Questões de Concurso Público Prefeitura de Pará de Minas - MG 2018 para Professor - Português
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Livro: a troca
Para mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede; deitado fazia degrau de escada; inclinado, encostava um no outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro para brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntima a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. [...]
NUNES, Lygia Bojunga. Livro: um encontro com Lygia Bojunga Nunes. 2ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1990. p. 7.
A relação da personagem do texto com os livros é fundamentada nos seguintes aspectos, EXCETO:
Considere as afirmativas seguintes sobre o trabalho de produção e revisão de textos, relacionado aos caminhos orientados para a reescrita com objetivo de aprimoramento da expressão verbal.
I. Ao monopolizar o trabalho da revisão – e, portanto, da escrita –, o professor passa a ideia de que essa tarefa é sua, não do aluno. Em face disso, este, por sua vez, não se vê no papel de quem tem de ler o texto para encontrar possíveis problemas, uma vez que isso já foi realizado por quem é mais competente,
PORQUE
II. o trabalho que, na verdade, deveria ser o de refletir sobre o texto passa a ser o de mecanicamente reproduzi-lo – o que é bem diferente. Enquanto copia, o aluno não se concentrará necessariamente nos seus “erros” ou na natureza linguística desses erros, e isso provavelmente não o levará a refletir sobre como evitá-los.
A respeito dessas afirmativas, assinale a opção CORRETA.
Em um contexto de relações interativas entre os interlocutores de uma carta pessoal, o remetente está engajado no papel de produzir o texto, de cuja elaboração possui o controle, e o destinatário completa, pela prática de leitura, o circuito comunicativo, projetado pela situação comunicativa.
ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Org.) Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012, p. 107 (Adaptação).
Pode-se afirmar, corretamente, de acordo com o texto, que há:
Leia o texto a seguir.
Uma professora de língua portuguesa, literatura e produção textual diz que o problema (relativo à língua) está na carência do domínio da língua materna. “As pessoas não leem, não procuram ampliar seu vocabulário, erram na regência e na concordância das frases e das palavras; têm dificuldade de conectar ideias e de interpretar textos”. Para ela, portanto, a preocupação é “adotar” o internetês como único recurso escrito alternativo, exatamente por ser simplificado e pobre de regras gramaticais linguísticas. [...] “Não há condições de tolerar o desrespeito ao idioma, principalmente dentro da sala de aula. Uma coisa é usar gírias e internetês na informalidade e com amigos. Outra é levar esses vícios para toda comunicação”, argumenta a professora.
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. p. 103 (Adaptação).
A esse respeito, considere as afirmativas seguintes.
I. A concepção de língua coerente com o posicionamento apresentado é aquela que se fundamenta no formalismo, no tradicional.
II. O desprezo pelos letramentos locais e marginalizados é comum, uma vez que há uma reclamação acerca da migração dessa linguagem para outras esferas da comunicação, relacionando o fato a um ataque à língua portuguesa.
III. O internetês é classificado como desrespeito ao idioma, como vício, um estilo de língua escrita simplificado e pobre de regras gramaticais e linguísticas.
IV. O internetês é uma linguagem social adaptada à rapidez de escrita dos gêneros digitais em que circula: bate-papo em chats, comunicação síncrona em ferramentas como MSN e blogs.
Estão de acordo com o apresentado no texto as afirmativas: