Os textos demonstram duas visões sobre a Primeira Guerra Mun...
TEXTO I
Os camponeses partem para o front com incrível entusiasmo; e as classes superiores da sociedade, quer sejam liberais ou conservadoras, os aclamam, desejando‑lhes boa sorte […] Habitualmente, os camponeses sentiam que não tinham nada a fazer a não ser beber; mas agora não é mais assim. É como se a guerra lhes desse uma razão para viver […] No ardor dos soldados russos se percebe o entusiasmo que agita o coração dos antigos mártires se lançando para a morte gloriosa.
LE BON, Gustave. 1916 apud JANOTTI, Maria de Lourdes. A Primeira Guerra Mundial. O confronto de imperialismos. São Paulo: Atual, 1992. p. 17.
TEXTO II
Ontem, foi assinado o armistício entre a Itália e a Áustria-Hungria, e hoje, às 13h, esse armistício foi posto em execução. Àquela hora, eu me encontrava na igreja, no Abrigo, com um grande número de ex-prisioneiros e, juntos, santificamos a preciosa hora na qual se passou da longa guerra ao cessar das hostilidades, santificamos pela oração de graças ao Senhor, que realmente, teve tanta misericórdia do seu povo. A vitória do nosso exército teve, verdadeiramente, algo de grandiosa. Nós não nos vangloriaremos, pois somos todos pecadores, mas cantaremos um hino de glória ao Senhor:
Cantemus Domino gloriose enim magnificatus est [Ex. 15.1].