Questões de Concurso Público USP 2022 para Professor - Geografia

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Q2021906 Pedagogia
    (...) O direito à educação está intimamente ligado ao direito à informação, à cultura e à ciência; ele requer um profundo compromisso com a construção de capacidades humanas. Além disso, esse direito está intimamente ligado ao direito de ter acesso e contribuir para os conhecimentos comuns da humanidade e seus recursos de informação, conhecimento e sabedoria compartilhados e em contínua expansão.
    O ciclo contínuo de criação de conhecimento que ocorre por meio de contestação, diálogo e debate é o que ajuda a coordenar a ação, produzir verdades científicas e incentivar a inovação. É um dos recursos mais valiosos e inesgotáveis da humanidade e um aspecto fundamental da educação. Quanto mais pessoas têm acesso aos conhecimentos comuns, mais abundantes eles se tornam. O desenvolvimento da linguagem, do numeramento e dos sistemas de escrita facilitou a disseminação do conhecimento ao longo do tempo e do espaço. Isso, por sua vez, permitiu que as sociedades humanas atingissem níveis extraordinários de crescimento coletivo e construção de civilizações. As possibilidades dos conhecimentos comuns são teoricamente infinitas. A diversidade e a inovação desencadeadas pelos conhecimentos comuns originam-se de empréstimos e experimentações que atravessam fronteiras disciplinares, bem como da reinterpretação do antigo e da criação do novo.
    Infelizmente, as barreiras impedem a equidade no acesso e na contribuição para os conhecimentos comuns. Existem lacunas e distorções significativas no conhecimento acumulado da humanidade que necessitam ser abordadas e corrigidas. Perspectivas, linguagens e conhecimentos indígenas têm sido marginalizados há muito tempo. Mulheres, meninas, minorias e grupos de baixa renda também são severamente sub-representados. As limitações de acesso a conhecimentos comuns ocorrem como resultado de comercialização e leis de propriedade intelectual excessivamente restritivas, da ausência de regulamentação e da falta de suporte adequado para as comunidades e os sistemas que gerenciam os conhecimentos comuns.(..)
    Um direito ampliado à educação ao longo da vida requer o compromisso em derrubar barreiras e garantir que os conhecimentos comuns sejam um recurso aberto e duradouro que reflita as diversas formas de conhecer e estar no mundo.

Comissão Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022, p. 10 e 11.
A partir da leitura do texto, pode-se afirmar:  
Alternativas
Q2021907 Pedagogia
“Com efeito, disciplinar os hábitos das crianças, pensar a aprendizagem com o desdobrar inelutável de um programa e sustentar a tese da existência de capacidades psicológicas maturacionais justificam-se necessariamente em torno da ideia da criança como um adulto-em-desenvolvimento. Em outras palavras, se não se pensasse que na criança de hoje reside a chave do amanhã do adulto, não teria sentido dispor o cotidiano escolar em função de um dever-ser infantil. Mais ainda, hoje em dia, à criança cabe dar, sistematicamente, prova de que ao adulto do futuro nada vai faltar, pois assim o adulto do presente usufrui de uma certa felicidade. Como sabemos, quando um adulto olha nos olhos de uma criança, e enfoca de fato os olhos da criança ideal, recupera a felicidade que acredita ter perdido, uma vez que lhe retorna do fundo desse olhar sua imagem às avessas. Ou seja, na forma educada que hoje temos de tratar a infância está em jogo uma operação importante do ponto de vista da economia gozosa do adulto. Assim, não deve nos surpreender que a imagem de uma criança ideal tire, obcecadamente, o sono dos espíritos pedagógicos. O que se almeja na atualidade não é mais que uma criança aprenda aquilo que ela não sabe e o adulto sim (cavalgar, dançar, fazer pão ou decorar o Organon de Aristóteles), porém fazer dela esse ao menos um adulto que, no futuro, não padeça das nossas impotências atuais. Em outras palavras, se antes se pedia, com ou sem chicotes, à criança que fosse um adulto mais ou menos educado, com o tempo passou-se a almejar cada vez mais que possuísse no futuro toda a potência imaginária que o adulto pensa que lhe