Questões de Concurso Público Prefeitura de Renascença - PR 2022 para Médico Ginecologista
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I - A doença hemolítica do recém-nascido pode causar concentrações elevadas de bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia), baixo número de glóbulos vermelhos no sangue (anemia) e, muito raramente, nas apresentações mais graves, morte. A bilirrubina é um pigmento amarelo produzido durante a destruição normal dos glóbulos vermelhos.
II - O fator Rh é uma molécula na superfície de glóbulos vermelhos em algumas pessoas. O sangue será Rh positivo se os glóbulos vermelhos da pessoa tiverem o fator Rh. O sangue será Rh negativo se os glóbulos vermelhos da pessoa não tiverem o fator Rh. O sangue da maioria das pessoas é Rh positivo.
III - O sistema imunológico da mãe com sangue Rh positivo pode determinar que os glóbulos vermelhos do sangue Rh negativo do feto são “estranhos” e produzir anticorpos contra o fator Rh nos glóbulos vermelhos do feto (esse processo é denominado sensibilização ao Rh).
I - O aborto espontâneo, por definição, é a morte do feto; pode diminuir o risco de aborto espontâneo em gestações subsequentes.
II - Cerca de 20 a 30% das mulheres, com gestação confirmada, sangram durante as primeiras 20 semanas de gestação; metade delas aborta espontaneamente. Assim, a incidência do aborto espontâneo é de aproximadamente 20% das gestações confirmadas. A incidência em todas as gestações provavelmente é maior, pois alguns abortos precoces são confundidos com menstruação tardia.
III - Abortos espontâneos isolados podem resultar de certas viroses — notavelmente, CMV, herpes-vírus, parvovírus e rubéola — ou de outros distúrbios que podem causar abortos esporádicos ou recorrentes (p. ex., anormalidades cromossômicas ou mendelianas e defeitos da fase lútea).
I - Os sintomas do aborto espontâneo incluem dor pélvica do tipo cólica, sangramento e, com o tempo, expulsão de restos ovulares. Aborto espontâneo tardio pode se iniciar com golfada de líquido em decorrência da ruptura das membranas. A hemorragia raramente é excessiva. A dilatação cervical indica que o aborto é inevitável.
II - Caso os produtos da concepção permaneçam no interior da cavidade uterina após o aborto espontâneo, o sangramento vaginal pode ocorrer, normalmente, algumas vezes após um atraso de horas ou dias. Infecção também pode ocorrer, causando febre, dor e, algumas vezes, sepse (chamado aborto séptico).
III - Diagnósticos de aborto de risco, inevitável, incompleto ou completo são frequentemente possíveis com base em critérios clínicos e teste urinário positivo para gestação.
I - Para ameaça de aborto, o tratamento é a observação. Nenhuma evidência sugere que o repouso diminui o risco de subsequente aborto completo.
II - Para abortos inevitáveis, incompletos ou ocultos, o tratamento é a evacuação uterina ou esperar pela passagem espontânea dos produtos da concepção. A evacuação normalmente envolve curetagem por sucção em < 12 semanas, dilatação e curetagem em 12 a 23 semanas, ou indução clínica em > 16 a 23 semanas (p. ex., com misoprostol). Quanto mais tardiamente o útero for esvaziado, maior a probabilidade de sangramento placentário, perfuração uterina por ossos longos do feto e dificuldades para dilatar o colo. Essas complicações podem ser reduzidas com o uso de dilatadores cervicais osmóticos préoperatórios (p. ex., laminárias), misoprostol ou mifepristona RU 486.
III - Se há suspeita de aborto completo, o esvaziamento uterino não precisa ser feito rotineiramente. O esvaziamento uterino pode ser realizado quando o sangramento ocorre e/ou se outros sinais indicam que os produtos da concepção podem estar retidos.
IV - Após um aborto induzido ou espontâneo, os pais podem se sentir tristes e culpados. Devem receber apoio emocional e, na maioria dos casos de abortos espontâneos, tranquilização no sentido de que seus atos não foram a causa. O aconselhamento formal é raramente indicado, mas deve ser disponibilizado.