Questões de Concurso Público Prefeitura de Uberaba - MG 2016 para Professor - Português
Foram encontradas 23 questões
Leia o e-mail a seguir, enviado por um funcionário ao seu setor de trabalho.
Boa tarde,
segue em anexo o relatório da última reunião e a sua ata.
Se houverem dúvidas estou a disposição.
Atenciosamente.
Assinale a alternativa em que a reescrita desse e-mail está adequada à norma padrão.
Analise os trechos textuais a seguir.
I. Meu cheiro é de cravo
Minha cor de canela
A minha bandeira
É verde e amarela
Pimenta de cheiro
Cebola em rodela
Um beijo na boca
Feijão na panela
Gabriela....
“Gabriela” – Tom Jobim
II. Me ame devagarinho
Sem fazer nenhum esforço
Tô doido por seu carinho.
“Maçã do rosto” – Lenine
III. E no salão social;
Festas que lembram velório.
Meia dúzia de parentes;
E a panelinha do escritório.
“Paradoxo” – Gabriel, o pensador
A comparação pode ser feita de forma explícita ou implícita. Nesse contexto, há comparação nos trechos:
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
O homem que sabe
Para Anatol Rosenfeld, a concretização de muitas ideias kantianas apenas esboçadas coube a Schiller, especialmente no domínio da estética.
O homem, pensa Friedrich Schiller, é determinado pelas forças da natureza e, na grande maioria das vezes, perde para ela. A única liberdade humana consiste em não se deixar escravizar, o que implica exercer o senso moral por meio da linguagem e do pensamento. A capacidade humana de criar valores representa o domínio próprio do homem; eles são o modo humano de se contrapor à natureza, por isso não derivam da necessidade, mas da liberdade. É por “claro saber e livre decisão” que o homem troca o estatuto de independência, no estado natural, pelo do contrato, no estado moral.
No entanto, esta contraposição entre a natureza de um lado e o homem de outro se compõe com um combate que pode aniquilar o homem, porque gera uma luta sem fim. Somente o senso estético, ele diz, como um terceiro caráter, pode fazer a ponte entre estes dois domínios; é ele que desfaz esta polaridade, porque aproxima o que a razão afasta. Se a razão teórica precisa decompor, separar, o senso estético se caracteriza por compor, aproximar. O senso estético existe para reunir o que a razão teve de separar.
Enquanto apenas luta contra a natureza, por meio do conhecimento que fragmenta o mundo tentando conhecê-lo ou dominá-lo, o homem perde, porque, em última instância, é sempre finito, mortal. Mas ele pode, auxiliado pelo senso estético, não lutar contra o mundo, o que implica em não fragmentá-lo, mas se ver inserido nele e, fortalecido pelo sentimento de pertencimento, tornar-se capaz de lidar com as perdas. A faculdade do juízo, diz Kant, é a capacidade de pensar o particular contido no universal, por isso somente ela é capaz de desfazer a unidade fictícia e provisória do sujeito particular, reinserindo-o na totalidade que o sustenta e alimenta. É a sua consciência individual, ou seja, é o saber de si como provisório que o faz sofrer. Quando o homem se sente inserido no todo, o sofrimento particular perde importância e ele, então, não sucumbe e vence a natureza, não pela força, mas pelo puro exercício da liberdade moral, que fortalece, amplia, alarga a alma.
[...]
MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. In: ARRAIS, Rafael.
Schiller e a dimensão estética. Textos para reflexão. Disponível em:
<http://zip.net/bnsbWn>
Releia o trecho a seguir.
“No entanto, esta contraposição entre a natureza de um lado e o homem de outro se compõe com um combate que pode aniquilar o homem, porque gera uma luta sem fim.”
“No entanto” e “porque”, presentes nesse trecho, podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido original, respectivamente, por:
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
O homem que sabe
Para Anatol Rosenfeld, a concretização de muitas ideias kantianas apenas esboçadas coube a Schiller, especialmente no domínio da estética.
O homem, pensa Friedrich Schiller, é determinado pelas forças da natureza e, na grande maioria das vezes, perde para ela. A única liberdade humana consiste em não se deixar escravizar, o que implica exercer o senso moral por meio da linguagem e do pensamento. A capacidade humana de criar valores representa o domínio próprio do homem; eles são o modo humano de se contrapor à natureza, por isso não derivam da necessidade, mas da liberdade. É por “claro saber e livre decisão” que o homem troca o estatuto de independência, no estado natural, pelo do contrato, no estado moral.
No entanto, esta contraposição entre a natureza de um lado e o homem de outro se compõe com um combate que pode aniquilar o homem, porque gera uma luta sem fim. Somente o senso estético, ele diz, como um terceiro caráter, pode fazer a ponte entre estes dois domínios; é ele que desfaz esta polaridade, porque aproxima o que a razão afasta. Se a razão teórica precisa decompor, separar, o senso estético se caracteriza por compor, aproximar. O senso estético existe para reunir o que a razão teve de separar.
Enquanto apenas luta contra a natureza, por meio do conhecimento que fragmenta o mundo tentando conhecê-lo ou dominá-lo, o homem perde, porque, em última instância, é sempre finito, mortal. Mas ele pode, auxiliado pelo senso estético, não lutar contra o mundo, o que implica em não fragmentá-lo, mas se ver inserido nele e, fortalecido pelo sentimento de pertencimento, tornar-se capaz de lidar com as perdas. A faculdade do juízo, diz Kant, é a capacidade de pensar o particular contido no universal, por isso somente ela é capaz de desfazer a unidade fictícia e provisória do sujeito particular, reinserindo-o na totalidade que o sustenta e alimenta. É a sua consciência individual, ou seja, é o saber de si como provisório que o faz sofrer. Quando o homem se sente inserido no todo, o sofrimento particular perde importância e ele, então, não sucumbe e vence a natureza, não pela força, mas pelo puro exercício da liberdade moral, que fortalece, amplia, alarga a alma.
[...]
MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. In: ARRAIS, Rafael.
Schiller e a dimensão estética. Textos para reflexão. Disponível em:
<http://zip.net/bnsbWn>
De acordo com o texto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A linguagem e o pensamento são o que permite aos humanos não se deixarem escravizar pela natureza.
( ) Enquanto a natureza age por instinto ou impulso – o chamado estado natural –, o homem consegue criar, estabelecer e seguir valores, tornando-se, assim, socialmente estabelecido.
( ) Enquanto permanece na tentativa de separar-se da natureza por um contrato moral, o homem tende a prejudicar-se.
( ) O senso estético cumpre o papel de retornar o homem ao seu estado independente, permitindo, assim, um pertencimento efetivo à natureza.
( ) A faculdade do juízo, inata às criaturas da natureza, estabelece a união de homem e natureza de maneira igualitária.
Assinale a sequência CORRETA.
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
O homem que sabe
Para Anatol Rosenfeld, a concretização de muitas ideias kantianas apenas esboçadas coube a Schiller, especialmente no domínio da estética.
O homem, pensa Friedrich Schiller, é determinado pelas forças da natureza e, na grande maioria das vezes, perde para ela. A única liberdade humana consiste em não se deixar escravizar, o que implica exercer o senso moral por meio da linguagem e do pensamento. A capacidade humana de criar valores representa o domínio próprio do homem; eles são o modo humano de se contrapor à natureza, por isso não derivam da necessidade, mas da liberdade. É por “claro saber e livre decisão” que o homem troca o estatuto de independência, no estado natural, pelo do contrato, no estado moral.
No entanto, esta contraposição entre a natureza de um lado e o homem de outro se compõe com um combate que pode aniquilar o homem, porque gera uma luta sem fim. Somente o senso estético, ele diz, como um terceiro caráter, pode fazer a ponte entre estes dois domínios; é ele que desfaz esta polaridade, porque aproxima o que a razão afasta. Se a razão teórica precisa decompor, separar, o senso estético se caracteriza por compor, aproximar. O senso estético existe para reunir o que a razão teve de separar.
Enquanto apenas luta contra a natureza, por meio do conhecimento que fragmenta o mundo tentando conhecê-lo ou dominá-lo, o homem perde, porque, em última instância, é sempre finito, mortal. Mas ele pode, auxiliado pelo senso estético, não lutar contra o mundo, o que implica em não fragmentá-lo, mas se ver inserido nele e, fortalecido pelo sentimento de pertencimento, tornar-se capaz de lidar com as perdas. A faculdade do juízo, diz Kant, é a capacidade de pensar o particular contido no universal, por isso somente ela é capaz de desfazer a unidade fictícia e provisória do sujeito particular, reinserindo-o na totalidade que o sustenta e alimenta. É a sua consciência individual, ou seja, é o saber de si como provisório que o faz sofrer. Quando o homem se sente inserido no todo, o sofrimento particular perde importância e ele, então, não sucumbe e vence a natureza, não pela força, mas pelo puro exercício da liberdade moral, que fortalece, amplia, alarga a alma.
[...]
MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. In: ARRAIS, Rafael.
Schiller e a dimensão estética. Textos para reflexão. Disponível em:
<http://zip.net/bnsbWn>
Releia o trecho a seguir.
“A capacidade humana de criar valores representa o domínio próprio do homem; eles são o modo humano de se contrapor à natureza, por isso não derivam da necessidade, mas da liberdade.”
Com base nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.
I. O pronome “eles” refere-se aos valores humanos.
II. A locução “por isso” possui valor semântico conclusivo.
III. “Mas” é uma conjunção adversativa.
IV. Os valores são frutos da liberdade humana.
Segundo a norma padrão, estão CORRETAS as afirmativas:
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
O homem que sabe
Para Anatol Rosenfeld, a concretização de muitas ideias kantianas apenas esboçadas coube a Schiller, especialmente no domínio da estética.
O homem, pensa Friedrich Schiller, é determinado pelas forças da natureza e, na grande maioria das vezes, perde para ela. A única liberdade humana consiste em não se deixar escravizar, o que implica exercer o senso moral por meio da linguagem e do pensamento. A capacidade humana de criar valores representa o domínio próprio do homem; eles são o modo humano de se contrapor à natureza, por isso não derivam da necessidade, mas da liberdade. É por “claro saber e livre decisão” que o homem troca o estatuto de independência, no estado natural, pelo do contrato, no estado moral.
No entanto, esta contraposição entre a natureza de um lado e o homem de outro se compõe com um combate que pode aniquilar o homem, porque gera uma luta sem fim. Somente o senso estético, ele diz, como um terceiro caráter, pode fazer a ponte entre estes dois domínios; é ele que desfaz esta polaridade, porque aproxima o que a razão afasta. Se a razão teórica precisa decompor, separar, o senso estético se caracteriza por compor, aproximar. O senso estético existe para reunir o que a razão teve de separar.
Enquanto apenas luta contra a natureza, por meio do conhecimento que fragmenta o mundo tentando conhecê-lo ou dominá-lo, o homem perde, porque, em última instância, é sempre finito, mortal. Mas ele pode, auxiliado pelo senso estético, não lutar contra o mundo, o que implica em não fragmentá-lo, mas se ver inserido nele e, fortalecido pelo sentimento de pertencimento, tornar-se capaz de lidar com as perdas. A faculdade do juízo, diz Kant, é a capacidade de pensar o particular contido no universal, por isso somente ela é capaz de desfazer a unidade fictícia e provisória do sujeito particular, reinserindo-o na totalidade que o sustenta e alimenta. É a sua consciência individual, ou seja, é o saber de si como provisório que o faz sofrer. Quando o homem se sente inserido no todo, o sofrimento particular perde importância e ele, então, não sucumbe e vence a natureza, não pela força, mas pelo puro exercício da liberdade moral, que fortalece, amplia, alarga a alma.
[...]
MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. In: ARRAIS, Rafael.
Schiller e a dimensão estética. Textos para reflexão. Disponível em:
<http://zip.net/bnsbWn>
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
O homem que sabe
Para Anatol Rosenfeld, a concretização de muitas ideias kantianas apenas esboçadas coube a Schiller, especialmente no domínio da estética.
O homem, pensa Friedrich Schiller, é determinado pelas forças da natureza e, na grande maioria das vezes, perde para ela. A única liberdade humana consiste em não se deixar escravizar, o que implica exercer o senso moral por meio da linguagem e do pensamento. A capacidade humana de criar valores representa o domínio próprio do homem; eles são o modo humano de se contrapor à natureza, por isso não derivam da necessidade, mas da liberdade. É por “claro saber e livre decisão” que o homem troca o estatuto de independência, no estado natural, pelo do contrato, no estado moral.
No entanto, esta contraposição entre a natureza de um lado e o homem de outro se compõe com um combate que pode aniquilar o homem, porque gera uma luta sem fim. Somente o senso estético, ele diz, como um terceiro caráter, pode fazer a ponte entre estes dois domínios; é ele que desfaz esta polaridade, porque aproxima o que a razão afasta. Se a razão teórica precisa decompor, separar, o senso estético se caracteriza por compor, aproximar. O senso estético existe para reunir o que a razão teve de separar.
Enquanto apenas luta contra a natureza, por meio do conhecimento que fragmenta o mundo tentando conhecê-lo ou dominá-lo, o homem perde, porque, em última instância, é sempre finito, mortal. Mas ele pode, auxiliado pelo senso estético, não lutar contra o mundo, o que implica em não fragmentá-lo, mas se ver inserido nele e, fortalecido pelo sentimento de pertencimento, tornar-se capaz de lidar com as perdas. A faculdade do juízo, diz Kant, é a capacidade de pensar o particular contido no universal, por isso somente ela é capaz de desfazer a unidade fictícia e provisória do sujeito particular, reinserindo-o na totalidade que o sustenta e alimenta. É a sua consciência individual, ou seja, é o saber de si como provisório que o faz sofrer. Quando o homem se sente inserido no todo, o sofrimento particular perde importância e ele, então, não sucumbe e vence a natureza, não pela força, mas pelo puro exercício da liberdade moral, que fortalece, amplia, alarga a alma.
[...]
MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. In: ARRAIS, Rafael.
Schiller e a dimensão estética. Textos para reflexão. Disponível em:
<http://zip.net/bnsbWn>
Segundo o dicionário Aurélio, “neologismo” é a “palavra ou expressão nova numa língua”.
De acordo com essa definição, assinale a alternativa cuja oração contenha um neologismo.
Considerando a norma padrão, analise as orações a seguir.
I. Clarice e Suzana acham que este é o caminho. Elas tem razão.
II. Em Gramado, a temperatura chegou a zero graus.
III. Ela mesma fez os reparos em casa.
IV. Susana chegou há dois dias e voltará daqui há duas semanas.
Estão INCORRETAS as orações:
COLUNA I
1.Sequenciação parafrásica
2.Sequenciação frástica
COLUNA II
( )Repetição lexical
( )Progressão temática
( )Paralelismo e paráfrase
( )Encadeamento por justaposição
( )Recorrência de tempo verbal
A sequência CORRETA é:
I.As semelhanças entre a oralidade e a escrita são maiores do que as diferenças, tanto nos aspectos estritamente linguísticos quanto nos aspectos sociocomunicativos (as diferenças estão mais presentes na ordem das preferências e condicionamentos).
II.As relações entre a modalidade oral e escrita podem ser mais bem compreendidas quando observadas no contínuo dos gêneros textuais (que em boa medida se dão em relações de contrapartes, ocorrendo, em grau significativo, gêneros similares nas duas modalidades).
III.Muitas das características diferenciais atribuídas a uma das modalidades são propriedades da língua (por exemplo, contextualização / descontextualização; envolvimento / distanciamento).
IV.Fala e escrita são diferentes, mas as diferenças não são polares, e sim graduais e contínuas. A visão dicotômica da relação entre a língua falada e a língua escrita não mais se sustenta, pois elas são duas alternativas de atualização da língua nas atividades sociointerativas diárias.
Estão CORRETAS as afirmativas:
[2] Podemos ir mais longe e afirmar que a revolução científica experimentada pela humanidade a partir do século 16 só foi possível porque pesquisadores conseguiram desenvolver unidades de medida cada vez mais precisas e entrar em acordo quanto à sua utilização.
[3] Por incrível que pareça, a educação brasileira ainda vive uma fase pré-Magna Carta, já que não contamos com um currículo nacional padronizado que permita a professores, alunos e pais saber com algum grau de detalhamento o que precisa ser ensinado (e aprendido) em cada fase da vida acadêmica de crianças e adolescentes. Sem esse consenso, fica bem mais difícil planejar e preparar aulas, desenvolver mecanismos de avaliação e recuperação e mesmo produzir material didático de qualidade. Até a mobilidade do estudante fica comprometida, já que diferentes escolas podem em princípio estar ensinando conteúdos muito distintos.
[4] A boa notícia é que, ainda que com um atraso de quase 30 anos em relação à previsão constitucional, o Ministério da Educação acaba de apresentar sua proposta para a Base Nacional Comum Curricular (BNC). A ideia é que ela seja discutida e aprimorada nos próximos meses.
[2] Podemos ir mais longe e afirmar que a revolução científica experimentada pela humanidade a partir do século 16 só foi possível porque pesquisadores conseguiram desenvolver unidades de medida cada vez mais precisas e entrar em acordo quanto à sua utilização.
[3] Por incrível que pareça, a educação brasileira ainda vive uma fase pré-Magna Carta, já que não contamos com um currículo nacional padronizado que permita a professores, alunos e pais saber com algum grau de detalhamento o que precisa ser ensinado (e aprendido) em cada fase da vida acadêmica de crianças e adolescentes. Sem esse consenso, fica bem mais difícil planejar e preparar aulas, desenvolver mecanismos de avaliação e recuperação e mesmo produzir material didático de qualidade. Até a mobilidade do estudante fica comprometida, já que diferentes escolas podem em princípio estar ensinando conteúdos muito distintos.
[4] A boa notícia é que, ainda que com um atraso de quase 30 anos em relação à previsão constitucional, o Ministério da Educação acaba de apresentar sua proposta para a Base Nacional Comum Curricular (BNC). A ideia é que ela seja discutida e aprimorada nos próximos meses.
Observe este esquema.
Com base nesse esquema e na leitura do primeiro parágrafo do texto, é INCORRETO afirmar que:
O texto é lugar de interação entre sujeitos sociais. [...] A leitura de um texto exige mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar estratégias tanto de ordem linguística, como cognitiva e discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim, participar, de forma ativa, da construção do sentido. Desta forma, autor e leitor devem ser vistos como ‘estrategistas’ na interação pela linguagem.
Na concepção interacional ou dialógica da língua consideram-se os sujeitos como atores ou construtores sociais, sujeitos ativos que se constroem e são construídos no texto. Desse modo, há lugar, em todo texto, para uma enorme gama de implícitos, dos mais variados tipos, só detectáveis quando se tem, como pano de fundo o contexto social e cognitivo dos participantes da interação.
Nessa ótica, o sentido do texto é construído na interação entre o texto e os sujeitos e não é algo que preexiste a essa interação. A leitura é, pois, atividade interativa de produção de sentidos, que se realiza com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas que requer a mobilização de vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo. Ou seja:
a) a leitura é uma atividade na qual se levam em conta as experiências e os conhecimentos do leitor;
b) a leitura exige do leitor bem mais do que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é somente o produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.
A leitura é vista como atividade em que pesam as experiências e os conhecimentos do leitor; e exige dele mais do que o conhecimento do código. Para construir o sentido, o leitor utiliza-se de uma série de estratégias, entre as quais a seleção, antecipação, inferência e verificação.
A antecipação consiste em levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto, que, na leitura, vão sendo submetidas a verificação. Para tanto, o leitor seleciona pistas – elementos linguísticos do texto que autorizem sua leitura – e produz inferências que lhe permitem preencher as lacunas do texto ou desfazer ambiguidades, com base em seu conhecimento de mundo.
Espera-se que o leitor processe, critique, contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a aceite ou a conteste, procure construir um sentido para o que lê e seja capaz de justificar a leitura feita. [...]
É claro que não devemos nos esquecer de que a constante interação entre o texto e o leitor é regulada também pelo propósito com que o texto é lido. De modo geral, podemos dizer que há textos que lemos para nos manter informados (jornais, revistas); outros que lemos para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, livros, periódicos científicos); outros, ainda, cuja leitura é por puro deleite (poemas, contos, romances); os que lemos para consulta (dicionários, catálogos), os que somos “obrigados” a ler de vez em quando (manuais, bulas), os que nos caem em mãos (panfletos) ou que nos são constantemente apresentados (outdoors, cartazes, faixas). São, pois, os objetivos do leitor que nortearão o modo de leitura, em mais tempo ou em menos tempo, com mais atenção ou com menos atenção, com maior engajamento ou com menor engajamento. [...]
Assim, o sentido que se constrói a partir de um texto pode variar conforme o modo como o texto foi constituído, do que foi explicitamente revelado e implicitamente sugerido; por outro lado, na dependência da ativação, por parte do leitor, de conhecimentos de natureza vária e de sua atitude perante o texto.
O texto é lugar de interação entre sujeitos sociais. [...] A leitura de um texto exige mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar estratégias tanto de ordem linguística, como cognitiva e discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim, participar, de forma ativa, da construção do sentido. Desta forma, autor e leitor devem ser vistos como ‘estrategistas’ na interação pela linguagem.
Na concepção interacional ou dialógica da língua consideram-se os sujeitos como atores ou construtores sociais, sujeitos ativos que se constroem e são construídos no texto. Desse modo, há lugar, em todo texto, para uma enorme gama de implícitos, dos mais variados tipos, só detectáveis quando se tem, como pano de fundo o contexto social e cognitivo dos participantes da interação.
Nessa ótica, o sentido do texto é construído na interação entre o texto e os sujeitos e não é algo que preexiste a essa interação. A leitura é, pois, atividade interativa de produção de sentidos, que se realiza com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas que requer a mobilização de vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo. Ou seja:
a) a leitura é uma atividade na qual se levam em conta as experiências e os conhecimentos do leitor;
b) a leitura exige do leitor bem mais do que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é somente o produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.
A leitura é vista como atividade em que pesam as experiências e os conhecimentos do leitor; e exige dele mais do que o conhecimento do código. Para construir o sentido, o leitor utiliza-se de uma série de estratégias, entre as quais a seleção, antecipação, inferência e verificação.
A antecipação consiste em levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto, que, na leitura, vão sendo submetidas a verificação. Para tanto, o leitor seleciona pistas – elementos linguísticos do texto que autorizem sua leitura – e produz inferências que lhe permitem preencher as lacunas do texto ou desfazer ambiguidades, com base em seu conhecimento de mundo.
Espera-se que o leitor processe, critique, contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a aceite ou a conteste, procure construir um sentido para o que lê e seja capaz de justificar a leitura feita. [...]
É claro que não devemos nos esquecer de que a constante interação entre o texto e o leitor é regulada também pelo propósito com que o texto é lido. De modo geral, podemos dizer que há textos que lemos para nos manter informados (jornais, revistas); outros que lemos para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, livros, periódicos científicos); outros, ainda, cuja leitura é por puro deleite (poemas, contos, romances); os que lemos para consulta (dicionários, catálogos), os que somos “obrigados” a ler de vez em quando (manuais, bulas), os que nos caem em mãos (panfletos) ou que nos são constantemente apresentados (outdoors, cartazes, faixas). São, pois, os objetivos do leitor que nortearão o modo de leitura, em mais tempo ou em menos tempo, com mais atenção ou com menos atenção, com maior engajamento ou com menor engajamento. [...]
Assim, o sentido que se constrói a partir de um texto pode variar conforme o modo como o texto foi constituído, do que foi explicitamente revelado e implicitamente sugerido; por outro lado, na dependência da ativação, por parte do leitor, de conhecimentos de natureza vária e de sua atitude perante o texto.