Questões de Concurso Público Prefeitura de Renascença - PR 2022 para Médico Ginecologista
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I - Os sintomas de gravidez ectópica variam e talvez não ocorram antes de ocorrer o rompimento da estrutura que contém a gravidez ectópica. A maioria das mulheres apresenta sangramento vaginal ou manchas de sangue, cólicas ou dores na parte inferior do abdômen, ou ambos. A menstruação pode ou não estar atrasada ou ausente. Algumas mulheres não suspeitam que estão grávidas.
II - Quando a estrutura se rompe, a mulher normalmente sente uma dor forte e constante na parte inferior do abdômen. Se a mulher tiver uma perda significativa de sangue, ela pode desmaiar, transpirar ou ter tontura. Esses sintomas podem indicar que ela perdeu muito sangue e que ela apresenta uma queda perigosa da pressão arterial (Choque).
III - O médico suspeita de uma gravidez ectópica em mulheres que estão em idade fértil e que apresentam dor abdominal inferior ou sangramento vaginal, desmaiam ou entram em choque. Um exame de gravidez é feito nessas mulheres.
I - Em crianças, geralmente, a vaginite é ocasionada por infecção pela flora provinda do trato gastrintestinal (vulvovaginite não específica). Os fatores que contribuem para a doença em meninas de 2 a 6 anos de idade incluem higiene perineal inadequada (p. ex., limpar de trás para a frente após a evacuação; não lavar as mãos após a evacuação; mexer na região com os dedos, principalmente como resposta ao prurido).
II - Corpos estranhos (p. ex., papel higiênico) podem causar vaginite específica com sangramento.
III - Produtos químicos na água do banho de banheira ou sabões podem causar inflamação.
Assinale a alternativa correta:
I - Em mulheres em idade reprodutiva, geralmente a flora vaginal normal consiste predominantemente em Lactobacillus sp. A colonização por essa bactéria mantém o pH vaginal dentro da normalidade (3,8 a 4,2) e, por isso, previne o supercrescimento de bactérias e fungos patogênicos. Além disso, os altos níveis de estrogênio mantêm a espessura vaginal e reforçam as defesas locais.
II - Em mulheres na menopausa, normalmente a diminuição significativa de estrogênio causa atrofia vaginal e maior vulnerabilidade a infecções e inflamações. Alguns tratamentos (p. ex., ooforectomia, irradiação pélvica, certos fármacos quimioterápicos) também resultam em perda de estrogênio. A diminuição de estrogênio predispõe à vaginite inflamatória (particularmente atrófica).
III - A vaginite pode ser resultado de corpos estranhos (p. ex., absorventes internos esquecidos na vagina). A vaginite inflamatória, que é infecciosa, é comum.
I - Cercivite: secreção cervical devido à cervicite pode ser semelhante àquela da vaginite.
II - Doença inflamatória pélvica (DIP): dor abdominal, dor à movimentação do colo do útero ou inflamação do colo do útero sugere doença inflamatória pélvica.
III - Câncer: corrimento aquoso e/ou sanguinolento pode resultar de câncer vulvar, vaginal ou do colo do útero; pode-se diferenciar os tumores de vaginite por exame e testes de Papanicolau.
IV - Doenças cutâneas: prurido e o corrimento vaginais podem resultar de alterações cutâneas (p. ex., psoríase, tinha versicolor), que geralmente podem ser diferenciadas pela história e achados cutâneos.
V - Corpo estranho: se houver corrimento em crianças, deve-se suspeitar de corpo estranho.
I - Esse distúrbio pode ocorrer se o sangue da mãe for incompatível (entra em conflito) com o sangue do feto.
II - O diagnóstico toma por base exames de sangue da mãe e, às vezes, do pai.
III - Às vezes, imunoglobulina é administrada à mãe durante a gestação para ajudar a prevenir essa doença no recém-nascido.
I - A doença hemolítica do recém-nascido pode causar concentrações elevadas de bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia), baixo número de glóbulos vermelhos no sangue (anemia) e, muito raramente, nas apresentações mais graves, morte. A bilirrubina é um pigmento amarelo produzido durante a destruição normal dos glóbulos vermelhos.
II - O fator Rh é uma molécula na superfície de glóbulos vermelhos em algumas pessoas. O sangue será Rh positivo se os glóbulos vermelhos da pessoa tiverem o fator Rh. O sangue será Rh negativo se os glóbulos vermelhos da pessoa não tiverem o fator Rh. O sangue da maioria das pessoas é Rh positivo.
III - O sistema imunológico da mãe com sangue Rh positivo pode determinar que os glóbulos vermelhos do sangue Rh negativo do feto são “estranhos” e produzir anticorpos contra o fator Rh nos glóbulos vermelhos do feto (esse processo é denominado sensibilização ao Rh).
I - Após o parto, o recém-nascido com doença hemolítica possivelmente estará inchado, pálido ou com a pele amarelada (um quadro clínico denominado icterícia) ou pode ter o fígado ou o baço aumentados, anemia ou ter acúmulo de líquido no corpo.
II - Durante a primeira consulta pré-natal da gestação, a mãe realiza um exame de sangue para determinar se o sangue dela é Rh positivo ou Rh negativo. Se o sangue da mãe for Rh negativo e o resultado do exame for positivo para anticorpos anti-Rh ou se o resultado do exame for positivo para outro tipo de anticorpo que pode causar doença hemolítica no recém-nascido, o sangue do pai será analisado. A sensibilização ao Rh é um risco se o pai tiver sangue Rh positivo. Nessas situações, a mãe realiza exames de sangue periódicos durante a gestação para verificar os níveis de anticorpos anti-Rh. Nada mais precisa ser feito, enquanto anticorpos não forem detectados. Se os exames detectarem anticorpos, são realizados exames de sangue especiais na mãe e no feto durante a gestação.
