“4,3 milhões de estudantes não-brancos da rede pública – pr...

Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Q2572191 Educação Física
“4,3 milhões de estudantes não-brancos da rede pública – pretos, pardos e os indígenas– ficaram sem atividades escolares durante a pandemia, quase três vezes mais que os 1,5 milhões de estudantes brancos sem atividades. Uma das razões é que, no Brasil, 39% dos estudantes de escolas públicas não têm computador, enquanto 91% dos estudantes de escolas particulares possuem computador.”

(Rede de Pesquisa Solidária da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://redepesquisasolidaria.org/wpcontent/uploads/2020/09/boletimpps_22_28agosto.pdf ).

A pandemia foi uma experiência inédita e inesperada para os habitantes do planeta, delicada, complexa, sem “preparação prévia”, que afligiu a humanidade desde o final de 2019, e nos confrontou com o desconhecido. No entanto, com seu ineditismo, a pandemia acabou por exacerbar, radicalizar e dar visibilidade a problemas e opressões estruturais em escalas mundial e nacional bastante conhecidos, há muito, problemas que ao longo da história não foram objeto de políticas públicas de enfrentamento para sua superação – o racismo e suas nefastas consequências para todas as vidas humanas; a iníqua distribuição de renda; a desigualdade de acesso aos bens da educação, da cultura, da saúde, da economia. E a pandemia trouxe também problemas sociais novos.

(Adaptado de VAGO, Tarcísio Mauro. Uma polifonia da Educação Física para o dia que nascerá: sonhar mais, crer no improvável, desejar coisas bonitas que não existem e alargar fronteiras. In CARVALHO, Rosa Malena de Araújo; PALMA, Alexandre; CAVALCANTI, André dos Santos Souza. (organizadores). Educação Física, soberania popular, ciência e vida. Niterói : Intertexto, 2022. p. 38-54)

Sobre a relação entre a Educação Física e os persistentes problemas sociais brasileiros, Taffarel (2022) reflete que:
Alternativas