Questões de Concurso Público SES-MT 2024 para Médico Infectologista

Foram encontradas 14 questões

Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477323 Medicina
Trabalhadores da área de saúde, incluindo profissionais de hospitais, laboratórios, serviços de emergência, pesquisadores e funcionários de limpeza de unidades de saúde, estão sob-risco ocupacional de infecções, associado a acidentes com exposição a sangue ou fluidos corporais contaminados por vírus, bactérias, parasitos ou fungos. Quaisquer pacientes com viremia, bacteremia, parasitemia ou fungemia podem, potencialmente, transmitir um patógeno para um trabalhador da área de saúde, durante exposição percutânea (ex: agulhas e objetos cortantes) ou mucocutânea (ex: contato com pele não intacta ou com mucosas de olhos ou boca).
O risco associado à transmissão sanguínea ocupacional é significativamente maior quando o paciente-fonte está infectado por 
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477325 Medicina
“Há duas décadas, a pandemia global de AIDS parecia imparável. Mais de 2,5 milhões de pessoas se infectavam com o HIV a cada ano, e a AIDS causava a morte de 2 milhões de pessoas anualmente. [ ] Dados do UNAIDS mostram que atualmente, dos 39 milhões [ ] de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo, 29,8 milhões estão recebendo tratamento que salva vidas. Um adicional de 1,6 milhão de pessoas receberam tratamento para o HIV em cada um dos anos de 2020, 2021 e 2022. Se esse aumento anual for mantido, a meta global de 35 milhões de pessoas em tratamento para o HIV até 2025 poderá ser alcançada.” Relatório Global do UNAIDS, 2023.
Considerando que a mortalidade da aids foi reduzida e que a transmissibilidade do HIV é bloqueada pelo uso de drogas antirretrovirais, o sucesso do enfrentamento da pandemia de HIV, descrito no relatório do UNAIDS, resultará em constante:
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477328 Medicina
O ano de 2024 deve registrar 1.960.460 casos de dengue no Brasil. Essa estimativa, entretanto, pode variar de 1.462.310 até 4.225.885 de casos. Os números foram divulgados nesta terçafeira (30), em Brasília, pelo Ministério da Saúde, durante encontro entre representantes da Sala Nacional de Arboviroses, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Nas quatro primeiras semanas do ano, o país já contabiliza um acumulado de 217.841 casos prováveis da doença. Há ainda 15 mortes confirmadas e 149 em investigação. A incidência é de 107,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto a taxa de letalidade está em 0,9%. No balanço anterior, que englobava as três primeiras semanas de 2024, o país registrava 12 mortes e 120.874 casos prováveis da doença. Havia ainda 85 óbitos em investigação. Publicado em 30/01/2024 - 12:24 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília.

Avalie se o aumento do número de casos de Dengue no país, em 2024, foi provocado pelos prováveis determinantes listados a seguir.

I. Índices pluviométricos elevados e altas temperaturas no final do ano de 2023. II. Realização do 3º levantamento do LIRAa em 2023 por menos de 90 % dos municípios brasileiros; III. Circulação dos quatro sorotipos de DENV no país a partir de 2023. IV. O achado de 33,9% de municípios com classificação “alerta” e “risco” em 2023.

Está correto o que se afirma em
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477330 Medicina
A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.

O objetivo principal da notificação imediata é permitir que possam ser instituídas medidas preventivas, visando evitar novos casos daquele agravo que está sendo notificado. Relacione a doença de notificação compulsória imediata com a medida preventiva que deve ser instituída prontamente pelo serviço assistencial ou pelo gestor de saúde, aos contactantes.
1. Vacinação de bloqueio. 2. Profilaxia antibiótica. 3. Imunização passiva; 4. Tratamento preemptivo.
( ) Violência sexual; ( ) Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola. ( ) Acidente por animal peçonhento. ( ) Doença Meningocócica e outras meningites.

Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477332 Medicina
A prescrição de antibióticos pressupõe o conhecimento dos mecanismos de resistência bacteriana para a escolha correta do fármaco, conforme o provável perfil de resistência da bactéria causadora da infecção a ser debelada.
Assinale a situação em que a escolha do antibiótico está de acordo com o mecanismo de resistência que o tratamento prescrito visa contornar.
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477334 Medicina
Homem de 40 anos, infectado pelo HIV, abandona a terapia antirretroviral por 6 meses e evolui com febre, cefaleia e sinais meníngeos, quando é internado e diagnosticado com meningite criptocócica. Durante seu tratamento, apresenta calafrios durante as infusões venosas, aumento progressivo das escórias nitrogenadas e hipocalemia grave.
Os efeitos adversos mencionados pressupõem que o esquema antifúngico ministrado ao paciente contenha 
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477335 Medicina
Homem de 34 anos, auxiliar de serviços gerais, relata há 5 dias, febre de início súbito (“ao chegar do trabalho”), calafrios, mal estar e cefaleia. A doença progrediu com mialgias generalizadas, principalmente nas pernas, que dificultaram sua deambulação. Na véspera da internação, notou os olhos amarelados. No momento da admissão, quando indagado, refere ter urinado pela última vez havia 10 horas, urina escura “cor de mate”. Refere vacinação na infância, mas não recorda de ter tomado nenhuma vacina na vida adulta. Nega icterícia prévia. Mora em casa de tijolo, que dispõe de água encanada, mas possui drenagem de água e de esgoto para um “valão” localizado nos fundos do terreno. Trabalha em uma distribuidora de bebidas e às vezes complementa a renda prestando serviços ao dono da empresa, que tem um sítio em área silvestre. Refere que há muitos ratos onde mora e no local de trabalho. E muitos animais no sítio do patrão. Duas semanas antes do início do quadro, houve uma chuva torrencial no depósito de bebidas e teve que remover engradados de área alagada. Ao exame físico está em mau estado geral, orientado, muito desidratado, icterícia intensa de coloração alaranjada; congestão conjuntival bilateral e sufusão hemorrágica na conjuntiva direita; FC: 108 bpm, com ritmo irregular, possivelmente extrassístoles, bulhas hipofonéticas, PA: 90 X 70 mmHg; FR: 28 irpm, alguns estertores crepitantes e subcrepitantes esparsos pelos pulmões; TA: 38,9o C; dor à compressão das principais massas musculares, principalmente coxas e panturrilhas. Fígado palpável a 3 cm da RCD, consistência aumentada, possivelmente doloroso, pois toda a parede abdominal está dolorosa. Baço impalpável. 
Realiza, na admissão, exames complementares inespecíficos: Hematócrito = 40%, Leucometria e diferencial: 18.300/mm3 (8% bastões, 64% segmentados, 20% linfócitos e 8% monócitos); 80.000 plaquetas/mm3 ; Aminotransferases: AST=122 U/L (VR=38 U/L), ALT=140 U/L (VR=41U/L), Glicose=90 mg% (VR= 70 – 110 mg%), Ureia=85 mg/dL (VR=10-45 mg/dL), Creatinina=3,0 mg/dL (VR=0,5 – 1,2 mg/dL); Potássio=3,0 mEq/L (VR 3,5 a 5,5 mEq/L); Creatinoquinase=540 ng/ml (VR < 220 ng/ml); Fibrilação atrial no ECG.
Considerando os dados clínicos e epidemiológicos relatados e os exames laboratoriais preliminares, a hipótese diagnóstica mais provável é:
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477336 Medicina
Mulher de 29 anos procura Unidade Básica de Saúde (UBS) relatando mal-estar, febre e aparecimento de algumas “bolhinhas” em genitália, acompanhadas de dor local em queimação. Nega episódio semelhante previamente. Refere relações sexuais com novo namorado, há 4 meses, sem uso de preservativos, e que ele nunca apresentou lesões semelhantes às dela. Ao exame: bom estado geral, lúcida, orientada, corada, hidratada, acianótica, anictérica. Tax 37,8°C, PA: 120x80 mmHg. FC: 96 bpm. FR: 20 irpm. Exame genital: presença de pequenas vesículas e pequenas úlceras rasas, limpas, algumas coalescentes, dolorosas, em toda a vulva. Gânglios inguinais aumentados bilateralmente e indolores.
Nesse caso, a prescrição mais adequada para a paciente é:
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477337 Medicina
Homem de 24 anos, universitário, relata início do quadro há 10 dias com febre alta, calafrios, cedendo temporariamente com uso de antitérmicos, queda do estado geral e anorexia. Relata ainda tosse seca irritativa, cefaleia, artralgias generalizadas e alguns episódios de diarreia. Desde o início do quadro, apresenta dores abdominais difusas, principalmente no hipocôndrio direito e fossa ilíaca direita, náuseas e vômitos ocasionais. Previamente hígido, relata recente viagem, que durou ao todo dois meses, ao Nordeste brasileiro, como mochileiro, visitando as capitais nordestinas e cidades menores do interior e do litoral, desde Maranhão até Bahia. Relata ter tomado várias vezes banhos de rio, e ter ingerido sucos de açaí e bacaba em duas comunidades que visitou. Ficou acampado nas zonas de praia, dormiu várias vezes ao relento e pernoitou em Casas do Estudante Universitário nas capitais. Relata ainda precárias condições sanitárias em alguns locais que visitou. Fez tratamento dentário no mês anterior à viagem. Ao exame, paciente febril, corado, um pouco desidratado, prostrado, eupneico, com microadenopatia cervical bilateral, pulmões limpos, ritmo cardíaco irregular, BNF em 2T, SS 1+/4, abdome flácido com fígado palpável a 4 cm do RCD, levemente doloroso e ponta de baço palpável na inspiração profunda, também doloroso. Sem alterações de pares cranianos; fundo de olho normal; ausência de sinais meníngeos. Sem alterações cutâneas, embora o paciente relate episódio de prurido cutâneo autolimitado, há 45 dias, logo depois de banhos numa lagoa no interior do Pernambuco.
No diagnóstico diferencial que se impõe na investigação do paciente, pode ser excluída a hipótese de
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477341 Medicina

