Questões de Concurso Público ESPM 2019 para Vestibular 2020/1 - SP

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Q1788859 Português


Lei de Abuso de Autoridade não ameaça qualquer prática jurisdicional


    Em corpos diferenciados do funcionalismo público emerge, naturalmente, um corporativismo construído pelo elitismo do seu “espírito de corpo”. Trata-se, de fato, de um anel protetor do bom e do mau uso que seus membros podem fazer de suas prerrogativas. Um exemplo disso é a que o País assiste agora, perplexo: a reação à lei que combate os possíveis abusos de autoridade nos Três Poderes da República.

     (...)

  Eventuais dúvidas sobre julgamentos são analisadas com recurso a instâncias jurídicas superiores (colegiadas), porque só outros juízes podem avaliar a razoabilidade de outro juiz. O preparo da ação e o julgamento são influenciados por muitos fatores (inclusive a “visão de mundo” de cada um deles). O importante, entretanto, é que, se o paciente não se conformar com o resultado, há a possibilidade de recorrer a instâncias superiores que, eventualmente, terão a oportunidade de corrigi-lo. Esses parcos conhecimentos me levaram nos últimos 70 anos a aceitar tal mecanismo como satisfatório para minimizar os riscos do sistema.

    É por isso que estou surpreso com a reação corporativista contra a Lei de Abuso de Autoridade, que, obviamente, não ameaça qualquer prática jurisdicional que obedeça ao espírito e à letra da Lei. Sobre o poder do Congresso de produzi-la e aprová-la, e o poder do presidente de sancioná-la ou vetá-la parcialmente, não há dúvidas. Entretanto, a palavra final sobre ela (pela rejeição de eventuais vetos) pertence ao Congresso. Mas há um problema lógico muito interessante, apontado pelo competente Elio Gaspari. No caso de eventual denúncia de abuso de autoridade, quem vai julgá-lo? O próprio Judiciário! Logo, se um funcionário da Receita, do Coaf, um promotor ou um juiz se julga ameaçado, porque será “controlado” pelo próprio Judiciário, é porque ele não acredita em nada do que foi dito acima! (...)


(Delfim Netto, revista Carta Capital, adaptado, 28 de agosto de 2019)

Segundo o texto:
Alternativas
Q1788889 Raciocínio Lógico
Considere como verdadeira a premissa “O mundo não seria um bom lugar se não houvesse pessoas boas”. Entre as proposições abaixo;
• Se não houvesse pessoas boas, o mundo não seria um bom lugar. • Se houvesse pessoas boas, o mundo seria um bom lugar. • O mundo seria um bom lugar se houvesse pessoas boas. • Existem pessoas boas ou o mundo não seria um bom lugar.
podemos afirmar que são logicamente verdadeiras, em relação à premissa dada:
Alternativas
Q1788905 Inglês

4 Types of Deceptive Advertising

By Apryl Duncan


    Deceptive advertising is officially defined by the Federal Trade Commission (FTC) as “practices that have been found misleading or deceptive. Specific cases include false oral or written representations, misleading price claims, sales of hazardous or systematically defective products or services without adequate disclosures, failure to disclose information regarding pyramid sales, use of bait and switch techniques, failure to perform promised services, and failure to meet warranty obligations.



  However, it’s important to note that deceptive advertising does not represent the entire industry, and makes up a very small percentage of the ads you will encounter every day. But there are always people out there looking to dupe consumers and make money in any way that they can. Here are some examples of deceptive and unethical advertising practices and scams that you need to look out for.

Hidden Fees

   In this example, the advertising is not fully disclosing the true cost of the item. You may see an ad for a computer or tablet that says “Only $99!” and you can’t wait to go into the store and buy it or order it online. However, suddenly you are hit with a whole bunch of charges that you were not expecting. In some cases, shipping fees will be extortionate, often costing more than the product itself. Or, you may have to pay handling fees that are excessive.
    Often, hidden fees can be spotted by the asterisk (*) that accompanies the incredible deal. Guaranteed, there will be a big difference between “Only $99!” and “Only $99!*” That asterisk basically says “hey, this is not the final price, you will have to jump through major hoops or fork over a lot more cash.” So, if you see an asterisk, read the small print carefully. Whether it’s a small item, a car, or even a home, hidden fees are a deceptive way of luring you in. By the time you realize there’s more to pay, it can be too late.

Bait and Switch

  In short, bait and switch is when the advertisement entices you with a product, but makes a significant switch when you go to purchase it.
    For instance, suddenly the laptop you wanted is not in stock, but there is a different one that is lower spec and costs twice as much. Chances are that the original laptop was never in stock, or at least, not for the price advertised.
   Another example would be advertising a car at the base price, but with all of the top-of-the-line features included in the ad. When you get to the dealership, you have to pay much more to get the car actually shown in the ad. Sometimes, an offer can feel like bait and switch but it’s not. If you want that laptop and it is sold out, but you are offered a similar laptop with a very similar spec, at an almost identical price, that’s perfectly fine. You just missed out on the original deal.

Misleading Claims

   Misleading claims use tricky language to make the consumer believe they are getting one thing when they are in fact getting less (or paying more). A British TV show called The Real Hustle had a great example of this in action. The presenters, who know the ins and outs of so many con games, set up stalls to sell seemingly awesome products at cheap prices.
    At no time do the hustlers break the law by making claims that are untrue, but the verbiage leads people to believe they are buying something way better than they’re actually getting. One of the cruelest was advertising a DIY model plane for a price that seemed like a steal. Things like “easy to assemble” and “it really flies” were on the box. But inside... it was just a blank sheet of paper, with a set of instructions on how to make a paper plane. Did they break the law? No. Did they deceive? Yes.

Ambiguous or “Best Case Scenario” Photography

    Another way of cheating people is to take photographs of the product being sold, but in a way that makes them seem way better than they are. Shady hotels have often used this technique to make the rooms look bigger, by setting up the camera in the corner of the room and using a fisheye lens.
    Food photography can suffer from the “best case scenario” photography. If you have ever ordered a burger from a fast food place, you will know this well. The burger on the menu is perfect. It’s thick, juicy, 4 inches high, and looks incredible. But the burger you receive, while it may have the same ingredients, is a sad interpretation of that image. The bun is flat, the burger is a mess, ketchup and mustard are pouring out of the sides.
    This is something we accept as consumers because we know the burger in the photograph was assembled by expert designers and food artists, over the course of many hours, whereas the poor kitchen hand has to throw your burger together in a few seconds to meet your time demands. But, don’t take that to mean you can never complain about this kind of photography. If you buy something that is clearly of poorer quality than the item shown in the picture, you can demand a refund. (Adapted from www.thebalancecareers.com, February 02, 2019)
Among the examples of deceptive advertising described in the text there are:
Alternativas
Q1788935 Conhecimentos Gerais
O contexto internacional em 2019 no segundo semestre, entre outros fatos, foi marcado pela crise envolvendo China e Hong Kong. Sobre o status político de Hong Kong é correto afirmar:
Alternativas
Q1795588 Português



Lei de Abuso de Autoridade não ameaça qualquer prática jurisdicional

        Em corpos diferenciados do funcionalismo público emerge, naturalmente, um corporativismo construído pelo elitismo do seu “espírito de corpo”. Trata-se, de fato, de um anel protetor do bom e do mau uso que seus membros podem fazer de suas prerrogativas. Um exemplo disso é a que o País assiste agora, perplexo: a reação à lei que combate os possíveis abusos de autoridade nos Três Poderes da República.

            (...)

Eventuais dúvidas sobre julgamentos são analisadas com recurso a instâncias jurídicas superiores (colegiadas), porque só outros juízes podem avaliar a razoabilidade de outro juiz. O preparo da ação e o julgamento são influenciados por muitos fatores (inclusive a “visão de mundo” de cada um deles). O importante, entretanto, é que, se o paciente não se conformar com o resultado, há a possibilidade de recorrer a instâncias superiores que, eventualmente, terão a oportunidade de corrigi-lo. Esses parcos conhecimentos me levaram nos últimos 70 anos a aceitar tal mecanismo como satisfatório para minimizar os riscos do sistema.

É por isso que estou surpreso com a reação corporativista contra a Lei de Abuso de Autoridade, que, obviamente, não ameaça qualquer prática jurisdicional que obedeça ao espírito e à letra da Lei. Sobre o poder do Congresso de produzi-la e aprová-la, e o poder do presidente de sancioná-la ou vetá-la parcialmente, não há dúvidas. Entretanto, a palavra final sobre ela (pela rejeição de eventuais vetos) pertence ao Congresso. Mas há um problema lógico muito interessante, apontado pelo competente Elio Gaspari. No caso de eventual denúncia de abuso de autoridade, quem vai julgá-lo? O próprio Judiciário! Logo, se um funcionário da Receita, do Coaf, um promotor ou um juiz se julga ameaçado, porque será “controlado” pelo próprio Judiciário, é porque ele não acredita em nada do que foi dito acima! (...)

 

(Delfim Netto, revista Carta Capital, adaptado, 28 de agosto de 2019)

Um dos questionamentos levantados pelo autor (que o faz concordar com Elio Gaspari) é:
Alternativas
Respostas
1: E
2: C
3: C
4: C
5: D