Questões de Concurso Público Prefeitura de Seberi - RS 2019 para Professor de Geografia

Em seu romance histórico Shogun, o autor James Clavell expressou a frustração do transtorno da Longitude através de um piloto, Blackthorn: “Descubra como consertar a longitude e você será o homem mais rico do mundo... A rainha, que Deus a abençoe, dará dez mil libras e um ducado para a resposta do enigma... Sem a visão da Terra você sempre está perdido, rapaz”. A partir desse fragmento, podemos definir que a razão pela qual a longitude tem suas falhas sem um ponto de referência é que:

Analise a imagem a seguir:

Os fusos horários são cada uma das vinte e quatro áreas em que se divide a Terra e que seguem a mesma definição de tempo. A partir disso podemos averiguar a seguinte condição: Jacarta fica a uma distância de sete fusos em relação a Greenwich. O voo está programado para saída de Brasília às 15h do dia 23/dez, qual será a hora em que o avião aterrissará na capital da Indonésia, sabendo que um avião com velocidade de 900 Km/h traça essa distância em aproximadamente 20 horas?

– Apesar de a tecnologia cartográfica moderna usar construções, modelos matemáticos e gráficos assistidos por computador, a palavra projeção cartográfica ainda é largamente utilizada. O termo vem de épocas passadas, quando os geógrafos projetavam a sombra do globo com fios em uma área geométrica. Os fios eram os meridianos e os paralelos a luz que entrava entre essas linhas e, assim, traçavam um padrão de desenho. Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a característica da projeção, seu título e a função para projeção.

Os compassos de balé do nosso planeta Terra, de frio e calor, anoitecer e amanhecer, nos fascinam há séculos de existência. Várias sociedades utilizavam a relação do sol e da lua para cultivar seu plantio e colheita, comemorar festas e cultuar os deuses. Ainda hoje utilizamos as estações do ano na lógica agrícola, principalmente. A partir dessa ideia, assinale a alternativa correta.

Analise o seguinte trecho da obra “Dilemas da Região e da Regionalização na Geografia Contemporânea”: [...] uma problemática que adquire ampla centralidade nas discussões geográficas, desde as origens da disciplina, é aquela que envolve o “recortar o espaço”, tanto para nele nos orientarmos quanto para analisá-lo/compreendê-lo. É importante reconhecer que a própria origem etimológica do termo já traz alusão de recorte ou delimitação [...]. Por outro lado, ao mesmo tempo que se refere a limite, área delimitada, devemos lembrar que a raiz do conceito indica também movimento (em linha reta). (HAESBAERT, 2014). O termo que o autor trata aqui é referente a um dos conceitos mais trabalhados na Geografia. Qual é o conceito abordado?

As fronteiras em que as placas tectônicas se encontram são áreas de extrema dinamicidade, embora elas se movam em velocidades baixíssimas em relação à escala de tempo da vida humana. Existem três limites conhecidos, sendo assim, relaciona a Coluna 1 à Coluna 2.

Coluna 1

1. Convergente.

2. Divergente.

3. Transformante.

Coluna 2

( ) Ocorre quando as placas deslizam lateralmente entre si em ângulos retos.

( ) Ocorre em zonas de colisão, em que áreas de litosfera continental e oceânica colidem.

( ) Ocorre em centros de expansão do assoalho oceânico.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Analise o seguinte trecho da obra “Veias abertas da América Latina”: [...] Portugal abria seu próprio mercado e o de suas colônias às manufaturas britânicas. Por causa do desnível do desenvolvimento industrial já então existente, a medida duplicava para as manufaturas locais uma condenação à ruína. Não era com vinho que seriam pagos os tecidos ingleses, mas com o ouro do Brasil e pelo caminho restariam paralíticos os teares de Portugal. Portugal não se limitou a matar no ovo sua própria indústria: de passagem aniquilou também os germens de qualquer tipo de desenvolvimento manufatureiro no Brasil [...] (GALEANO, 1940). O sistema capitalista hoje impõe uma nova lógica de produção, uma lógica que desterritorializou as empresas de suas nações originais e as transportou para outros rincões do planeta, levando consigo suas técnicas de produção, utilizam recursos locais e toda a infraestrutura que este país pode oferecer. Contudo, o lucro viaja de volta para o país de origem, reforçando a desigualdade social imposta pelo sistema. A partir do trecho do livro e do texto acima, essa desigualdade social histórica se estabelece pela:

Analise a tabela abaixo:

No livro “A natureza do Espaço”, de Milton Santos, o autor cita o economista japonês Fu-Chen Lo, que afirma, segundo sua tabela, existir cinco períodos de divisão das técnicas usadas no espaço geográfico. Nesse sentido, analise as seguintes assertivas:

I. Nos setores de crescimento, a primeira mecanização tem como elementos de técnica máquinas têxteis, químicas e fundição, tudo isso no cenário da segunda revolução industrial.

II. No segundo período, que se estende de 1830-1890, a máquina a vapor é uma técnica hegemônica, mesmo sendo uma inovação do período anterior. Isso prova que as técnicas podem ser permanentes ao longo do tempo. Contudo, já não é considerada tecnologia de ponta.

III. Em sua listagem dos paradigmas tecnoeconômicos vigentes, Fu-Chen Lo deixa o espaço vazio para as novas inovações relativas à informação e à comunicação, nas quais parecem residir os principais elementos do mundo novo.

Quais estão corretas?

Milton Santos, no decorrer de sua vida, teve a tarefa de suma importância de definir o objeto da ciência geográfica, a partir da sua obra-prima “A natureza do Espaço”. Sendo assim, segundo o autor, o objeto da Geografia é:

I. A noção de espaço e espaciosidade, pela qual o ser humano compreende a noção de vastidão.

II. O território que resulta de uma ação conduzida por um ator sintagmático (que realiza um programa).

III. O espaço geográfico, que é formado por um conjunto indissociável, solidário e contraditório de sistemas de ações e sistemas de objetos.

Quais estão corretas?

De acordo com a obra de Castrogiovanni, “Brincar e cartografar com diferentes mundos geográficos: a alfabetização espacial”, o Ensino de Geografia conjuga o conhecimento temático, no caso a Alfabetização Cartográfica, com a prática pedagógica. Esta, por sua vez, está ancorada em pressupostos epistemológicos convergentes – embora muitas vezes o professor não tenha clareza de que é possível não ter consciência disso. A partir do trecho acima, podemos dizer que o processo de alfabetizar cartograficamente:

I. Não consiste em desmistificar as noções de representação do mundo através de imagens ou mapas, mas sim, construir noções através de propostas concretas.

II. Permite o desenvolvimento da capacidade das relações e da aplicabilidade. Assim, para o futuro leitor de mapas ou de espaços geográficos, é necessário que ele, primeiramente, passe pela situação de mapeador e participante direto de discussões sobre os espaços de trabalhos e, após, como leitor desses espaços.

III. É alfabetizar cartograficamente e trabalhar mentalmente desafios e questionamentos que levem os alunos a entenderem o mundo em uma escala sideral para melhor compreenderem os espaços geográficos mais restritos e vividos.

Quais estão corretas?