Questões de Concurso Público Prefeitura de Alhandra - PB 2024 para Auditor Fiscal Tributário

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Q3010895 Português

O homem do mediterrâneo 


(Rubem Braga)



       Uma tarde, em algum lugar da Grécia. Curvada para o chão, a velha recolhe as azeitonas e as joga dentro de um cesto. Talvez não seja muito velha, e a fadiga do trabalho a faça parecer menor e mais lenta. Com uma longa vara, o homem de cabelos grisalhos bate os galhos da oliveira. Um burrisco, ali perto, espera a hora de escurecer, de sentir um peso nas costas e marchar lentamente de volta à casa: o homem lhe dará a ordem numa só palavra resmungada.  

            Talvez em português, talvez em italiano, talvez em grego. Muda pouco a paisagem, mudam pouco as rugas do camponês, as oliveiras têm esse mesmo verde prateado, desfalecido, seja o pé de um convento manuelino, de um arco romano, de umas colunas dóricas abandonadas na planura. Novembro começa: e lentamente, como se o fizessem apenas nas horas de lazer, homens e mulheres começam a colher olivas, apenas de uma árvore ou outra, como na abertura de um rito.

            Sento-me no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente muito claro, quase quente. Eu podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista: fico ali sentado no chão, analfabeto, animal; no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente muito claro, quase quente. Eu podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista: fico ali sentado no chão, analfabeto, animal; pensando que eu poderia ser, com esta mesma cara, aquele homem de cabelos grisalhos; e aquela mulher que se curva para a terra, de pano na cabeça, poderia ser minha mulher; e eu poderia estar repetindo lentamente, na mesma faina de sempre, o mesmo gesto do meu avô, meu bisavô, na mesma terra, junto, quem sabe, à mesma oliveira secular. Sinto que sou um europeu do Mediterrâneo, me reencarno na rude pele de qualquer antepassado. Se eu ficasse louco neste momento, e perdesse a memória, talvez acabasse a vida nesta aldeia; e, como seria um louco manso, talvez me admitissem lentamente a cuidar da terra, a pastorear as ovelhas, a limpar os vinhedos, a colher azeitonas. Dar-me iam algum monte de feno onde dormir, ao abrigo do tempo; e, ao cabo, talvez me estimassem, sentindo em mim um dos seus.

   Como o Brasil está longe, além dos mares, das gerações! (Mas, mesmo na minha loucura mansa, perdida toda a memória, talvez eu guardasse um certo nome de mulher – e o repetisse baixinho, comigo mesmo, quando, perante um desses mármores lavados pelas chuvas, dourados violenta vontade de chorar.) 

No texto de Rubem Braga, há uma narrativa memorialista em que o narrador conduz o leitor a uma descrição sobre a vida e o viver: pontos de vista, expectativas e conclusões. 
Por se tratar de uma crônica, há a presença de:  
Assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q3010896 Português

O homem do mediterrâneo 


(Rubem Braga)



       Uma tarde, em algum lugar da Grécia. Curvada para o chão, a velha recolhe as azeitonas e as joga dentro de um cesto. Talvez não seja muito velha, e a fadiga do trabalho a faça parecer menor e mais lenta. Com uma longa vara, o homem de cabelos grisalhos bate os galhos da oliveira. Um burrisco, ali perto, espera a hora de escurecer, de sentir um peso nas costas e marchar lentamente de volta à casa: o homem lhe dará a ordem numa só palavra resmungada.  

            Talvez em português, talvez em italiano, talvez em grego. Muda pouco a paisagem, mudam pouco as rugas do camponês, as oliveiras têm esse mesmo verde prateado, desfalecido, seja o pé de um convento manuelino, de um arco romano, de umas colunas dóricas abandonadas na planura. Novembro começa: e lentamente, como se o fizessem apenas nas horas de lazer, homens e mulheres começam a colher olivas, apenas de uma árvore ou outra, como na abertura de um rito.