falta e que, portanto, não o deixa ser feliz. Entretanto, se o que agora passa a se demandar é algo tão impossível quanto o era, em última instância, o anterior, isso deve ser necessariamente de uma outra qualidade a tal ponto que o cotidiano escolar não só em nada se parece às pequenas escolas do século XV, como também passou a justificar-se a partir de uma singular ligação entre disciplina, aprendizagem e psicologia infantil. Se na atualidade esperase que as crianças venham a ser adultos possuidores de tudo aquilo que hoje nós não temos imaginariamente, bem como, por cima, trata-se de consegui-lo graças à metódica observância de um programa tanto moral quanto natural, então, por um lado, toda empresa pedagógica acaba se revelando pouco eficaz, e, por outro, os alunos acabam se transformando em crianças mais ou menos indisciplinadas. Isso acontece uma vez que o norte da moderna empresa pedagógica é uma criança feita de um puro estofo imaginário. Tanto a pretensa eficácia pedagógica quanto a disciplina perfeita não podem menos que implicar a desaparição da distância entre um aluno real e a criança ideal. Em outras palavras, o cotidiano escolar se articula em torno da tentativa de vir a apagar a diferença que habita no campo subjetivo.”
LAJONQUIÈRE, Leandro de. A criança, “sua” (in)disciplina e a psicanálise. In: AQUINO, Júlio Groppa (org). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. SP: Summus, 1996, p. 32. 
Podemos concluir, a partir da leitura do texto, que nele se defende a seguinte ideia:
Alternativas
Q2021908 Pedagogia
“A própria essência da democracia envolve uma nota fundamental, que lhe é intrínseca — a mudança. Os regimes democráticos se nutrem na verdade de termos em mudança constante. São flexíveis, inquietos, devido a isso mesmo, deve corresponder ao homem desses regimes, maior flexibilidade de consciência. A falta desta permeabilidade parece vir sendo dos mais sérios descompassos dos regimes democráticos atuais, pela ausência, dela decorrente, de correspondência entre o sentido da mudança, característico não só da democracia, mas da civilização tecnológica e uma certa rigidez mental do homem que, massificando-se, deixa de assumir postura conscientemente crítica diante da vida. Excluído da órbita das decisões, cada vez mais adstritas a pequenas minorias, é comandado pelos meios de publicidade, a tal ponto que, em nada confia ou acredita, se não ouviu no rádio, na televisão ou se não leu nos jornais. Daí a sua identificação com formas míticas de explicação do seu mundo. Seu comportamento é o do homem que perde dolorosamente o seu endereço. É o homem desenraizado.
” FREIRE, Paulo. Educação como prática para a liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 90-91.
A primeira edição do livro em que consta esse trecho é de 1967.A ideia de ser humano desenraizado se caracteriza, no trecho citado, como a de uma pessoa que confia, antes de tudo, em meios de comunicação que seriam, conforme a argumentação, determinados pela publicidade que os financia. A partir disso, é possível afirmar: 
Alternativas
Q2021909 Pedagogia
“Eis o paradoxo da relação educativa: ela requer que o Educador seja percebido como estando ao mesmo tempo muito próximo e muito distante: próximo o bastante para que se possa ser como ele um dia, distante o suficiente para que se tenha a vontade de ser como ele um dia. Eis a dificuldade de sua ação: manifestar, sem escrúpulos, sua diferença, mostrar-se na posição mais bem sucedida e, nesse mesmo momento, manifestar sua extrema proximidade, deixar penetrar a emoção compartilhada, a inquietação ou o medo, sinal tangível de sua humanidade. Mas também, no momento da mais respeitosa escuta, na mais empática compreensão, quando se esforça para estar o mais próximo do outro e quando parece disposto a juntar-se a ele, não esquece que sempre faz "como se" e que esconder isso seria a pior das ilusões. E quando se tratar de ensinar, encontrará ainda esta dupla exigência: anunciar seus objetivos, apresentar o saber com a convicção de quem sabe e quer ganhar a adesão, mas projetar-se também nos bancos de sua sala de aula, tornar-se aluno de seu próprio saber para compreender as tentativas e os erros daquele que ainda não sabe.”
MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 94.
A partir do trecho selecionado, pode-se afirmar:  
Alternativas
Q2021910 Pedagogia
“Expressada de forma muito sintética (...), a aprendizagem é uma construção pessoal que cada menino e cada menina realizam graças à ajuda que recebem de outras pessoas. Esta construção, através da qual podem atribuir significado a um determinado objeto de ensino, implica a contribuição por parte da pessoa que aprende, de seu interesse e disponibilidade, de seus conhecimentos prévios e de sua experiência. Em tudo isto desempenha um papel essencial a pessoa especializada, que ajuda a detectar um conflito inicial entre o que já se conhece e o que se deve saber, que contribui para que o aluno se sinta capaz e com vontade de resolvê-lo, que propõe o novo conteúdo como um desafio interessante, cuja resolução terá alguma utilidade, que intervém de forma adequada nos progressos e nas dificuldades que o aluno manifesta, apoiando-o e prevendo, ao mesmo tempo, a atuação autônoma do aluno. É um processo que não só contribui para que o aluno aprenda certos conteúdos, mas também faz com que aprenda a aprender e que aprenda que pode aprender. Sua repercussão não se limita ao que o aluno sabe, igualmente influi no que sabe fazer e na imagem que tem de si mesmo.”
ZABALA, Antoni. A prática pedagógica: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 1998, p. 63.
A partir do excerto, pode-se afirmar que, nas sequências didáticas que se proponham a seguir o que foi indicado no texto, será necessário incluir: 
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Q2021911 Pedagogia
“Os currículos não são apenas o que é elaborado e prescrito, mas o que é adotado e implementado. Elaborar e implementar novas formas de currículos, baseadas em conhecimento aberto e compartilhado, depende muito do trabalho dos professores. Embora a tecnologia digital ofereça um mundo de possibilidades, as inovações têm maior probabilidade de serem bem-sucedidas quando são elaboradas para atender às necessidades e características particulares dos estudantes em contextos específicos. Os professores têm um papel importante a desempenhar na personalização da aprendizagem para que seja autêntica e relevante. Eles precisam de liberdade, preparação adequada, recursos instrucionais e suporte para adaptar, construir, elaborar e criar as melhores oportunidades de aprendizagem para seus estudantes. Os currículos do futuro devem proporcionar aos professores uma ampla margem de autonomia, complementada com fortes apoios, incluindo o que é oferecido pela tecnologia, e o que vem de uma rica colaboração com seus pares e de parcerias com especialistas no assunto, como professores universitários e cientistas.”
Comissão Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022, p. 81.

De acordo com o texto, no que diz respeito ao currículo, é possível afirmar que o papel do professor
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Q2021912 Pedagogia
“Ao ser permeável às tensões da sociedade, entre elas, as relações sociais de gênero (que podem combinar outros marcadores sociais como raça, geração, classe…), a escola também será responsável pela socialização de alunos/as a partir da forma mais socialmente divulgada de ser homem e ser mulher. O conceito de gênero foi desenvolvido (e continua sendo debatido) pelas Ciências Sociais em oposição aos Estudos de Mulher e aos estudos teóricos feministas com o objetivo de confrontar as explicações sobre as diferenças físicas e biológicas ligadas ao sexo que ainda são utilizadas para justificar as diferentes hierarquizações de poder, direitos entre os sexos e classificar as pessoas a partir de sua apresentação corporal. Dessa forma, gênero é uma categoria relacional e, embora essa seja uma construção contemporânea, organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências, continuam a relacionar o termo ‘gênero’ também como sinônimo de mulheres, em decorrência da história do movimento feminista.”

