Questões de Concurso Público Prefeitura de Balneário Camboriú - SC 2021 para Professor de Língua Portuguesa
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É dever________ velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
Essa Política resgata o sentido da Educação Especial expresso na Constituição Federal de 1988, que interpreta essa modalidade não substitutiva da escolarização comum e define a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) , preferencialmente no atendimento à rede pública de ensino.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
1. Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
2. Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.
3. Atendimento em creche às crianças de quatro a seis anos de idade.
4. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.
5. Atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) de acordo com a Teoria Histórico-Cultural.
( ) Ao problematizar a relação do desenvolvimento dos conceitos cotidianos e científicos, Vigotski destaca a verdadeira natureza dessas duas linhas opostas, qual seja, a conexão entre a zona de desenvolvimento proximal e o nível do desenvolvimento atual da criança.
( ) De acordo com Vigotski, os conceitos científicos, de caráter social, são constituídos no dinâmico e complexo processo que envolve o ensino escolar. Processo este que integra a cooperação sistemática do professor com a criança. Segundo o autor, no curso da ação cooperativa, que abarca a participação do adulto, as funções psíquicas superiores da criança se desenvolvem.
( ) Para a Teoria Histórico-Cultural, a palavra, seu significado, aparece inicialmente com uma função referencial, nominativa, com o objetivo de agir em direção ao outro e, aos poucos, incorpora outras funções relativas à natureza da consciência humana. Essa forma de organização da consciência, do psiquismo, que caminha em direção à formação do pensamento intelectual, mediada sempre pela palavra, recebe o nome de elaboração conceitual.
( ) Para a Teoria Histórico-Cultural, os processos tipicamente humanos, tais como o pensamento, a fala, a memória, a atenção voluntária, a imaginação, o desenvolvimento da vontade, a capacidade de planejar, de tomar decisões, de estabelecer relações, de elaborar conceitos, de desenvolver o raciocínio dedutivo e o pensamento abstrato são chamados de funções psicológicas inferiores.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
O Outro
Ele queria muito ser eleito. Não: ele precisava muito ser eleito. Estava atrás de um emprego que lhe desse um bom salário, mordomias e verbas para gastar na contratação de assessores – além, claro, das múltiplas oportunidades que, como vereador, teria.
O problema era arrumar votos. Não tinha amigos, não era conhecido, nem sequer recebera um apelido pitoresco que pudesse usar na propaganda. Mas o pior não era isso. O pior que combinava um visual péssimo – baixinho, gordinho, careca – com uma congênita inabilidade para falar em público. Em desespero, resolveu procurar um marqueteiro. Estava disposto a gastar uma boa grana nisso, desde que pudesse adquirir uma nova imagem, uma imagem capaz de garantir a eleição.
O marqueteiro, famoso, exigiu honorários salgados, mas garantiu resultados. Que, de fato, não se fizeram esperar. Em poucas semanas o candidato era outro. Mais magro, mais alto (saltos especiais) com uma bela peruca, parecia agora um galã de novela. Além disso, transformara-se num fantástico orador, um orador capaz de galvanizar o público com uma única frase.
Se foi eleito? Foi eleito com uma avalanche de votos. O que representou um duplo alívio: de um lado, conquistava o cargo tão sonhado. De outro, podia deixar de lado a peruca, os sapatos com saltos especiais e a dieta. E também podia falar normalmente, no tom meio fanhoso que o caracterizava.
E aí começaram as surpresas desagradáveis. Quando foi tomar posse, ninguém o reconheceu. Mas como? Então era aquele tipo charmoso, magnético, da tevê e dos cartazes? Era ele sim, como o comprovou, mostrando a identidade.
Não foi a única contrariedade. Logo descobriu que, como vereador, era péssimo: não sabia falar, não convencia ninguém, sequer era procurado por lobistas. Bom mesmo, concluiu com amargura, era o Outro, aquele que o marqueteiro tinha inventado. Aquele sim podia fazer uma grande carreira, chegando quem sabe à Presidência.
Mas onde estava o Outro? Só uma pessoa poderia ajudá-lo nessa busca, o marqueteiro. Só que o marqueteiro tinha sumido. Com o dinheiro ganho nas eleições resolvera passar dois anos em alguma praia do Caribe.
Todas as noites o vereador sonha com o Outro. Vê-o na Câmara, discursando, empolgando multidões. Mas não sabe o que fazer para encontrá-lo. Sabe, sim, o que dirá se isso um dia acontecer. E o que dirá, numa voz fanhosa e emocionada, será: o senhor pode contar com meu voto - para sempre.
(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo, Gaia, 2006)
O Outro
Ele queria muito ser eleito. Não: ele precisava muito ser eleito. Estava atrás de um emprego que lhe desse um bom salário, mordomias e verbas para gastar na contratação de assessores – além, claro, das múltiplas oportunidades que, como vereador, teria.
O problema era arrumar votos. Não tinha amigos, não era conhecido, nem sequer recebera um apelido pitoresco que pudesse usar na propaganda. Mas o pior não era isso. O pior que combinava um visual péssimo – baixinho, gordinho, careca – com uma congênita inabilidade para falar em público. Em desespero, resolveu procurar um marqueteiro. Estava disposto a gastar uma boa grana nisso, desde que pudesse adquirir uma nova imagem, uma imagem capaz de garantir a eleição.
O marqueteiro, famoso, exigiu honorários salgados, mas garantiu resultados. Que, de fato, não se fizeram esperar. Em poucas semanas o candidato era outro. Mais magro, mais alto (saltos especiais) com uma bela peruca, parecia agora um galã de novela. Além disso, transformara-se num fantástico orador, um orador capaz de galvanizar o público com uma única frase.
Se foi eleito? Foi eleito com uma avalanche de votos. O que representou um duplo alívio: de um lado, conquistava o cargo tão sonhado. De outro, podia deixar de lado a peruca, os sapatos com saltos especiais e a dieta. E também podia falar normalmente, no tom meio fanhoso que o caracterizava.
E aí começaram as surpresas desagradáveis. Quando foi tomar posse, ninguém o reconheceu. Mas como? Então era aquele tipo charmoso, magnético, da tevê e dos cartazes? Era ele sim, como o comprovou, mostrando a identidade.
Não foi a única contrariedade. Logo descobriu que, como vereador, era péssimo: não sabia falar, não convencia ninguém, sequer era procurado por lobistas. Bom mesmo, concluiu com amargura, era o Outro, aquele que o marqueteiro tinha inventado. Aquele sim podia fazer uma grande carreira, chegando quem sabe à Presidência.
Mas onde estava o Outro? Só uma pessoa poderia ajudá-lo nessa busca, o marqueteiro. Só que o marqueteiro tinha sumido. Com o dinheiro ganho nas eleições resolvera passar dois anos em alguma praia do Caribe.
Todas as noites o vereador sonha com o Outro. Vê-o na Câmara, discursando, empolgando multidões. Mas não sabe o que fazer para encontrá-lo. Sabe, sim, o que dirá se isso um dia acontecer. E o que dirá, numa voz fanhosa e emocionada, será: o senhor pode contar com meu voto - para sempre.
(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo, Gaia, 2006)
Considere o trecho retirado do texto.
“Não foi a única contrariedade. Logo descobriu que, como vereador, era péssimo: não sabia falar, não convencia ninguém, sequer era procurado por lobistas. Bom mesmo, concluiu com amargura, era o Outro, aquele que o marqueteiro tinha inventado”.
Avalie as afirmativas abaixo:
1. A palavra “não” em todos os seus usos tem a mesma classificação morfológica e desempenha a mesma função sintática.
2. A palavra sublinhada exerce a mesma função sintática desta sublinhada na frase: “Não foi recebido, ninguém o atendeu”.
3. A frase “Logo descobriu” denota tempo; é, pois, subordinada substantiva temporal.
4. A expressão “com amargura” é composta – morfologicamente – por uma preposição e um substantivo e exerce a função de adjunto adverbial.
5. Nas duas vezes em que aparece, a palavra “que” tem funções sintáticas diferentes, já que em uma delas é pronome relativo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
O Outro
Ele queria muito ser eleito. Não: ele precisava muito ser eleito. Estava atrás de um emprego que lhe desse um bom salário, mordomias e verbas para gastar na contratação de assessores – além, claro, das múltiplas oportunidades que, como vereador, teria.
