Questões de Concurso Público Prefeitura de Cabeceira Grande - MG 2018 para Professor de Educação Básica - História

Foram encontradas 30 questões

Q1253223 História

As ideias messiânicas foram apropriadas por Fernão Lopes, que construiu a imagem de D. João como uma espécie de chefe messiânico, cujas atitudes são sancionadas por Deus. As suas ações possuem proximidade com os reis do Antigo Testamento e a própria figura de do Mestre de Avis tem analogias a Cristo, sendo Nuno Álvares, seu comandante militar, associado a S. Pedro, que levaria o povo eleito, a uma terra de leite e mel. Esse messias é incondicionalmente apoiado pelo povo português, o “povo do Messias de Lisboa”. Os que são partidários do Mestre, neste discurso são os bons cristãos e considerados “bons portugueses”: a população de Lisboa e os nobres segundos. Já a nobreza tradicional e o rei de Castela, que por sua vez apoia o papa de Avignon, passam a ser apresentados no discurso do cronista como o “outro”, a representação do Mal. D. João é visto como o verdadeiro “protetor” da nacionalidade portuguesa, com apoio de Deus e do povo português.


O cronista Fernão Lopes (1385-1460) foi contratado oficialmente para escrever sobre a vida dos reis portugueses da Dinastia de Avis, especialmente a respeito de Dom João I, o Mestre de Avis.


Sobre esse tipo de discurso, considerando o contexto histórico português, é CORRETO afirmar: 

Alternativas
Q1253224 História

Analise a obra “A pátria”, de Pedro Bruno.

 Imagem associada para resolução da questão

A obra A Pátria (1919) está relacionada a uma simbologia propagada pelos republicanos no Brasil, no final do século XIX e início do XX. Essa simbologia indica o (a): 

Alternativas
Q1253225 História

A imagem a seguir foi publicada em uma etiqueta de tecidos, em 1888:

Imagem associada para resolução da questão


Essa imagem, publicada no Brasil no final do século XIX, expressa o (a):

Alternativas
Q1253226 História

O documento a seguir faz parte da doação da capitania do Espírito Santo a Vasco Fernandes Coutinho, em 1534:


Primeiramente o Capitão da dita Capitania, e seus Sucessores darão, e repartirão todas as terras de cada sesmaria a quaisquer pessoas de qualquer qualidade, e condição, contanto que sejam Christãos livremente sem foro, nem Direito algum somente o Dízimo, que serão obrigados a pagar a Ordem do Mestrado de Nosso Senhor JESUS Christo de todo o que nas ditas terras houver, as quais Sesmarias darão da forma, e maneira que se contém em minhas Ordenações, e não poderão tomar terra alguma de Sesmaria para si, nem para sua mulher, nem para o filho herdeiro da dita Capitania; e porém podê-lo-ão dar aos outros filhos se os tiver que não forem herdeiros da dita Capitania, e assim aos seus parentes, como se em sua doação contém; e se algum dos filhos, que não forem herdeiros da dita Capitania, ou qualquer outra pessoa tiver alguma Sesmaria por qualquer maneira que a tenha vier a herdar a dita Capitania será obrigado do dia, que nela suceder a um ano primeiro seguinte de largar, e traspassar a tal Sesmaria em outra pessoa; e não a traspassando no dito tempo perderá para mim a dita Sesmaria com mais outro tanto preço, quanto ella valer.


Sobre as determinações da Coroa portuguesa, expressas no documento, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Q1253227 História

A charge a seguir foi publicada no Brasil em 1929.

Imagem associada para resolução da questãoImagem associada para resolução da questão

                                                                              Casamento forçado


Minas Gerais: Mas eu, casar-me com o meu inimigo de todos os tempos?! Antônio Carlos: Paciência, filhinha, para salvar-me da ruína tive necessidade de vender sua mão.


Considerando o contexto político brasileiro, a imagem satiriza o (a):

Alternativas
Q1253228 Conhecimentos Gerais

Imagem associada para resolução da questão


A obra do início do século XIX, do artista francês Jean-Baptiste Debret, retrata uma tradicional festividade conhecida como malhação de Judas, no “sábado de aleluia”, expressando uma: 

Alternativas
Q1253229 História

TEXTO I

Os camponeses partem para o front com incrível entusiasmo; e as classes superiores da sociedade, quer sejam liberais ou conservadoras, os aclamam, desejando‑lhes boa sorte […] Habitualmente, os camponeses sentiam que não tinham nada a fazer a não ser beber; mas agora não é mais assim. É como se a guerra lhes desse uma razão para viver […] No ardor dos soldados russos se percebe o entusiasmo que agita o coração dos antigos mártires se lançando para a morte gloriosa.

LE BON, Gustave. 1916 apud JANOTTI, Maria de Lourdes. A Primeira Guerra Mundial. O confronto de imperialismos. São Paulo: Atual, 1992. p. 17.