NEVES, Paulo Rogério da Cconceição. “Quando elas batem: relações sociais de gênero e a violência escolar”. In: VIANNA, Cláudia; CARVALHO, Marília (org.). Gênero e educação: 20 anos construindo conhecimento. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, s./p.
Ao se cotejar a literatura especializada, observa-se que as definições do conceito de gênero, entendido este quando expressa distinções biológicas e culturais relacionadas ao sexo, apresentam-se sob um quadro consideravelmente polissêmico. Considerando-se a bibliografia indicada para o concurso, dentre alguns dos significados possíveis, qual das alternativas contempla uma formulação pertinente? 
Alternativas
Q2021913 Pedagogia
“Esta escola se propõe um trabalho diferente desse confuso estilo de renovação que, de prático, se resume em permissões sucessivas e desavisadas, na complacência com os deveres não cumpridos e na tolerância sistemática com a indisciplina. O que visamos é o desenvolvimento dos indivíduos com capacidade de crítica. A capacidade de criticar a si próprio e a sociedade em que vive é o único ponto de apoio firme para desenvolvimento de homens criativos e livres.”
AZANHA, José Mário Pires. Educação: alguns escritos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987, p. 1-2, apud GORDO, Nívia; BOTO, Carlota. História da Escola de Aplicação da FEUSP [1976-1986]. Revista Iberoamericana do patrimônio histórico-educativo, v. 7, e021024, 2021, p. 7.

O enunciado alude à visão do educador José Mário Pires Azanha acerca do que entendia ser o alvo da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (EA-FEUSP) face à renovação pedagógica e educacional e ao desenvolvimento dos(as) alunos(as). No âmbito desses temas, conforme a avaliação de Azanha e o que consta da bibliografia básica do concurso, qual das alternativas a seguir contempla, na integralidade, papéis esperados a serem desempenhados pela EA-FEUSP? 
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Q2021914 Pedagogia
“A educação ética não é uma tarefa de especialistas, mas de toda a comunidade, não é fruto de um esforço isolado, mas de uma ação conjunta de todo o entorno social. Disso decorrem pelo menos dois desafios fundamentais para uma instituição escolar. O primeiro deles é o caráter fundamentalmente coletivo desse tipo de trabalho. O ensino de uma disciplina isolada, como a matemática ou a história, demanda especialistas que desejavelmente tenham as informações e capacidades que o habilitam a ocupar o lugar institucional de um professor. O trabalho educacional escolar passa pelo ensino de disciplinas específicas, mas está longe de esgotar-se nele. Não podemos tomá-lo, nas atuais condições históricas, como resultante de uma relação pessoal isolada ou como se cada professor fosse um ‘preceptor’ isolado em sua relação pessoal com os alunos. Da mesma forma, é um engano supor que a escola se constitui por uma simples somatória dessas relações individualizadas. Ela é regida por uma série de valores, práticas e objetivos institucionais decorrentes da peculiaridade de sua história e de sua tarefa social de iniciação dos jovens no mundo público.”
CARVALHO, José Sergio Fonseca de. Educação, cidadania e direitos humanos. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 96-97. 
