Questões de Concurso Público Prefeitura de Pará de Minas - MG 2018 para Professor - Português
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“[...] De 2001 a 2015, os 10% mais ricos abocanharam de 54% a 55% da renda nacional [...]. Quando se observa o topo do topo, isto é, o 0,1% mais rico, percebe-se uma variação maior. Esse grupo controlava 11% da renda nacional em 2001, aumentou a participação para mais de 16% em 2007, e depois viu a fatia recuar para 14%, com pequenas oscilações nos anos seguintes.”
MARTINS, Rodrigo. A brutal desigualdade de renda continua a ser o traço definidor do Brasil. Carta Capital. 4 out. de 2017. p. 22.
Considerando os dados relativos à renda concentrada pela parcela mais rica do Brasil, é correto afirmar:
O jornal O Tempo, do dia 21 de outubro de 2017, apresentou o seguinte título para uma matéria que publicou ao noticiar o crime ocorrido em uma escola particular da cidade de Goiânia: “Aluno que matou colegas se inspirou em outros massacres”.
A maior parte dos atentados com tiros em escolas e / ou locais públicos, comumente noticiados pela imprensa, ocorreu:
No Brasil, o trabalho escravo é definido pelo Artigo 149 do Código Penal da seguinte maneira:
“Artigo 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalhando, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.”
Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado. htm> . Acesso em: 10 dez. 2017.
Nos últimos meses, o tema trabalho escravo contemporâneo tem sido assunto de acalorados debates no Brasil.
Analise o infográfico a seguir, produzido a partir de dados do governo em 2014.
Com base nesse artigo do Código Penal e nesse infográfico, pode-se afirmar:
Analise os dados a seguir.
O TEMPO. Belo Horizonte. Ano 21. Nº 7 630. 4 abr. 2017.
De acordo com os dados publicados pelo jornal O Tempo, assinale a alternativa que apresenta a avaliação CORRETA.
O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro.
Sobre a formação do STF, é correto afirmar:
O rondó dos cavalinhos
Manuel Bandeira
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora,
E em minh’alma – anoitecendo!
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reyes partindo,
E tanta gente ficando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minh’alma – anoitecendo!
In: CANDIDO, Antonio. Na sala de aula. 8ª ed. 4ª reimpressão. São Paulo: Ática, 2002. p. 68-69.
Pode-se afirmar que há entre as estrofes um elemento unificador fundamentado na contradição presente na segunda parte de cada estrofe.
Essa afirmação pode ser confirmada em todos os exemplos apresentados nas alternativas, EXCETO EM:
O rondó dos cavalinhos
Manuel Bandeira
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora,
E em minh’alma – anoitecendo!
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reyes partindo,
E tanta gente ficando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minh’alma – anoitecendo!
In: CANDIDO, Antonio. Na sala de aula. 8ª ed. 4ª reimpressão. São Paulo: Ática, 2002. p. 68-69.
Um dos modos de tornar produtivas as palavras, em sentido fantástico, é o de deformá-las. As crianças devem fazê-lo, como um jogo: um jogo de conteúdo muito sério, porque as ajuda a explorar as possibilidades da palavra, a dominá-la, forçando declinações até então inéditas; estimula a liberdade da criança enquanto ser “falante” com direito à sua “prosa pessoal” (obrigado, sr. Saussure); encoraja o inconformismo. (...) Basta um “des” para transformar um “canivete” – objeto cotidiano e negligenciável, porém perigoso e agressivo – em um “descanivete”, objeto fantástico e pacifista, que não serviria para fazer a ponta do lápis, mas que, quem sabe, ajudaria a fazê-la crescer de novo, contra a vontade dos donos das papelarias e contra a ideologia do consumo.
RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. 9ª ed. São Paulo: Summus, 1982. p. 32.
Um dos modos de tornar produtivas as palavras, em sentido fantástico, é o de deformá-las. As crianças devem fazê-lo, como um jogo: um jogo de conteúdo muito sério, porque as ajuda a explorar as possibilidades da palavra, a dominá-la, forçando declinações até então inéditas; estimula a liberdade da criança enquanto ser “falante” com direito à sua “prosa pessoal” (obrigado, sr. Saussure); encoraja o inconformismo. (...) Basta um “des” para transformar um “canivete” – objeto cotidiano e negligenciável, porém perigoso e agressivo – em um “descanivete”, objeto fantástico e pacifista, que não serviria para fazer a ponta do lápis, mas que, quem sabe, ajudaria a fazê-la crescer de novo, contra a vontade dos donos das papelarias e contra a ideologia do consumo.
RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. 9ª ed. São Paulo: Summus, 1982. p. 32.
Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, associando os problemas seguintes à natureza dos exercícios de Língua Portuguesa presentes nos livros didáticos com as perguntas a eles relacionadas.
COLUNA I
1. A compreensão é considerada como atividade rotineira de decodificação de um conteúdo objetivamente inscrito no texto.
2. As questões de compreensão vêm misturadas com outras que nada têm a ver com o assunto, especialmente questões formais.
3. Os exercícios de compreensão, comumente, nada têm a ver com o texto ao qual se referem.
4. Os exercícios de compreensão raramente levam a reflexões críticas sobre o texto e não permitem expansão ou construção de sentido.
COLUNA II
( ) Copie a fala do personagem João.
( ) De que passagem você mais gostou?
( ) A donzela do conto costumava ir à praia ou não?
( ) Copie a frase corrigindo-a de acordo com as regras gramaticais.
Assinale a sequência CORRETA.