Leia o fragmento a seguir.


No Brasil, até o final da década de 80,

a magnitude da rubéola era desconhecida


A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) foi implantada gradativamente entre os anos de 1992 até o ano 2000. Entre 1998 a 2002 foram realizadas campanhas de vacinação para as mulheres em idade fértil (MIF) visando eliminar a SRC no país. A vigilância epidemiológica da rubéola e da SRC foi intensificada, com redução dos casos confirmados de 80% entre 2003 até 2006. Em 2006 surtos de rubéola passaram a ocorrer nos estados de MG, RJ, CE, PB, MT e MS. Em 2007 foram confirmados surtos em 19 estados, perfazendo um total de 6.753 casos. A faixa etária mais acometida foi a de 20 – 39 anos de idade e 70% dos casos confirmados ocorreram no sexo masculino. Em 2008 foi realizada a fantástica Campanha de Vacinação para Eliminação da Rubéola, “Brasil livre da Rubéola”, para homens e mulheres de 20 a 39 anos. No material da campanha havia a seguinte orientação: “E olha aí que isso é muito importante: homens e mulheres devem se vacinar, mesmo quem já foi vacinado ou quem já teve a doença”.


As razões para o Ministério da Saúde incluir essas duas assertivas na sua estratégia de campanha foram, respectivamente:

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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477351 Medicina
Homem de 28 anos é trazido à emergência pelos familiares, após um episódio de crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Eles relatam que o rapaz vinha se queixando de cefaleia holocraniana há oito dias, apresentara vômitos não precedidos de náuseas e, antes da convulsão, estava apático e falava frases desconexas. Relatam ainda saída de secreção purulenta pelo ouvido direito havia 2 dias. Ao exame: paciente obnubilado, não responsivo a estímulos verbais, porém reagindo com retirada dos membros, de forma assimétrica, aos estímulos dolorosos, e apresentando rigidez de nuca e sinais de Kernig e Brudzinski. Pupilas anisocóricas. Tax: 37,8°C; PA: 120x80 mmHg; FR 12 irpm; FC: 68 bpm. Otoscopia à direita: membrana timpânica rota com secreção purulenta no conduto auditivo. Fundoscopia com papiledema bilateral.
A única conduta, entre as listadas abaixo, associada a risco significativo de morte do paciente em questão é:
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477352 Medicina
Mulher de 68 anos, em uso de glibenclamida regular para diabetes mellitus e atorvastatina para dislipidemia, apresentando há 24 horas quadro de febre (até 39°C), cefaleia, inapetência e mialgia generalizada, que a impediram de fazer sua hidroginástica nesta manhã. Também se queixa de lacrimejamento, tosse e “sensação de respiração pesada”. Informa que sua neta a visitou há quatro dias e estava “muito resfriada e tossindo bastante”. Relata ter feito 4 doses das vacinas de COVID, incluindo a bivalente, e a dose anual da vacina para influenza. Ao exame: bom estado geral, ansiosa, PA: 120/80 mmHg, FC: 98 bpm, FR: 26 irpm. Tax: 39,0°C. Sat O2: 96%; Mucosas acianóticas, hidratadas; anictéricas. Ap Resp.: roncos esparsos, bilaterais. RCR2T, sem sopros. Abdome e membros inferiores: ndn. No atendimento, foi submetida a teste de antígeno (TR-Ag) para SARS-CoV-2, que foi reagente.
A conduta mais adequada a ser instituída para a paciente é: 
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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477354 Medicina
Mulher de 28 anos apresenta quadro de febre “alta”, acompanhada de calafrios, cefaleia e mialgia, há 2 dias. Procura serviço de emergência onde é feito o diagnóstico de dengue, orientada a ingerir líquidos e usar paracetamol. Evolui, nas 48 horas que se seguem, com febre persistente, náuseas e vômitos, adinamia profunda e redução da diurese, o que motiva seu retorno para reavaliação médica em hospital de grande porte. Relata, então, retorno de Roraima há quatro semanas, onde trabalhou como “missionária”, em território indígena. Relata vacinação para febre amarela. Ao exame atual (4º para 5º dia de doença): paciente com fácies de doença aguda, mucosas hipocoradas +3/4, hipohidratadas +2/4, ictéricas +1/4. PA: 110/70 mmHg, FC=112 bpm, FR=34 irpm; TAx= 39,8°C. RCR, 2T, BNF, s/sopros ou atritos. MV audível bilateralmente e difusamente rude. Abdome flácido, peristalse presente. Fígado palpável a 3 cm do RCD, hepatimetria de 12 cm. Ponta de baço palpável no RCE. Neurológico: sonolenta, mas desperta quando solicitada e responde as perguntas com lentidão, mobiliza os membros ativamente e não apresenta sinais de irritação meníngea.
Dentre as condutas tomadas pela equipe de saúde do hospital de grande porte, aquela que, no contexto de tratamento de suporte da principal hipótese diagnóstica, poderá resultar em deterioração clínica, é:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Médico Infectologista |
Q2477355 Medicina
No uso terapêutico dos soros antiofídicos e antiaracnídeos, assinale (C) se a assertiva é CORRETA e (E) se a assertiva é ERRADA, sobre as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde, abaixo listadas:

( ) realizar o teste de hipersensibilidade ao soro heterólogo antes da administração da dose calculada. ( ) administrar formulações pediátricas nos acidentes ofídicos e aracnídeos em crianças. ( ) calcular o número de ampolas de antipeçonha visando neutralizar a quantidade de peçonha inoculada. ( ) administrar preferencialmente soros combinados para neutralizar as peçonhas de espécies envolvidas. ( ) estar preparado para reações anafiláticas durante a administração dos antivenenos. ( ) considerar a superfície corporal do acidentado para calcular a quantidade de soro a ser administrado.

As afirmativas são, respectivamente,
Alternativas
Respostas
1: A
2: D
3: D
4: D
5: D
6: C
7: B
8: C
9: B
10: A
11: A
12: C
13: D
14: A