O problema era arrumar votos. Não tinha amigos, não era conhecido, nem sequer recebera um apelido pitoresco que pudesse usar na propaganda. Mas o pior não era isso. O pior que combinava um visual péssimo – baixinho, gordinho, careca – com uma congênita inabilidade para falar em público. Em desespero, resolveu procurar um marqueteiro. Estava disposto a gastar uma boa grana nisso, desde que pudesse adquirir uma nova imagem, uma imagem capaz de garantir a eleição.
O marqueteiro, famoso, exigiu honorários salgados, mas garantiu resultados. Que, de fato, não se fizeram esperar. Em poucas semanas o candidato era outro. Mais magro, mais alto (saltos especiais) com uma bela peruca, parecia agora um galã de novela. Além disso, transformara-se num fantástico orador, um orador capaz de galvanizar o público com uma única frase.
Se foi eleito? Foi eleito com uma avalanche de votos. O que representou um duplo alívio: de um lado, conquistava o cargo tão sonhado. De outro, podia deixar de lado a peruca, os sapatos com saltos especiais e a dieta. E também podia falar normalmente, no tom meio fanhoso que o caracterizava.
E aí começaram as surpresas desagradáveis. Quando foi tomar posse, ninguém o reconheceu. Mas como? Então era aquele tipo charmoso, magnético, da tevê e dos cartazes? Era ele sim, como o comprovou, mostrando a identidade.
Não foi a única contrariedade. Logo descobriu que, como vereador, era péssimo: não sabia falar, não convencia ninguém, sequer era procurado por lobistas. Bom mesmo, concluiu com amargura, era o Outro, aquele que o marqueteiro tinha inventado. Aquele sim podia fazer uma grande carreira, chegando quem sabe à Presidência.
Mas onde estava o Outro? Só uma pessoa poderia ajudá-lo nessa busca, o marqueteiro. Só que o marqueteiro tinha sumido. Com o dinheiro ganho nas eleições resolvera passar dois anos em alguma praia do Caribe.
Todas as noites o vereador sonha com o Outro. Vê-o na Câmara, discursando, empolgando multidões. Mas não sabe o que fazer para encontrá-lo. Sabe, sim, o que dirá se isso um dia acontecer. E o que dirá, numa voz fanhosa e emocionada, será: o senhor pode contar com meu voto - para sempre.
(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo, Gaia, 2006)
Considere a frase: “Balneário Camboriú é lugar do qual bom cidadãos fazem história”.
Assinale a frase que apresenta uma verdade em relação a ela.
Considere a afirmação.
“Não existe possibilidade de trabalhar a língua sem atinar para o sistema, de modo que o trabalho com a gramática tem seu lugar garantido no trabalho com a língua materna”.
(Luiz Antônio Marcushi)
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao assunto.
( ) Não existe língua sem gramática.
( ) A gramática reflete as diversidades geográficas, sociais e de registro da língua.
( ) O foco do ensino de gramática deve ser seu caráter prescritivo.
( ) O falante deve fazer-se entender e não explicar o que está fazendo com a língua que fala.
( ) Os falantes têm liberdade total de compor seus enunciados. Cada um, a seu modo, escolhe as palavras que nele usa, como as usa e a maneira como os estrutura. A liberdade de expressão é fato.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) A concepção interacionista da linguagem é capaz de aprimorar o processo de ensino-aprendizagem de língua portuguesa, especialmente no que tange à variação linguística e à norma-padrão.
( ) O pensamento, produzido no âmbito psíquico do indivíduo, correlaciona-se à capacidade do homem de organizar seus pensamentos, o que exclui os fatores extralinguísticos do processo de enunciação. Essa é a concepção de linguagem como expressão do pensamento.
( ) A concepção de linguagem como forma de interação resultou de uma visão monológica da língua, isto é, afastou o falante do processo de produção, do que é histórico e social da língua. Nela a língua é vista como código a ser compreendido por quem fala e quem escuta.
( ) De acordo com concepção da linguagem como instrumento de comunicação, o objetivo do ensino de LP é pragmático e utilitário, ou seja, trata de desenvolver e aperfeiçoar os comportamentos linguísticos do aluno como emissor e receptor de mensagens usando códigos diversos – verbais e não verbais.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.