Questões de Concurso Público Prefeitura de Marechal Deodoro - AL 2023 para Enfermeiro
Foram encontradas 5 questões
[...] Vais a enterrar, Quinzinho, vais quieto como nunca foste. Despedaçado pela máquina, Quinzinho, pela máquina que tu amavas, que tu tratavas com amor, desenhando as curvas sensuais das rodas, o alongamento harmonioso das correias sem-fim.
[...]
Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida.
[...]
A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte, já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escraviza e que tu amavas. Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras. E haverá outros a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão-de idealizar, construir.
VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 87-88. (Fragmento).
A respeito das observações do narrador do texto, dadas as afirmativas,
I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador: Quinzinho, o operário que amava as máquinas morre despedaçado por uma delas, uma grande ironia.
II. A morte do personagem Quinzinho tem caráter simbólico por representar uma luta a ser travada, conforme se comprova em: “uma morte como a tua constrói liberdades futuras”.
III. Com a morte do amigo, o narrador reafirma a incredulidade em um futuro potencialmente melhor.
IV. O narrador do texto adverte que “A vida não é para sonhos”, o que importa é a “luta com a vida”.
verifica-se que está/ão correta/s
Vim, tanta areia andei Da Lua cheia, eu sei Uma saudade imensa
Vagando em verso, eu vim Vestido de cetim Na mão direita, rosas Vou levar
Olha a Lua mansa a se derramar (me leva, amor) Ao luar descansa, meu caminhar (amor) Meu olhar em festa se fez feliz (me leva, amor) Lembrando a seresta que um dia eu fiz (Por onde for, quero ser seu par) [...]
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/beth-carvalho/44505/>. Acesso em: 01 mar. 2023.
Dadas as afirmativas a respeito das figuras de linguagem na letra da canção,
I. Na primeira estrofe da letra da canção, é possível perceber a figura “assonância” que estabelece efeitos sonoros por meio de repetição de sons vocálicos.
II. Na segunda estrofe, além da figura “aliteração”, o texto poético também apresenta a figura de linguagem “hipérbato”.
III. No verso: “Olha a Lua mansa a se derramar (me leva, amor)”, início da terceira estrofe, há a figura “apóstrofe”.
verifica-se que está/ão correta/s
No começo usam sapatos de corda – e ninguém desconfia delas: conseguem não dar nas vistas, porque são como toda a gente. Nenhum polícia iria acompanhá-las. Se não batessem nos móveis e não dirigissem a luz para os olhos das pessoas adormecidas, não cairiam na prisão, onde ganham os modos necessários ao ofício. Aí apuram o ouvido e habituam deslizar.
RAMOS, Graciliano. Insônia. 18. ed. São Paulo: Record, 1982.
Da narrativa, é correto afirmar que
AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Considerando os elementos estruturais do parágrafo, dadas as afirmativas acerca da coesão e coerência textuais,
I. Em: “Então a luz da lua se estendeu sobre todos, as estrelas brilharam ainda mais no céu, o mar ficou de todo vocábulos em destaque são hiperônimos de “céu”.
II. Em: “onde giravam em invisíveis cavalos os Capitães da Areia”, o pronome destacado retoma a expressão antecedente “cidade”. Trata-se de uma referência anafórica.
III. As palavras destacadas em: “ o mar ficou de todo manso (talvez que Iemanjá tivesse vindo também ouvir a música)” funcionam como operadores argumentativos, os quais contêm noções semânticas de dúvida e de inclusão, respectivamente.
verifica-se que está/ão correta/s
O cartaz, além de promover uma homenagem, enfatiza o conceito do substantivo “criação” - 1. Ação ou efeito de criar; invenção, elaboração. 2. Resultado de algo realizado pelo intelecto ou pelo esforço do homem. 3. Ação de criar o mundo, as coisas e os seres, atribuída a Deus. Nesse contexto, é correto afirmar que há um recurso semântico chamado