Questões de Concurso Público Prefeitura de Inhumas - GO 2024 para Professor de Educação Física
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A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade. Formas de educação que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre todos os que ensinam-e-aprendem, o saber que atravessa as palavras da tribo, os códigos sociais de conduta, as regras do trabalho, os segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer povo precisa para reinventar, todos os dias, a vida do grupo e a de cada um de seus sujeitos, através de trocas sem fim com a natureza e entre os homens, trocas que existem dentro do mundo social onde a própria educação habita, e desde onde ajuda a explicar — às vezes a ocultar, às vezes a inculcar — de geração em geração, a necessidade da existência de sua ordem.
BRANDÃO, C. Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2001.
De acordo com o texto, a educação é conceituada como sendo
Na Educação Física, a orientação da formação por uma perspectiva pragmática, que valoriza os saberes tácitos, tende a ser ainda mais regressiva, face à histórica aversão da área à teoria, ao debate acadêmico e político (Castellani Filho, 1983). Trata-se de um campo acadêmico e profissional cuja histórica prática social ainda está vinculada ao aprender fazendo. Portanto, o pragmatismo, mesmo que atualmente fundamente as políticas educacionais como um todo, proporciona um retrocesso particular na educação física, reposicionando a formação a partir da centralidade da instrumentalização para a intervenção profissional. O que é nuclear nas instituições formativas de caráter escolar (a universidade aí incluída) é o conhecimento sistematizado, clássico ou fundamental para a formação, nesse caso, o acúmulo científico da educação física e de áreas de conhecimentos que estabelecem diálogos fundamentais com este campo acadêmico e profissional. A atual resolução CNE/CES secundariza a concepção de conhecimentos clássicos e fundamentais no processo de formação profissional, especialmente porque o documento ignora os desenvolvimentos epistemológicos da área e superestima todo tipo de flexibilização da formação, induzindo uma orientação curricular que determina que o núcleo formativo não seja constituído pelos conhecimentos acumulados pelo campo, mas sim pelos saberes oriundos das interações práticas cotidianas dos estudantes.
SILVA, H. L. F.; FURTADO, R. P. Reação conservadora neoliberal e políticas curriculares: as novas diretrizes curriculares nacionais da educação física. In.: Revista Currículo sem Fronteiras, v.22, e2150, 2022 p. 13.
Destacam-se os seguintes documentos pertinentes à análise dos autores: a Resolução CNE/CES nº 6/2018, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Educação Física; a Resolução CNE/CP nº2/2019, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNCFormação). Ao analisar o conjunto desses documentos, os autores concluíram que possuem os princípios comuns de
Estudos, no entanto, verificaram que, além do foco de atenção externo não produzir melhores efeitos na aprendizagem de novas habilidades motoras de crianças com Transtorno do Espectro Autista, o foco de atenção interno tende a ser mais adequado para essa população. Uma possível explicação reside no fato de que indivíduos com TEA confiam menos no feedback visual que indivíduos com desenvolvimento típico na aprendizagem de uma sequência motor e constroem uma associação mais forte que o esperado entre o comando motor voluntário e o feedback proprioceptivo. Depositando, dessa forma, uma maior confiança na propriocepção em comparação ao controle visual para o desempenho de habilidades motoras. Ou seja, ao ensinar, a habilidade de chutar a bola ao gol aos seus alunos nas aulas de educação física ou nas escolinhas de futebol, o professor poderia utilizar a instrução geral de foco externo (“prestar atenção na posição da bola”) para os alunos com desenvolvimento típico e utilizar a instrução específica de foco interno (“prestar atenção na posição do pé”) para os alunos com TEA.
Justapor, portanto, conceitos de aprendizagem motora às características cognitivas, sensório-motoras, sociais e comportamentais peculiares do TEA capacita os professores de educação física a elaborar soluções para os principais desafios, aumentando sua autoeficácia e consequente atitude em relação à inclusão desses indivíduos nas atividades físicas e esportivas.
SCHLIEMANN, A.; ALVES, M. L. T; DUARTE, E. Educação Física Inclusiva e Autismo: perspectivas de pais, alunos, professores e seus desafios. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2020 Jul;34 nesp:77-86, p.83.
De acordo com o texto, o objetivo do trabalho pedagógico com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista deve centrar-se em