Considere o trecho a seguir, extraído de uma obra
do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, para responder a próxima questão.
“Os povos, como disse Alexis de Tocqueville, ressentem-se eternamente da sua origem. As circunstâncias
que os acompanharam ao nascer e que os ajudaram
a desenvolver-se influem sobre toda a sua existência.
Se fosse possível a todas as nações remontar à origem
da sua história, prossegue o mesmo Tocqueville, não
duvido que aí poderíamos descobrir a causa primária
das prevenções, dos usos e paixões dominantes – de
tudo, enfim, quanto compõe o que se chama caráter
nacional. Estas poucas linhas de autoridade insuspeita servirão de carta de recomendação para aqueles
que imaginem de menos interesse o estudo da nossa
história, nos tempos coloniais, sob regime diferente do
que adotou o império independente e liberal. Outras
considerações farão ainda mais sensível a importância do estudo da história pátria colonial. Por ocasião
de ser proclamada a independência e o império em
1822, o Brasil contava já em seu seio patrícios eminentes, cidades policiadas e fontes de riqueza, abertas pela agricultura, pela indústria e pelo comércio.
Fora tudo isso obra do acaso, ou criado de repente?
Não. Custara a vida e o trabalho de um grande número
de gerações”.
(Trecho com adaptações).