TEXTO II

Ontem, foi assinado o armistício entre a Itália e a Áustria-Hungria, e hoje, às 13h, esse armistício foi posto em execução. Àquela hora, eu me encontrava na igreja, no Abrigo, com um grande número de ex-prisioneiros e, juntos, santificamos a preciosa hora na qual se passou da longa guerra ao cessar das hostilidades, santificamos pela oração de graças ao Senhor, que realmente, teve tanta misericórdia do seu povo. A vitória do nosso exército teve, verdadeiramente, algo de grandiosa. Nós não nos vangloriaremos, pois somos todos pecadores, mas cantaremos um hino de glória ao Senhor:

Cantemus Domino gloriose enim magnificatus est [Ex. 15.1]. 

Os textos demonstram duas visões sobre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Sobre os relatos apresentados no texto, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q1253230 História

Houve três ondas revolucionárias principais no mundo ocidental entre 1815 e 1848 [...]. A primeira ocorreu entre 1820-4. Na Europa, ela ficou limitada principalmente ao Mediterrâneo, com a Espanha (1820), Nápoles (1820) e a Grécia (1821) como seus epicentros. Fora a Grega, todas essas insurreições foram sufocadas [...]. A segunda onda revolucionária ocorreu em 1829-34, e afetou toda a Europa a oeste da Rússia e o continente norte-americano [...]. A terceira e maior de todas as ondas revolucionárias, a de 1848, explodiu e venceu (temporariamente) na França, em toda a Itália, nos Estados alemães, na maior parte do Império dos Habsburgo e na Suíça (1847). [...] Nunca houve nada tão próximo da revolução mundial com que sonhavam os insurretos do que esta conflagração espontânea e geral. O que em 1789 fora o levante de uma só nação era agora, assim parecia, “a Primavera dos Povos” de todo um continente.


O texto descreve o cenário político europeu na primeira metade do século XIX. Sobre esse período são apresentadas as seguintes afirmativas:


I. A onda de revoluções descritas no texto foi deflagrada pelas contradições dos princípios defendidos pelo Congresso de Viena, que preconizou o retorno das instituições do Antigo Regime.

II. A grande novidade das revoluções burguesas do século XIX, quando comparadas às revoluções do século anterior, foi a capacidade de unir em um mesmo ideal manifestações antagônicas como o liberalismo e o socialismo.

III. A “Primavera dos Povos” ficou assim conhecida devido à sua enorme capacidade de se disseminar por várias regiões da Europa e até mesmo com repercussões em outros continentes, influenciando, inclusive, o Brasil.

IV. Apesar de o fracasso das jornadas revolucionárias destacadas no texto, o grande saldo do período foi o triunfo do liberalismo e da forma republicana de governo.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Q1253231 História

Tal como na Grécia, a alforria [em Roma] era uma esperança de todo escravo, e talvez até mesmo a razão para continuar trabalhando. Tanto na República quanto no Império, a alforria de escravos foi uma prática muito comum, principalmente no que diz respeito ao escravo urbano. Do ponto de vista do direito privado, o liberto tomava o nome de seu dono e se tornava o seu filho adotivo.


Sobre a alforria de escravos no mundo antigo analisada no texto é CORRETO afirmar: 

Alternativas
Q1253232 História

O texto a seguir está relacionado ao famoso francês Jean Léry, que se notabilizou pelas suas impressões presentes na obra História de uma viagem feita à terra do Brasil.


Depois de voltar do Brasil [...] Jean de Léry teve mais uma experiência capaz de impactar seus conceitos sobre “selvagens” e “civilizados”. Corria o ano de 1573. A cidade protestante de Sancerre, no centro da França, encontrava-se sitiada pelos católicos. Em março iniciou-se a escassez de comida [...]. Cães e gatos foram transformados em iguarias, estes últimos condimentados e preparados como se fossem coelhos. Quando não restavam mais nem cães nem gatos, recorria-se aos famintos ratos. Passou-se a comer quase de tudo na Sancerre sitiada: pergaminhos, couro de cintos, sapatos. Até mesmo excrementos. E eis que, em fins de julho, a desesperada gastronomia dá espaço ao grotesco. Pratos e tigelas sobre a mesa, a família prepara-se para a ceia. Mas Symon Potard, sua mulher Eugene e uma velha chamada Philippes de la Fuëille são surpreendidos no banquete: o prato principal é o corpo da filha dos Potard, uma menina de aproximadamente 3 anos, morta de fome [...]. Entre os que testemunham o evento está Jean de Léry, deparando-se com o canibalismo pela segunda vez.


O texto afirma que Jean Léry deparou-se com o canibalismo pela segunda vez depois de voltar do Brasil. Sobre essas experiências do francês é CORRETO afirmar:

Alternativas
Respostas
11: B
12: A
13: B
14: D
15: A
16: D
17: A
18: D
19: B
20: C