            Sento-me no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente muito claro, quase quente. Eu podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista: fico ali sentado no chão, analfabeto, animal; no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente muito claro, quase quente. Eu podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista: fico ali sentado no chão, analfabeto, animal; pensando que eu poderia ser, com esta mesma cara, aquele homem de cabelos grisalhos; e aquela mulher que se curva para a terra, de pano na cabeça, poderia ser minha mulher; e eu poderia estar repetindo lentamente, na mesma faina de sempre, o mesmo gesto do meu avô, meu bisavô, na mesma terra, junto, quem sabe, à mesma oliveira secular. Sinto que sou um europeu do Mediterrâneo, me reencarno na rude pele de qualquer antepassado. Se eu ficasse louco neste momento, e perdesse a memória, talvez acabasse a vida nesta aldeia; e, como seria um louco manso, talvez me admitissem lentamente a cuidar da terra, a pastorear as ovelhas, a limpar os vinhedos, a colher azeitonas. Dar-me iam algum monte de feno onde dormir, ao abrigo do tempo; e, ao cabo, talvez me estimassem, sentindo em mim um dos seus.

   Como o Brasil está longe, além dos mares, das gerações! (Mas, mesmo na minha loucura mansa, perdida toda a memória, talvez eu guardasse um certo nome de mulher – e o repetisse baixinho, comigo mesmo, quando, perante um desses mármores lavados pelas chuvas, dourados violenta vontade de chorar.) 

Em: “Sento-me no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista:  fico ali sentado no chão, analfabeto, animal" os ,termos em destaque são empregados metaforicamente por meio de:
Assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q3010897 Português

O homem do mediterrâneo 


(Rubem Braga)



       Uma tarde, em algum lugar da Grécia. Curvada para o chão, a velha recolhe as azeitonas e as joga dentro de um cesto. Talvez não seja muito velha, e a fadiga do trabalho a faça parecer menor e mais lenta. Com uma longa vara, o homem de cabelos grisalhos bate os galhos da oliveira. Um burrisco, ali perto, espera a hora de escurecer, de sentir um peso nas costas e marchar lentamente de volta à casa: o homem lhe dará a ordem numa só palavra resmungada.  

            Talvez em português, talvez em italiano, talvez em grego. Muda pouco a paisagem, mudam pouco as rugas do camponês, as oliveiras têm esse mesmo verde prateado, desfalecido, seja o pé de um convento manuelino, de um arco romano, de umas colunas dóricas abandonadas na planura. Novembro começa: e lentamente, como se o fizessem apenas nas horas de lazer, homens e mulheres começam a colher olivas, apenas de uma árvore ou outra, como na abertura de um rito.

            Sento-me no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente muito claro, quase quente. Eu podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista: fico ali sentado no chão, analfabeto, animal; no chão, à sombra de uma oliveira: o sol se faz subitamente muito claro, quase quente. Eu podia tirar uma fotografia, mas sou um mau turista: fico ali sentado no chão, analfabeto, animal; pensando que eu poderia ser, com esta mesma cara, aquele homem de cabelos grisalhos; e aquela mulher que se curva para a terra, de pano na cabeça, poderia ser minha mulher; e eu poderia estar repetindo lentamente, na mesma faina de sempre, o mesmo gesto do meu avô, meu bisavô, na mesma terra, junto, quem sabe, à mesma oliveira secular. Sinto que sou um europeu do Mediterrâneo, me reencarno na rude pele de qualquer antepassado. Se eu ficasse louco neste momento, e perdesse a memória, talvez acabasse a vida nesta aldeia; e, como seria um louco manso, talvez me admitissem lentamente a cuidar da terra, a pastorear as ovelhas, a limpar os vinhedos, a colher azeitonas. Dar-me iam algum monte de feno onde dormir, ao abrigo do tempo; e, ao cabo, talvez me estimassem, sentindo em mim um dos seus.

   Como o Brasil está longe, além dos mares, das gerações! (Mas, mesmo na minha loucura mansa, perdida toda a memória, talvez eu guardasse um certo nome de mulher – e o repetisse baixinho, comigo mesmo, quando, perante um desses mármores lavados pelas chuvas, dourados violenta vontade de chorar.) 

Há nos exemplos: “Sento-me” e “Dar-me-iam”, RESPECTIVAMENTE, a colocação pronominal do tipo:

Assinale a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q3010898 Português




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No texto acima, identificamos a presença da linguagem verbal e não verbal na construção humorística da mensagem. Esse tipo de texto faz uso de frases de efeito e personagens de conhecimento coletivo. Muito utilizado nas redes sociais da internet, trata-se do gênero textual conhecido como:

Assinale a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q3010899 Português




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Leia as sentenças abaixo e, em seguida, escolha a alternativa CORRETA em relação às adequações oficiais da Língua Portuguesa:

I. Há a ausência da inicial maiúscula no período.
II. Há a ausência do acento grave na locução adverbial “as vezes”.
III. Há presença indevida de uma vírgula separando o  sujeito do predicado.
IV. Observa-se a ausência do ponto finalizando o período.
V. A expressão “mais” está inadequada, a ocorrência exige o “mas”.

Estão CORRETOS:
Alternativas
Q3010900 Português




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O humor no texto, característica do gênero em questão, é estabelecido nesse exemplo pela proposta:
Assinale a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q3010901 Português
Leia o texto, atentando para a ordem de seus parágrafos e escolha a sequência correta, de acordo com a os critérios da coerência textual. 

Imprensa internacional repercute morte de Silvio Santos

1. “executivo e apresentador de televisão brasileiro era conhecido por seu sorriso radiante e pelo bordão ‘Quem quer dinheiro?’
2. enquanto também investiu em vários negócios, incluindo um banco e uma empresa de cosméticos”.
3. Ele estava internado no hospital Albert Einstein desde o início de agosto. O site de notícias ABC News noticiou a morte de Silvio Santos e relembrou as marcas registradas do apresentador:
4. ”A morte de Silvio Santos também foi noticiada pela Bloomberg, que destacou que o apresentador criou “um dos canais de televisão mais assistidos do país,
5. A imprensa internacional repercutiu a morte do apresentador Silvio Santos, neste sábado (17), aos 93 anos.  

Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/imprensainternacional-repercute-morte-de-silvio-santos/

A SEQUÊNCIA CORRETA do texto, de acordo com a organização dos parágrafos, respeitando a coerência está em: 



Alternativas
Q3010902 Português
Escolha a alternativa CORRETA, respeitando a norma culta de escrita da Língua Portuguesa:
Alternativas
Q3010903 Português

Considerando a tipologia de cada texto, o exemplo abaixo classifica-se como sendo do tipo: 



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Alternativas
Q3010904 Português
Quanto a presença e classificação dos sujeitos nas orações que compõem o texto abaixo, temos: 


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Alternativas
Q3010905 História e Geografia de Estados e Municípios
Segundo estudos sobra a memória da Jurema em Alhandra/PB, analise as alternativas e assinale V para a VERDADEIRAS e F para as FALSAS:


( )Alhandra, especialmente os Sítios de Acais e Estiva, integram a memória e história da Jurema.

( )Por sua presença na memória dos juremeiros e das juremeiras e por sua referência nas fontes documentais, Alhandra é descrita como lugar da prática de Jurema desde a década de 1930, com os registros da Missão de Pesquisa Folclórica.

( )Também se destacaram na Jurema de Alhandra, como Mestra Jardecilha, Mestre Color, Mestre Inácio da Popoca, Mestre Zezinho.

( )Na tradição juremeira, alguns bens situados na cidade de Alhandra adquiriram o registro de bem imaterial e o tombamento de bem material.


A sequência CORRETA é:
Alternativas
Q3010906 História e Geografia de Estados e Municípios
A respeito do município de Alhandra/PB, analise as alternativas e assinale a INCORRETA: 
Alternativas
Q3010907 Conhecimentos Gerais
O paraibano Petrúcio Ferreira, 27, conquistou nesta sexta-feira, 30, sua sexta medalha paralímpica, a terceira de ouro, ao vencer nos 100m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) do atletismo. Ele terminou com o tempo de 10s68. O americano Korban Best levou a prata com 10s75 e o marroquino Aymane El Haddaoui o bronze, com 10s75.
(https://cpb.org.br/noticia)


