Considerado corretamente o 2o parágrafo, o segmento grifado ...
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Q6814
Português
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Atenção: As questões de números 9 a 14 referem-se ao texto
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
abaixo.
Em todo o continente americano, a colonização européia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que
afetavam os mínimos aspectos de suas vidas, os povos
indígenas trataram de criar sentido em meio à devastação. Nas
primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos
comparavam a uma demolição aquilo que os missionários
jesuítas viam como "transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã." (Relações dos
jesuítas da Nova França, 1636). No México, os índios
comparavam seu mundo revirado a uma rede esgarçada pela
invasão espanhola. A denúncia da violência da colonização,
sabemos, é contemporânea da destruição, e tem em Las Casas
seu representante mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da
"conquista" da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do
ponto de vista dos "vencidos", enquanto outros continuaram a
reconstituir histórias da instalação de sociedades européias em
solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos
documentos produzidos no período colonial informações sobre
os mundos indígenas demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à
edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do
imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII)).
Considerado corretamente o 2o parágrafo, o segmento grifado em A colonização do imaginário não busca nem uma coisa nem outra deve ser assim entendido: