Questões de Concurso Público IF-BA 2016 para Pedagogo
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Uma comunidade da periferia da cidade atravessa problemas com a subprefeitura responsável pelas demandas dos seus moradores. Em função das reformas para a chamada “modernização do bairro”, aquele espaço de moradia está mapeado como área reservada à construção de viadutos para maior circulação de veículos. Por conta da ameaça de remoção de suas casas, as relações interpessoais estão fragilizadas e os estudantes da escola local sofrem com os reflexos do problema.
Tendo em vista a situação acima relatada e sua relação com a escola local, é correto afirmar que
Existem diferentes abordagens teóricas para a compreensão dos processos de seleção e legitimação de propostas curriculares, conforme o quadro abaixo indica:
Marque a alternativa correta:
Eu quero uma escola
Moaci Carneiro
Eu quero
Uma escola relicário
Com joias do imaginário
Eu quero
Uma escola - alegria
Com sentido de harmonia
Eu quero
Uma escola com enredo
Cheia de sonho e aconchego
Eu quero
Uma escola - expressão
Da vida, sem restrição
Sabemos que ainda está em construção e, por vezes, a ser construída Uma escola-expressão, Da vida, sem restrição .... Ainda está por ser construída ou ainda está em construção uma pedagogia viva que reflita a vida de cada um.
Sendo assim, podemos afirmar que a escola brasileira ainda carrega em pleno século XXI uma herança baseada nas características de sua sociedade e sua história. Portanto, baseado nisso, podemos afirmar que:
Não é possível fazer-se profissional da aprendizagem nas condições atuais, marcadas tão insistentemente pela lógica do instrucionismo. Há que mudar radicalmente o processo de formação, estudar como parte integrante do exercício profissional, ser capaz do projeto pedagógico próprio, saber pesquisar e elaborar. Ao mesmo tempo, é essencial imprimir à profissão o horizonte de atualização imprescindível para quem, pela reconstrução do conhecimento com qualidade formal e política, direciona os tempos. (DEMO. P. Ironias da educação: mudança e contos sobre mudança. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.)
O momento educacional atual mais do que nunca requer uma formação de professores comprometidos com o ensino/ aprendizagem, com a luta pelo acesso aos direitos básicos do cidadão. Para isso e muito mais faz-se necessário também tratar sobre a perspectiva intercultural da educação na formação de professores. Em tal perspectiva valoriza-se os (as)
“A democracia não é, absolutamente, a ditadura da maioria. Pelo contrário, ela pressupõe a proteção das minorias e a não repressão de ideias que possam parecer afastar-se de padrões estabelecidos, que possam parecer absurdas (...).” (MORIN, E. Ética, cultura e educação. São Paulo: Cortez, 2001, p. 32)
Para que a avaliação seja mais democrática e inclusiva devemos então, tentar estabelecer com nossos alunos avaliações que
não os coloquem afastados com padrões de respostas que pareçam absurdas como nos afirma Morin. Para considerarmos
esse contexto de avaliação mais democrática, esta deve apresentar uma dimensão
“Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual...
De um lado esse carnaval
De outro a fome total.”
(Gilberto Gil)
Como nos retrata a música de Gil acima, o mundo ainda é muito desigual, falta justiça social em muitos lugares. A escola como uma instituição social reflete essa desigualdade. Portanto, a luta por uma escola inclusiva deve ser de todos os indivíduos. Vários estudiosos entendem que uma escola inclusiva deve
“... o movimento ambientalista é constituído por tendências afinadas e antagônicas, no que se refere ao entendimento do humano na natureza e ao projeto societário que signifique a superação do atual padrão de vida.” (LOUREIRO, C.F.B. Trajetórias e fundamentos da Educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2004, p.63)
A citação acima de Loureiro (2004) nos remete ao conceito de educação ambiental crítica, tendo como um de seus objetivos
“Uma Pedagogia que parta desta convicção é uma Pedagogia contra a corrente. Atua em uma sociedade globalizada que adotou como valores centrais o mercado e o consumo, uma sociedade que valoriza a educação na medida em que forma sujeitos capazes de agir em sintonia com os valores e a lógica dominante.” (CANDAU, V. & SACAVINO, S. (orgs.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2015, p. 149)
Tal Pedagogia contra a corrente de que nos fala Candau no trecho acima, pode ser denominada e tem como uma de suas características:
“O importante e bonito do mundo é
Isso: que as pessoas não estão
Sempre iguais, ainda não foram
Terminadas, mas que elas vão
Sempre mudando. Afinam e desafinam.”
(Guimarães Rosa)
O trabalho educativo permite essa transformação da subjetividade do sujeito de que fala Guimarães Rosa. Logo, o que
caracteriza a excelência do trabalho educativo universitário é também a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão,
ou seja,
“Há a demanda pela definição do papel do coordenador pedagógico; certamente esta busca reflete o desejo de redefinição da atuação do profissional.” (VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002, p. 86)
Concordando com o autor acima, numa perspectiva de educação emancipatória, assinale abaixo a principal função da
coordenação pedagógica.
“A escola é um espaço de livre circulação de ideologias onde a classe dominante espalha suas concepções, ao mesmo tempo que permite a ação dos intelectuais orgânicos rumo ao desenvolvimento de práticas educacionais em busca da democratização.” (HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola; artes e ofícios da participação coletiva. Campinas, SP: Papirus, 1994, p.34)
Na prática de uma gestão participativa, a democratização da escola tem sido fundamental. Tal democratização pode ser
analisada sob três aspectos básicos de práticas educacionais, como a(o)
A tirinha acima da Mafalda, criada por Quino, nos remete à noção de como as crianças pensam o tempo. Piaget escreveu
sobre a noção de tempo nas crianças tentando entender como ela ocorre e afirmando que tal noção é