Quinzinho [...] Vais a enterrar, Quinzinho, vais quieto...
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Ano: 2023
Banca:
FUNDEPES
Órgão:
Prefeitura de Marechal Deodoro - AL
Provas:
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Analista de Controle Interno
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FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Médico Clínico Geral |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Bibliotecário |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Contador |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Profissional de Educação Física |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Enfermeiro |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Assistente Social |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Arquiteto e Urbanista |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro Civil |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro de Trânsito |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Farmacêutico |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fonoaudiólogo |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Meio Ambiente |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Tributos |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fisioterapeuta |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Nutricionista |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Odontólogo |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Psicólogo |
FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Professor Artes / Ciências / Educação Física / Geografia / História / Inglês / Matemática / Música / Português |
Q2131762
Português
Quinzinho
[...] Vais a enterrar, Quinzinho, vais quieto como nunca foste. Despedaçado pela máquina, Quinzinho, pela máquina que tu amavas, que tu tratavas com amor, desenhando as curvas sensuais das rodas, o alongamento harmonioso das correias sem-fim.
[...]
Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida.
[...]
A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte, já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escraviza e que tu amavas. Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras. E haverá outros a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão-de idealizar, construir.
VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 87-88. (Fragmento).
A respeito das observações do narrador do texto, dadas as afirmativas,
I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador: Quinzinho, o operário que amava as máquinas morre despedaçado por uma delas, uma grande ironia.
II. A morte do personagem Quinzinho tem caráter simbólico por representar uma luta a ser travada, conforme se comprova em: “uma morte como a tua constrói liberdades futuras”.
III. Com a morte do amigo, o narrador reafirma a incredulidade em um futuro potencialmente melhor.
IV. O narrador do texto adverte que “A vida não é para sonhos”, o que importa é a “luta com a vida”.
verifica-se que está/ão correta/s
[...] Vais a enterrar, Quinzinho, vais quieto como nunca foste. Despedaçado pela máquina, Quinzinho, pela máquina que tu amavas, que tu tratavas com amor, desenhando as curvas sensuais das rodas, o alongamento harmonioso das correias sem-fim.
[...]
Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida.
[...]
A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte, já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escraviza e que tu amavas. Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras. E haverá outros a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão-de idealizar, construir.
VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 87-88. (Fragmento).
A respeito das observações do narrador do texto, dadas as afirmativas,
I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador: Quinzinho, o operário que amava as máquinas morre despedaçado por uma delas, uma grande ironia.
II. A morte do personagem Quinzinho tem caráter simbólico por representar uma luta a ser travada, conforme se comprova em: “uma morte como a tua constrói liberdades futuras”.
III. Com a morte do amigo, o narrador reafirma a incredulidade em um futuro potencialmente melhor.
IV. O narrador do texto adverte que “A vida não é para sonhos”, o que importa é a “luta com a vida”.
verifica-se que está/ão correta/s