Questões de Concurso Público Prefeitura de Pará de Minas - MG 2018 para Professor - História
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Analisando os livros didáticos no Brasil, utilizados do 6º ao 9º ano, em perspectiva histórica, Selva Guimarães, no livro Didática e Prática de Ensino de História, de 2012, em conexão com vários estudiosos, apresentou algumas das mudanças desse material tão polêmico em nossa tradição escolar, tomando por referência a década de 1990.
Sobre a estrutura organizativa dos livros didáticos de História a partir dos anos 1990, analise as afirmativas a seguir.
I. Introduziram novos temas ligados à história das mentalidades e à do cotidiano.
II. Deixaram de organizar os conteúdos de História do Brasil, História da América e História Geral isoladamente, e passaram a articulá-los ao longo das quatro séries (do 6º ao 9º ano).
III. Apresentaram significativas mudanças no padrão gráfico, na linguagem, na forma de apresentação, além de incluir documentos contemplando diversos gêneros textuais e fontes iconográficas.
IV. Trouxeram exercícios e questionários que, para sua execução, faziam pouca recorrência à variedade de documentos apresentados, como as imagens, por exemplo.
Estão de acordo com as proposições da autora as afirmativas:
Segundo Ricardo de Aguiar Pacheco, no texto O museu na sala de aula: propostas para o planejamento de visitas aos museus, 2012, “para a maioria dos professores, conduzir uma turma de escola ao museu é uma aventura. Uma operação que demanda esforço de organização e uma disposição para encontrar soluções que já demoveu muitos.”
Dentro da perspectiva abordada por esse autor, pensar em práticas educativas no ensino de História com o museu pressupõe dos educadores a:
Muito tempo antes da promulgação da Lei Nº 11.645/2008, Circe Bittencourt, em texto de 1994 (O ensino de História para populações indígenas), já anunciava que “o problema do ensino de História para populações indígenas é um desafio de proporções imensuráveis”. Frente a isso, a autora buscou apresentar, em seu texto, reflexões que, já naquele momento, pudessem oferecer subsídios para se pensar essa temática.
Dentro dessa perspectiva, a autora enumerou alguns procedimentos metodológicos, práticos e curriculares que poderiam, à guisa de procedimentos introdutórios, estar presentes no ensino de História indígena no Brasil.
São algumas dessas reflexões e indicações, EXCETO:
Nos últimos anos, o ensino de História vem passando por mudanças, ampliação de temáticas, propostas de novas metodologias de trabalho e muitas outras questões. Uma inegável presença nesse contexto, especialmente a partir dos anos 1980/1990, é o uso de documentos históricos não escritos em sala de aula.
Nesse contexto, um dos documentos não escritos fortemente presentes em nossa sociedade, especialmente, a partir do século XX, é a fotografia.
Em relação à fotografia, Circe Bittencourt (2004) nos alerta que, para que essa fonte documental possa se tornar um recurso didático, ela precisa e deve ser considerada pelos docentes como uma fonte:
“Se considerarmos plausível a assertiva de que o museu é uma morada de dispersões temporais, corporais e simbólicas, compreenderemos que o objeto cultural recebe nele nova e diversa hospitalidade. Como na vida social, o museu é compreendido pela pluralização movente de sentidos, conferidos e subvertidos a cada visita, posto que o campo da recepção é, também ele, diverso e criativo.”
PEREIRA, Júnia Sales; CARVALHO, Marcus Vinicius Corrêa. Sentidos dos tempos na relação museu / escola. Cad. Cedes. Campinas. v. 30. Nº. 82. p. 384, set.-dez. 2010. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v30n82/08.pdf> .
Nesse sentido, para Pereira e Carvalho (2010), o museu é um:
Em seu texto Algumas impressões e sugestões sobre o ensino de história da África, Marina de Mello e Souza, 2012, apresenta algumas ações que podem, especialmente na educação básica, contribuir para superação das visões estereotipadas em relação ao continente africano, e, em consequência, contra seus habitantes e também contra os afrodescendentes.
Sendo assim, sobre as indicações da autora para superação dessas visões distorcidas, é correto afirmar que:
I. seria necessário considerar o ensino de temas africanos, considerando não apenas os seus aspectos negativos, largamente divulgados pela imprensa e pelas mídias oficiais, mas também pelo que se pode chamar de aspectos positivos, ou seja, as características culturais e formas de organização social, políticas próprias, os processos históricos tanto internos quanto pertinentes à sua relação com outros continentes.
II. o uso dos materiais didáticos e paradidáticos disponíveis seria de enorme valor e agregaria ao trabalho em sala de aula no ensino de História outras possibilidades, pois vêm sendo produzidos em larga escala, distribuídos pelas escolas do país e superaram há um certo tempo os problemas que apresentavam incialmente, a saber: os estereótipos, o conhecimento precário e os erros grosseiros.
III. seria importante, no caso específico da História, descartar a ideia de que somente os documentos escritos são imprescindíveis para o conhecimento histórico. Essa postura permitiria que fosse aceita a possiblidade de fazer história de populações que não deixaram registros escritos e cuja importância não é medida pelo impacto de suas ações na história da humanidade como um todo.
Conforme as informações e reflexões da autora sobre a
temática da História da África e seus assuntos correlatos,
estão corretas as afirmativas:
A história do ensino de História, segundo Thaís Nívea de Lima e Fonseca “pode esclarecer muito mais do que se imagina sobre as questões que envolvem o trabalho de historiadores e professores, questões que vêm se acumulando nos cantos das salas de aula [...]” (2011, p. 7). Assim, perceber as características que marcaram e que ainda marcam esse campo do saber se torna imperativo para que se possa entender as permanências e as mudanças no ensino de História. Thaís Fonseca afirma que no século XIX ocorreram discussões e mudanças nos programas para as escolas elementares, secundárias e profissionais, e que os objetivos para o ensino de História foram sendo definidos com maior nitidez.
Sendo assim, sobre a história do ensino de História no século XIX, é correto afirmar:
Edson Silva, no texto O ensino de história indígena: possibilidades, exigências e desafios com base na Lei Nº 11.645/2008 2012, afirma, especificamente em torno das questões relativas à promulgação da referida Lei, que ela poderia contribuir para muitos debates necessários à percepção da invisibilidade dos povos indígenas e também para a superação de uma visão comumente exótica desses povos e habitantes do Brasil.
Com relação às ideias indicadas pelo autor, assinale a alternativa INCORRETA.