Sobre Petrúcio Ferreira, analise as alternativas e assinale a alternativa INCORRETA. 
Alternativas
Q3010908 Conhecimentos Gerais
A comunidade quilombola fica na zona rural dos municípios Alagoa Grande e Alagoa Nova, região agreste da Paraíba, conhecida como Brejo Paraibano. O quilombo ocupa uma área de 646,5873 hectares, onde vivem cerca de 300 famílias, cujos ancestrais moraram ali desde o século 18. A identidade da comunidade se fortaleceu com seu reconhecimento como comunidade negra divulgada pela Banda de Pífanos, que existe há mais de 60 anos.  
(https://assets.website-files.com)


O trecho faz referência à comunidade quilombola:

Assinale a alternativa CORRETA: 

Alternativas
Q3010909 Conhecimentos Gerais
Novo filme de Kleber Mendonça Filho, que dessa vez codirige com Juliano Dornelles. O longa estreou em Cannes e se revelou bem mais do que a premissa vista na primeira sinopse: pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado, localizado no sertão brasileiro, descobrem que a comunidade não consta mais nos mapas.

(https://institutodecinema.com.br)


O filme brasileiro é 
Alternativas
Q3010910 História e Geografia de Estados e Municípios
É um sítio arqueológico localizado no agreste da Paraíba. Também conhecido como "itacoatiara", a rocha possui inscrições talhadas há milhares de anos e atrai turistas interessados no mistério do local.

(https://jornaldaparaiba.com.br)
Alternativas
Q3010911 Conhecimentos Gerais
A respeito do Programa Pé-de-Meia do Governo Federal, analise as alternativas e assinale a INCORRETA:  
Alternativas
Q3010912 História e Geografia de Estados e Municípios
Sobre as mesorregiões do Estado da Paraíba, catalogadas pelo IBGE, em termos gerais, e características econômicas, analise as alternativas e assinale V para a VERDADEIRAS e F para as FALSAS:


( )Mesorregião da Mata Paraibana – está situada a cidade de João Pessoa, capital do Estado, apresenta a maior concentração industrial, comercial e de serviços; e, no setor agropecuário, a marcante presença da produção da cana-de-açúcar.
( )Mesorregião da Borborema - região de domínio de policultura alimentícia e de pecuária extensiva de corte. Nessa mesorregião, também conhecida como Brejo, destacam-se a cana-de-açúcar e a policultura alimentícia.
( )Mesorregião do Agreste - tem como destaque Campina Grande, a segunda maior cidade do Estado em termos de população e importância econômica, onde se destacam as atividades comerciais e de serviços e a produção industrial.
( )Mesorregião do Sertão - área de predomínio de atividades primárias, com destaque para a pecuária bovina de corte e a cotonicultura. No tocante ao comércio, destacam-se por terem maior expressão, os municípios de Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras.

A sequência CORRETA é:
Alternativas
Q3010913 História e Geografia de Estados e Municípios
Sérgio Martinho Aquino de Castro Pinto pertence à galeria dos maiores escritores paraibanos. Sua primeira influência literária veio de seu pai, o memorialista Petrônio de Castro Pinto. Em seguida, passou a se interessar especialmente por Monteiro Lobato e José Lins do Rego. Fez sua graduação, mestrado e doutorado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), abordando as poéticas de Manuel Bandeira e Mário Quintana.
(https://paraibacriativa.com.br)

Assinale a alternativa CORRETA que apresenta uma obra de Sérgio de Castro Pinto. 
Alternativas
Q3010914 Geografia
O território brasileiro é dividido em cinco grandes regiões. Essa regionalização foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entidade da administração pública federal considerada a principal fornecedora de dados e informações do país. A regionalização atual foi elaborada em 1970 e agrupa estados cujas características são semelhantes, como os aspectos naturais, sociais e econômicos.

(https://mundoeducacao.uol.com.br)

As alternativas estão corretas, EXCETO: 
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: E
4: C
5: D
6: D
7: A
8: B
9: C
10: A
11: E
12: B
13: D
14: A
15: C
16: B
17: A
18: D
19: E
20: C