III - A anemia grave causada pela doença hemolítica do recém-nascido é tratada da mesma maneira que qualquer outra anemia. O médico também examina o recém-nascido quanto à presença de icterícia. A icterícia tem propensão a ocorrer quando uma destruição rápida dos glóbulos vermelhos produz um excesso de bilirrubina. A bilirrubina é um pigmento amarelo que dá à pele e ao branco dos olhos do recém-nascido uma tonalidade amarelada. Se a concentração de bilirrubina for demasiadamente elevada, ela pode prejudicar o bebê. A concentração elevada de bilirrubina pode ser tratada ao expor o recém-nascido a uma luz clara (fototerapia ou “banhos de luz”) ou, em algumas ocasiões, submetendo o recém-nascido a uma exsanguineotransfusão. Concentrações muito elevadas de bilirrubina no sangue podem causar danos cerebrais (querníctero), a menos que isso seja evitado por essas medidas.
I - O aborto espontâneo, por definição, é a morte do feto; pode diminuir o risco de aborto espontâneo em gestações subsequentes.
II - Cerca de 20 a 30% das mulheres, com gestação confirmada, sangram durante as primeiras 20 semanas de gestação; metade delas aborta espontaneamente. Assim, a incidência do aborto espontâneo é de aproximadamente 20% das gestações confirmadas. A incidência em todas as gestações provavelmente é maior, pois alguns abortos precoces são confundidos com menstruação tardia.
III - Abortos espontâneos isolados podem resultar de certas viroses — notavelmente, CMV, herpes-vírus, parvovírus e rubéola — ou de outros distúrbios que podem causar abortos esporádicos ou recorrentes (p. ex., anormalidades cromossômicas ou mendelianas e defeitos da fase lútea).
I - Os sintomas do aborto espontâneo incluem dor pélvica do tipo cólica, sangramento e, com o tempo, expulsão de restos ovulares. Aborto espontâneo tardio pode se iniciar com golfada de líquido em decorrência da ruptura das membranas. A hemorragia raramente é excessiva. A dilatação cervical indica que o aborto é inevitável.
II - Caso os produtos da concepção permaneçam no interior da cavidade uterina após o aborto espontâneo, o sangramento vaginal pode ocorrer, normalmente, algumas vezes após um atraso de horas ou dias. Infecção também pode ocorrer, causando febre, dor e, algumas vezes, sepse (chamado aborto séptico).
III - Diagnósticos de aborto de risco, inevitável, incompleto ou completo são frequentemente possíveis com base em critérios clínicos e teste urinário positivo para gestação.
I - Para ameaça de aborto, o tratamento é a observação. Nenhuma evidência sugere que o repouso diminui o risco de subsequente aborto completo.
II - Para abortos inevitáveis, incompletos ou ocultos, o tratamento é a evacuação uterina ou esperar pela passagem espontânea dos produtos da concepção. A evacuação normalmente envolve curetagem por sucção em < 12 semanas, dilatação e curetagem em 12 a 23 semanas, ou indução clínica em > 16 a 23 semanas (p. ex., com misoprostol). Quanto mais tardiamente o útero for esvaziado, maior a probabilidade de sangramento placentário, perfuração uterina por ossos longos do feto e dificuldades para dilatar o colo. Essas complicações podem ser reduzidas com o uso de dilatadores cervicais osmóticos préoperatórios (p. ex., laminárias), misoprostol ou mifepristona RU 486.
III - Se há suspeita de aborto completo, o esvaziamento uterino não precisa ser feito rotineiramente. O esvaziamento uterino pode ser realizado quando o sangramento ocorre e/ou se outros sinais indicam que os produtos da concepção podem estar retidos.
IV - Após um aborto induzido ou espontâneo, os pais podem se sentir tristes e culpados. Devem receber apoio emocional e, na maioria dos casos de abortos espontâneos, tranquilização no sentido de que seus atos não foram a causa. O aconselhamento formal é raramente indicado, mas deve ser disponibilizado.
I - A síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (perihepatite que causa dor no hipocôndrio direito) pode resultar de salpingites agudas por gonococo ou clamídia. A infecção pode se tornar crônica, caracterizada por exacerbações e remissões intermitentes.
II - O abscesso tubo-ovariano (coleção de pus nos anexos) se desenvolve em cerca de 15% das mulheres com salpingite. Pode surgir acompanhando uma infecção aguda ou crônica e há maior probabilidade de sua ocorrência se o quadro for tratado tardiamente ou de maneira incompleta. Em geral, há dor, febre e sinais peritoneais, que podem ser graves. Uma massa anexial pode ser palpável, embora sensibilidade extrema possa limitar o exame. O abscesso pode se romper, causando sintomas cada vez mais graves e possivelmente choque séptico.
III - A hidrossalpinge é a obstrução das fímbrias e distensão tubária com líquido não purulento; é geralmente sintomática, e pode causar pressão pélvica, dor pélvica crônica, dispareunia e/ou infertilidade.
I - Hemolysis [hemólise] (a destruição das células vermelhas do sangue).
II - Elevated levels of [níveis elevados] lliver enzymes [de enzimas hepáticas], indicando danos ao fígado.
III - Um número baixo de plaquetas, o que diminui a capacidade de coagulação do sangue e aumenta o risco de sangramento durante e após o parto.