Questões de Concurso Público SEDU-ES 2016 para Professor - Sociologia
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Analise abaixo as proposições referentes a Pierre Bourdieu.
I. Se as distinções simbólicas são sempre secundárias em relação às econômicas, as primeiras retraduzem as últimas segundo uma lógica própria, irredutível ao funcionamento do sistema econômico, que é a lógica da distinção.
II. A cada campo corresponde uma espécie de capital particular (econômico, cultural, social). Os agentes estão distribuídos segundo o volume e composição do capital que possuem.
III. As diferenças relativas às condições materiais de vida se transformam em diferenças na maneira de usufruir os bens, isto é, em distinções simbólicas que vão configurar diferentes estilos de vida.
Está correto o que se afirma em
A sociologia não se afirma primeiro como explicação científica e, somente depois, como forma cultural de concepção do mundo. Foi o inverso o que se deu na realidade. Ela nasce e se desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais complicados das situações de existência nas modernas sociedades industriais e de classe. E seu progresso, lento mas contínuo, no sentido do saber científico-positivo, também se faz sob a pressão das exigências dessas situações de existência, que impuseram tanto ao pensamento prático, quanto ao pensamento teórico, tarefas demasiado complexas para as formas pré-científicas de conhecimento.
(Adaptado de: FLORESTAN, Fernandes. A herança intelectual da sociologia. In: Ensaios de sociologia geral e aplicada. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1971, p. 273-274)
O excerto acima sintetiza o vasto programa envolvido no processo de constituição da sociologia como a “ciência da sociedade”. Sobre esse processo é correto afirmar que:
(...) rompe com a tradição positivista que faz da sociedade uma realidade objetiva e do ator um agente sem história nem paixão e amplamente preso a um conjunto de valores que lhe predeterminam os comportamentos.
(Adaptado de: LALLEMENT, Michel. História das ideias sociológicas. Petrópoles: Vozes, 2004, p. 308)
(...) em cada contexto, as pessoas chegam a tecer (criativamente) universos de significado (memórias) compartilhados, cuja inteligibilidade só é possível, na verdade, de acordo com a especificidade daqueles contextos (...)
(Adaptado de: DOMINGUES, José Maurício. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 32)
(...) os construtos empíricos são a própria realidade social, independentemente de serem cientificamente adequados ou não. (...) As atividades e a fala dos atores sociais são interpretadas como formas linguísticas que são compreendidas publicamente, em situações definidas. (...) O cientista social deve realizar estudos descritivos das expressões indexais em sua diversidade empírica.
(Adaptado de: Nunes, Jordão Horta. As metáforas nas ciências sociais. Goiânia, Editora UFG, 2000, p. 151)
Os trechos anteriores referem-se a uma corrente teórico-metodológica da sociologia chamada: