Questões de Concurso Público Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN 2024 para Professor de História
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Analise o período a seguir.
O ludismo foi um movimento de trabalhadores iniciado na Inglaterra, no início do século 19, que utilizou a destruição de máquinas como forma de pressionar os empregadores contra as condições precárias e contra a mecanização que causava demissões e substituição de funções mais qualificadas por outras de pouca exigência técnica e mais mal remuneradas.
A palavra “que” introduz oração
Analise o período a seguir.
Nessa transformação, há aspectos claramente positivos e outros que inspiram maior reflexão.
Sobre o verbo da primeira oração, é correto afirmar:
Considere o período a seguir.
Em contrapartida, esse ganho de produtividade se daria, principalmente, pela substituição do trabalho
humano; portanto, não seria necessário, no futuro, um contingente tão grande de pessoas trabalhando.
Sobre a pontuação desse período, é correto afirmar:
No esquema, há uma exposição de fluxos de saberes oriundos tanto da esfera acadêmica (saber sábio/científico) como da sociedade (saber cotidiano), os quais convergem para o sistema de ensino. As letras (x) e (Y) se referem ao fluxo de um modelo de interpretação teórica das relações que se estabelecem entre a ciência e o ensino (didática). Assim, as letras (x) e (y) demonstram o que se denomina, no campo da didática, de
[...] o conhecimento resulta da ação a partir dos interesses e necessidades, os conteúdos de ensino são estabelecidos em função de experiências que o sujeito vivência frente a desafios cognitivos e situações problemáticas. Dá-se, portanto, muito mais valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que a conteúdos organizados racionalmente. Trata-se de "aprender a aprender", ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber propriamente dito (LIBÂNEO, 1994).
Com base nas tendências pedagógicas aludidas na história da educação brasileira, o excerto refere-se à
I. Inicialmente, trata-se da escolha do contexto real da vida dos estudantes para a identificação do problema e a preparação e sistematização, pelo professor, dos materiais necessários à investigação.
II. Em seguida, os estudantes recebem do professor o contexto problemático e, depois, iniciam o processo de elaboração das questões-problema acerca do contexto de que eles têm conhecimento prévio e que aprofundarão. Na sequência, passa-se à discussão dessas questões em grupo (acompanhados pelo professor/pelo professor tutor) para, a partir daí, iniciar o planejamento da investigação para a resolução dos problemas.
III. No percurso, tem-se o processo de desenvolvimento da investigação por meio dos diversos recursos disponibilizados pelo professor/professor tutor. Nesta etapa, os estudantes, apropriam-se das informações por meio de leitura e análise crítica, pesquisam na internet, em livros, revistas, entre outros materiais, discutem em grupo o material coletado e levantam as hipóteses de solução.
IV. Por fim, tem-se a elaboração da síntese das discussões e reflexões, sistematização das soluções encontradas para os problemas, preparação e apresentação para a turma e para o professor/professor tutor, além de promovem a autoavaliação do processo de aprendizagem que realizaram.
Souza & Dourado (2015)
A descrição das etapas se refere à metodologia de ensino e/ou ao modelo didático denominado de
I. Situa o professor e o aluno no início de um processo de ensino e aprendizagem, e seus resultados possibilitam definir o caminho e os pré-requisitos que ainda precisam ser construídos.
II. Situa o professor e o aluno durante um processo de ensino e aprendizagem, além de informar os resultados parciais da aprendizagem ainda no decorrer do desenvolvimento das atividades.
III. Situa o professor e o aluno no final de um processo de ensino e aprendizagem, toma como base os objetivos propostos bem como expõe os resultados alcançados pelo aluno ou as competências necessárias à determinada aprendizagem.
As afirmativas referem-se, respectivamente, à avaliação
O escritor argentino Julio Cortázar (1914-1984) escreveu em O Jornal e suas metamorfoses:
Um senhor pega um bonde depois de comprar o jornal e pô-lo debaixo do braço. Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do mesmo braço.
Mas já não é o mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona num banco de praça.
Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que um rapaz o descobre, o lê, e o deixa transformado num monte de folhas impressas.
Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que uma velha o encontra, o lê e o deixa transformado num monte de folhas impressas. Depois, leva-o para casa e no caminho aproveita-o para embrulhar um molho de acelga, que é para o que servem os jornais depois dessas excitantes metamorfoses.
CORTÁZAR, Julio. Histórias de Cronópios e de Famas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 63.
Um professor leu com os seus alunos esse texto de Cortázar, o que fez com que toda a turma concluísse
que, na escola básica, os documentos históricos
Portelli: Durante a resistência, você pensava apenas na liberdade nacional ou desejava alguma coisa mais?
Filipponi: Pensavámos na libertação nacional do fascismo e, após isso tínhamos esperança de alcançar o socialismo, o qual ainda não havíamos atingido. Depois que a guerra terminou - Terni foi onze meses mais cedo do que o resto do país -, o camarada Palmiro Togliatti [secretário do Partido Comunista italiano no pós-guerra] convocou uma reunião com os líderes do Partido em todas as províncias da Itália. Togliatti fez um discurso e adiantou que haveria eleições e pediu o meu apoio para ganharmos a eleição. Houve aceitação ao discurso feito, mas eu levantei minha mão: “Camarada Togliatti, eu discordo”, porque, como Lenine disse: quando o tordo voa, é o momento de atirar nele. Hoje o tordo está voando: todos os chefes fascistas estão se escondendo ou fugindo, tanto em Terni como em qualquer outro lugar. Este é o momento: nós atacamos e construímos o socialismo. Togliatti colocou a sua moção e a minha em votação e a dele obteve quatro votos a mais do que a minha, e assim foi vencedora.
Adaptado de: PORTELLI, Alessandro. Sonhos Ucrônicos, Memória e Possíveis Mundos dos Trabalhadores. Projeto História, n. 10, São Paulo: Educ, 1993. p. 42-43.
Segundo Portelli, a confrontação entre Filliponi e Togliatti nunca aconteceu. Com base nos estudos atuais sobre a oralidade como fonte de pesquisa, essa constatação indica que a História Oral
A lei agrária nunca foi revogada, mas foi sendo modificada em etapas sucessivas. Apiano descreve brevemente três leis que lhe alteraram o alcance, demolindo a reforma agrária dos Graco. Os lotes distribuídos eram inalienáveis; esta precaução destinava-se a proteger a pequena propriedade. O primeiro passo contra a reforma foi abolir esse vínculo; os ricos puderam então expulsar os camponeses comprando seus pequenos lotes. Uma segunda lei proibiu novas distribuições de terras; a maior parte do ager publicus consistia de terras ocupadas e estas eram deixadas aos que detinham sua posse desde a lei de Tibério; mas os ocupantes ficavam obrigados a pagar um imposto cujo rendimento seria destinado às distribuições de trigo à plebe. Finalmente, o último passo: este imposto foi suprimido, declarando-se propriedade privada as terras já distribuídas e as ocupadas. Apenas as terras que não estavam ocupadas continuavam sendo consideradas ager publicus; este foi liberado para o uso como pastagem; com o tempo, provavelmente terminou sendo ilegalmente cercado e apropriado pelos ricos.
CORASSIM, Maria Luiza. A reação senatorial. In: A reforma agrária na Roma Antiga. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 73-74.
Considerando o texto e a finalidade da Lei Agrária, na antiguidade clássica, o professor explica aos alunos que os irmãos Graco
Ao discutir a sociedade brasileira durante o século XIX, a historiadora Lilia Schwarcz analisa:
A valorização do pitoresco da paisagem e das gentes, do típico em vez de genérico, encontrava no indígena o símbolo privilegiado. [...] Por oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar uma origem mítica e unificadora. [...]
A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar, possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. [...] Por mais que tenha partido de d. Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar – junto com Debret e outros participantes da Missão Francesa – uma ritualística local, foi com d. Pedro II e seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico de representação política do Estado.
SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p.140.
Considerando esse fragmento, percebe-se que a identidade nacional brasileira, no século XIX, foi
construída
É pau é pedra é o fim do caminho É um metro é uma légua é um pobre burrinho É um caco de vida é a vida é o sol É a dor é a morte vindo com o arrebol É galho de jurema é um pé de poeira Cai já, bambeia é do boi a caveira É pé de macambira invadindo a cachoeira É vaqueiro morrendo é a reza brejeira É angico é facheiro é aquela canseira É farelo é um cisco é um resto de feira É a fome na porta é um queira ou não queira Na seca de março é a fuga estradeira É o pé é o chão é a terra assadeira É menino na mão e mais dez na traseira É um Deus lá no céu Padre Cíço no chão É romeiro rezando dentro dum caminhão É o filho disposto partindo sozinho [..] QUIRINO, Jessier. Prosa Morena. Recife: Bagaço, 2001, p. 89-90.
Após a leitura dos versos, a professora explicou aos alunos que a relação entre paisagem e história se faz presente, uma vez que, no texto,