Questões de Concurso Público Banco do Brasil 2006 para Escriturário
Foram encontradas 20 questões
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que obrigava a forte censura napoleônica.
Considerado o contexto, é correto afirmar que, no fragmento acima,
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
Considerado o contexto, é correto afirmar que, no fragmento,
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
Substituindo a palavra folhetim, na frase acima, por "as palavras", estará em conformidade com a norma padrão culta a seguinte redação do segmento sublinhado:
abaixo.
"O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
"O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée" ? résdo-
chão, rodapé ?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
Uma nova redação para a frase acima, que não prejudica o sentido original e está em conformidade com o padrão culto, é:
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
I. As expressões que estabelecem o paralelismo efetuado pelos índios norte-americanos são "uma demolição" e "aquilo", que remete ao que aconteceu à população indígena no processo de aculturação a que foram submetidos.
II. A expressão "uma rede esgarçada" é imagem adotada pelos índios mexicanos para expressar os vazios de seu tecido social, do qual se retiraram traços significativos.
III. "demolição" e "transformação de suas vidas pagãs e bárbaras em uma vida civilizada e cristã" expressam o mesmo efeito que o processo de colonização traz para diferentes povos.
É correto o que se afirma APENAS em
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
texto que segue.
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)
texto que segue.
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)
texto que segue.
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)
texto que segue.
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)
texto que segue.
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)
texto que segue.
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre
nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos,
quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência,
pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos
cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então
ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de
espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do
que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto
seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma
e também do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, "Olhar e memória". IN:
O olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 97)