A formação de professores do campo tem como baliza um currículo organizado por grandes “áreas de conhecimento”, porque, a
princípio, se pensou que os currículos disciplinares, modelo histórico nas licenciaturas, não responderiam ao perfil do professor da Educação do Campo, que atuaria nos anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e gestão de processos
educativos comunitários no meio rural. Em muitas escolas no campo, o número de alunos nas comunidades é insuficiente para a
formação de turmas, nesses segmentos, que deem conta da carga horária total do professor das disciplinas específicas. Em
razão disso, as instituições educativas no campo, em peso, ofertam apenas os anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação
Infantil. Ao formar docentes por “áreas de conhecimento”, estes poderiam ensinar mais de uma disciplina em uma mesma
instituição.
(Adaptado de: MEDEIROS, E. A.; Dias, A. M. I.; Therrien, J. Licenciaturas (interdisciplinares) em Educação do Campo: estudo sobre
sua expansão no Brasil. Disponível em: https://www.scielo.br)
De acordo com a análise proposta no trecho, é correto afirmar que a licenciatura interdisciplinar para a Educação do Campo
prioriza