Analise as seguintes afirmativas sobre o tema “Gêneros e tipos textuais” e, em seguida, assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Os gêneros são uma “forma de ação social”, um “artefato cultural”, importantes como parte da estrutura comunicativa da sociedade.
( ) O estudo dos gêneros está se tornando um empreendimento cada vez mais multidisciplinar, uma vez que engloba a análise do texto e do discurso, a descrição da língua e a visão da sociedade.
( ) O trato dos gêneros diz respeito ao trato da língua em seu cotidiano, por ser uma categoria cultural, uma forma de organização social.
( ) O estudo dos gêneros textuais é novo no Ocidente, uma vez que se iniciou nos últimos decênios do século XX, especialmente, vinculado à literatura.
( ) O aspecto tático da construção do gênero relaciona-se ao estabelecimento basicamente de sua forma e não de sua função.
Assinale a sequência CORRETA.
Considerando os pontos relativos à realidade linguística, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. Do ponto de vista estritamente linguístico, o erro não existe, o que existe são formas diferentes de usar os recursos potencialmente presentes na própria língua,
PORQUE
II. só se poderia falar em “erro” se cada cidadão errasse, individualmente e de modo particular, no momento de produzir o enunciado.
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA.
Analise as afirmativas a seguir relativas à língua portuguesa em sala de aula.
I. Sempre haverá variação de linguagem nos domínios sociais, porque a variação é inerente à própria comunidade linguística.
II. Em todos os domínios sociais, há regras que determinam as ações que ali são realizadas.
III. Alguns falares têm mais prestígio do que outros, porque as relações de poder independem da variedade linguística mais valorada.
IV. Toda variedade regional ou falar é um instrumento identitário, um recurso que confere identidade ao grupo social.
Estão corretas as afirmativas:
Livro: a troca
Para mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede; deitado fazia degrau de escada; inclinado, encostava um no outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro para brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntima a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. [...]
NUNES, Lygia Bojunga. Livro: um encontro com Lygia Bojunga Nunes. 2ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1990. p. 7.
A relação da personagem do texto com os livros é fundamentada nos seguintes aspectos, EXCETO:
Considere as afirmativas seguintes sobre o trabalho de produção e revisão de textos, relacionado aos caminhos orientados para a reescrita com objetivo de aprimoramento da expressão verbal.
I. Ao monopolizar o trabalho da revisão – e, portanto, da escrita –, o professor passa a ideia de que essa tarefa é sua, não do aluno. Em face disso, este, por sua vez, não se vê no papel de quem tem de ler o texto para encontrar possíveis problemas, uma vez que isso já foi realizado por quem é mais competente,
PORQUE
II. o trabalho que, na verdade, deveria ser o de refletir sobre o texto passa a ser o de mecanicamente reproduzi-lo – o que é bem diferente. Enquanto copia, o aluno não se concentrará necessariamente nos seus “erros” ou na natureza linguística desses erros, e isso provavelmente não o levará a refletir sobre como evitá-los.
A respeito dessas afirmativas, assinale a opção CORRETA.
Em um contexto de relações interativas entre os interlocutores de uma carta pessoal, o remetente está engajado no papel de produzir o texto, de cuja elaboração possui o controle, e o destinatário completa, pela prática de leitura, o circuito comunicativo, projetado pela situação comunicativa.
ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Org.) Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012, p. 107 (Adaptação).
Pode-se afirmar, corretamente, de acordo com o texto, que há:
Sobre as formas verbais presentes nesse texto publicitário, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o texto a seguir.
Uma professora de língua portuguesa, literatura e produção textual diz que o problema (relativo à língua) está na carência do domínio da língua materna. “As pessoas não leem, não procuram ampliar seu vocabulário, erram na regência e na concordância das frases e das palavras; têm dificuldade de conectar ideias e de interpretar textos”. Para ela, portanto, a preocupação é “adotar” o internetês como único recurso escrito alternativo, exatamente por ser simplificado e pobre de regras gramaticais linguísticas. [...] “Não há condições de tolerar o desrespeito ao idioma, principalmente dentro da sala de aula. Uma coisa é usar gírias e internetês na informalidade e com amigos. Outra é levar esses vícios para toda comunicação”, argumenta a professora.
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. p. 103 (Adaptação).
A esse respeito, considere as afirmativas seguintes.
I. A concepção de língua coerente com o posicionamento apresentado é aquela que se fundamenta no formalismo, no tradicional.
II. O desprezo pelos letramentos locais e marginalizados é comum, uma vez que há uma reclamação acerca da migração dessa linguagem para outras esferas da comunicação, relacionando o fato a um ataque à língua portuguesa.
III. O internetês é classificado como desrespeito ao idioma, como vício, um estilo de língua escrita simplificado e pobre de regras gramaticais e linguísticas.
IV. O internetês é uma linguagem social adaptada à rapidez de escrita dos gêneros digitais em que circula: bate-papo em chats, comunicação síncrona em ferramentas como MSN e blogs.
Estão de acordo com o apresentado no texto as afirmativas:
“Uma cidade se assemelha às outras porém se a amamos é única.”
LISBOA, Henriqueta. In: Estado de Minas, 8 out. 2017, p. 1.
Considere as afirmativas seguintes acerca da pontuação do texto.
I. Há necessidade de vírgula na separação da oração coordenada adversativa.
II. Há necessidade de vírgula na separação da oração subordinada adverbial condicional deslocada.
III. Há necessidade de vírgulas separando o termo “as outras”, por indicar comparação.
Está correto o que se afirmou em:
“Uma cidade se assemelha às outras porém se a amamos é única.”
LISBOA, Henriqueta. In: Estado de Minas, 8 out. 2017, p. 1.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente os comentários acerca das formas em destaque.