Questões de Concurso Público TJ-RJ 2012 para Analista Judiciário - Biblioteconomia
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Atente para as afirmações seguintes sobre a pontuação empregada na frase acima, transcrita do 1º parágrafo do texto.
I. O uso dos parênteses para isolar a frase justifica-se por se tratar de uma digressão que, embora relacionada à reflexão feita no parágrafo, interrompe momentaneamente o fluxo do pensamento.
II. Os dois-pontos introduzem um segmento que constitui, de certo modo, uma ressalva ao que se afirma no segmento imediatamente anterior.
III. As vírgulas que isolam o segmento mais facilmente poderiam ser retiradas sem prejuízo para a correção e a lógica.
Está correto o que se afirma em
Entre a palavra e o ouvido
Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa: “Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?
(Armando Fuad. Inédito)
Entre a palavra e o ouvido
Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa: “Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?
(Armando Fuad. Inédito)
Entre a palavra e o ouvido
Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa: “Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?
(Armando Fuad. Inédito)
Entre a palavra e o ouvido
Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa: “Tão longe, de mim distante, Ondirá, Ondirá, teu pensamento?” Ganhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?
(Armando Fuad. Inédito)
Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de crase em destaque na frase acima, está correto o seu emprego em:
Joaquim Manuel de Macedo ficou famoso por causa de
A Moreninha (1844), romance que virou sinônimo do gênero
romântico no Brasil e já fez muitas moçoilas e rapazes barbados
chorarem. Dr. Macedinho, como era popularmente conhecido,
editaria a obra às próprias custas e não se arrependeria: o livro
converteu-se em nosso primeiro best-seller. A despeito do su-
cesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da atividade
como jornalista, articulista e cronista. Médico de formação,
Macedo enveredaria pela literatura de maneira ampla. Num
momento em que parecia natural cruzar a ponte entre jorna-
lismo e literatura, Macedinho sagrou-se personagem descolado
no Rio de Janeiro de Pedro II.
E começou cedo: com apenas 24 anos, além de se dedi-
car ao romance, passou às páginas de jornal. Porém, se sua
obra ficcional é conhecida, a produção jornalística é pouco di-
vulgada. A desproporção é gritante, uma vez que o escritor pu-
blicou durante quatro décadas em vários órgãos cariocas. Ape-
nas no sisudo Jornal do Comércio, reduto conservador dos mais
estáveis, Macedo foi presença cativa durante 25 anos, sem
interrupção. Suas colunas ocupavam o espaço prestigioso do
rodapé da primeira página de domingo, dia em que a circulação
duplicava.
Macedo era mesmo um agitador. Ajudou a criar uma tradição para
nossas artes, letras e história. Nosso escritor usaria de suas boas
relações e da sua literatura ágil para fortalecer seu grupo,
empenhado na construção cultural do país.
(Lilia Moritz Schwarcz. O Estado de S. Paulo, sabático, S6, 26
de março de 2011, com adaptações)
O elemento grifado acima pode ser corretamente substi- tuído, sem alteração do sentido original, por