionais." Motrivivência 29.52 (2017): 280-294).
Sobre o planejamento na Educação Física escolar é correto afirmar:
(DARIDO, Suraya Cristina. "A avaliação da educação física na escola." UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica 16 (2012): 127-140).
Sobre o processo avaliativo da Educação Física escolar, de acordo com Darido (2012) é correto afirmar:
(Dias, Maria Aparecida; Machado, Roseli Belmonte; Carvalho Junior, Arlindo Fernando Paiva de; Martins, Rafael Costa. Corpo, diferença e distanciamento: desafios e possibilidades em tempos de pandemia." Educação Física e Ciências do Esporte no tempo presente. 2021).
Diante do cenário pandêmico refletindo com os autores do texto “Corpo, diferença e distanciamento: desafios e possibilidades em tempos de pandemia” é possível afirmar sobre a inclusão de pessoas com deficiência:
(adaptado de Fonseca, Michele Pereira de Souza da; Brito, Leandro Teofilo de. Por uma perspectiva inclusiva na Educação Física escolar. In: Educação física, soberania popular, ciência e vida / Rosa Malena de Araújo Carvalho, Alexandre Palma, André dos Santos Souza Cavalcanti (organizadores). Niterói : Intertexto, 2022.)
De acordo com os autores, pensar em uma Educação Física escolar na perspectiva inclusiva, que valorize as diferenças, perpassa
Com base na afirmação acima, é fundamental que o professor de educação física escolar, alinhado com as perspectivas críticas e pós-críticas, aborde a relação da atividade física com a saúde a partir das seguintes ideias:
(PEREIRA, A. S. M. Práticas corporais indígenas: jogos, brincadeiras e lutas para a implementação da lei 11.645/08 na Educação Física escolar. Editora Aliás, 2021)
Sobre os Jogos dos Povos Indígenas, Pereira (2021) reflete em seu livro que
(DARIDO, Suraya Cristina. A avaliação da educação física na escola. Caderno de formação: formação de professores didática geral. Universidade Estadual Paulista. Prograd. São Paulo: Cultura Acadêmica, v. 16, p. 127-140, 2012.)
Acerca do momento adequado à avaliação na Educação Física escolar, Darido (2012) indica
(DAÓLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores Associados, 2004.)
Para Jocimar Daólio, a “cultura” aparece na obra de vários autores da Educação Física brasileira, quais sejam
(Daolio, Jocimar. "Consequências do conceito de cultura para a educação física escolar." Desafios da educação física: cultura e corpo em movimento. Dourados: UFGD, 2016, p. 57-73).
Sobre o desenvolvimento científico da Educação Física brasileira, Daólio (2004) afirma que
A espera é justamente a de liberdade e desprendimento, momento que se utiliza para brincar (sem compromisso com um brincar formativo), jogar(sem a discussão da complexidade e dos valores do jogo), se divertir (sem o uso pedagógico do tempo e do espaço). Romper com essa situação tem sido a busca pela área e seus profissionais ao longo das últimas décadas”.
(Oliveira, A. A. B.; Souza, V. F. M. Educação física escolar: da atividade da prática descompromissada à atratividade da prática formativa. In: Bossle F; Athayde P; Lara L, (orgs.). Ciências do esporte, educação física e produção do conhecimento, 40, 2020, p. 119-130.)
Sobre o desafio de transformação desta realidade os(as) autores(as) apontam