O trecho discorre acerca da educação ética e dos dispositivos a serem postos em prática pela escola a fim de realizar o intento dessa formação. Nesse sentido, tendo bem presente o que é enfatizado no enunciado, depreendese que é alvo primordial da escola:
Alternativas
Q2021915 Pedagogia
“Verificamos assim que conceitos como o de avaliação formativa e mesmo o de pedagogia para a maestria surgem no âmbito dos desenvolvimentos teóricos do behaviorismo e são posteriormente integrados nos quadros conceituais de outras perspectivas teóricas, como a família de perspectivas que se abriga sob o chapéu do cognitivismo. Essa família, em muitos casos, assumiu e integrou contributos da Sociologia, da Antropologia e da Psicologia Social, o que lhe permitiu dar outra profundidade e densidade àqueles conceitos. Na verdade, são múltiplas as diferenças de entendimento entre behavioristas e construtivistas acerca da avaliação formativa. Os primeiros usam-na mais frequentemente na análise de resultados, em um quadro de definição de objetivos muito específicos (comportamentais) e de tarefas que testam cada um desses objetivos, ao passo que os segundos utilizam-na mais na análise dos processos de aprendizagem dos alunos em um quadro de definição mais abrangente e integrada de objetivos e de tarefas que avaliam um leque mais amplo e integrado de saberes.”
FERNANDES, Domingos. Avaliação interna: dos fundamentos e das práticas. In: ______. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Editora da Unesp, 2009, p. 49-50.
O excerto exemplifica características de uma determinada fase que marca a história da avaliação da aprendizagem. Segundo o raciocínio expresso, é correto afirmar:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026293 Geografia

Assinale a alternativa que apresenta a visão de ANJOS (2014) em seu artigo “Geografia, Cartografia e o Brasil africano: algumas representações”, quando se refere ao emprego da cartografia no estudo do Brasil Africano, após a promulgação da LF 10.639/2003.


Pode-se afirmar que, para o autor, o ensino de geografia na Educação Básica tem na cartografia 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026294 Geografia
SEEMANN, em seu artigo “Entre Usos e Abusos nos Mapas da Internet”, escreve que uma série de práticas cartográficas da vida cotidiana podem funcionar como estratégias complementares, reflexões e provocações para a cartografia escolar. No contexto apresentado por esse autor, a cartografia escolar:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026295 Geografia
Segundo CASTELLAR (2018:121): “Ao apresentarmos a ideia de metodologia inovadora, não entendemos como sendo a salvação da escola e nem como algo que acabou de ser descoberto. Entendemos, sim, como ações educativas que considerem o repertório dos alunos e que articulam a teoria com a prática para que seja possível potencializar as atividades didáticas.”
A partir desse pensamento, para empregar a linguagem cartográfica como uma metodologia inovadora no ensino de Geografia na Educação Básica deve-se considerá-la: 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026296 Geografia
Leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa que contém apenas as afirmações corretas.
I-Segundo CASTELLAR (2018:131) a cartografia é uma linguagem, um sistema composto por códigos de comunicação que são fundamentais para a compreensão do lugar de vivência, de leitura do mundo e a formação de um raciocínio geográfico.
II-Para CASTELLAR&VILHENA (2015:25), o estudo dos fenômenos na geografia escolar se torna mais atrativo, fazendo sentido quando o aluno é não só alfabetizado na linguagem cartográfica, mas também letrado nela. Nesse sentido, é importante não apenas localizar e identificar fenômenos, símbolos e códigos, mas também interpretá-los.
III-Nas salas de aula de Geografia, os mapas-murais como os atlas, em função dos instrumentos pedagógicos que são, deveriam ser presença obrigatória. É importante, para o desenvolvimento do raciocínio geográfico e geopolítico, ter contato com esse material mesmo com a amplitude de materiais digitais que temos acesso atualmente. (PONTUSCHKA, PAGANELLI, CACETE, 2007: 326)
IV-Pensando na cartografia enquanto uma técnica de representação dos lugares, CASTELLAR&VILHENA (2015:29) nos lembram que os símbolos que utilizamos na linguagem cartográfica devem ser vistos diferentemente das palavras, cuja compreensão permite o entendimento do texto. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026297 Geografia
Com relação ao processo de formação do relevo brasileiro, pode-se afirmar que: 
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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026298 Geografia
Aziz Ab’Saber organiza e classifica a paisagem natural brasileira em sete diferentes domínios paisagísticos (seis domínios e uma área de transição), atribuindo assim o conceito de Domínios Morfoclimáticos. Qual das alternativas melhor conceitua o que vem a ser Domínio Morfoclimático? 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026299 Geografia

Segundo CONTI&FURLAM (ROSS, 2001:102), existem cinco características do ambiente tropical que atuam no espaço geográfico brasileiro. Assinale a alternativa que relaciona corretamente a característica do clima tropical à sua localização no espaço brasileiro:

Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026300 Geografia
Desde sua formação, há mais ou menos 4,5 bilhões de anos, a Terra vem passando por transformações significativas na crosta terrestre e na atmosfera do planeta. A ação humana desde a Primeira Revolução Industrial tem provocado muitas alterações do uso do solo a ponto de ser comparada com as forças geofísicas que atuam em nosso planeta. As mudanças são tão intensas que, desde os anos 1980, cientistas vêm chamando esse momento de Antropoceno, ou seja, uma nova era na escala geológica. Sobre esse período, leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta que contém apenas as proposições corretas.
I- O período do Antropoceno é consequência da modernidade urbano-industrial, marcada pelo uso generalizado de combustíveis fósseis, produção em massa de mercadorias alimentadas pelo consumismo amplamente fomentado.
II-As atividades antrópicas ultrapassaram a capacidade de carga da Terra, e a Pegada Ecológica da humanidade extrapolou a biocapacidade do Planeta.
III-O desequilíbrio homeostático que marca o Antropoceno em todas as áreas naturais alterou a química da atmosfera, promoveu a acidificação dos solos e dos corpos d’água e está promovendo a extinção de várias espécies.
IV-As emissões de gases de efeito estufa (GEE) ultrapassaram o nível de concentração de CO2 na atmosfera, que é de 280 partes por milhão (ppm), que prevalecia durante todo o Holoceno. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026301 Geografia
Quanto à Caatinga, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa que contém apenas as sentenças corretas.
I-A caatinga propriamente dita é corresponde a uma mata seca que não perde suas folhas durante a estações do ano. Essa vegetação apresenta xeromorfia, que lhe permite perder menos água por meio da transpiração.
II-As caatingas podem ser ecologicamente classificadas em 05 tipos de caatinga: a caatinga seca não-arbórea, a caatinga seca arbórea, a caatinga arbustiva densa, a caatinga de relevo mais elevado e a caatinga do chapadão do Moxotó.
III-As matas que compõem a caatinga são muito ricas em espécies e se desenvolvem em solo fértil que pode ser arenoso ou pedregoso (tipo litossolos). A falta de água é constante em toda a região, em algumas áreas a precipitação pode chegar a 1500 mm anuais.
IV-A cobertura vegetal que compõe as caatingas forma uma diagonal que separa a floresta amazônica, a qual está a noroeste da mata atlântica, que está a leste. Atribui-se a pouca chuva e sua distribuição irregular aos fortes ventos alísios que não trazem umidade para essa área. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
Q2026302 Geografia
Em 09 de fevereiro de 2020, a Folha de São Paulo publicou uma reportagem, intitulada “Envelhecimento do Brasil já compromete o crescimento”. Essa matéria foi feita com base em um estudo realizado pelo Ibre-Instituto Brasileiro de Economia/FGV, que traz um histórico de quase quatro décadas elaborado pelos pesquisadores Fernando Veloso, Silvia Matos e Paulo Peruchetti. Segundo a reportagem, os fatores que permitiram que a renda per capita do Brasil crescesse acima da produtividade por hora trabalhada desde os anos 1980 deixarão de contribuir para a melhoria do padrão de vida da população brasileira nos próximos anos. Um desses fatores, que se esgotou em 2018, é o bônus demográfico. Ainda segundo a reportagem, desde 2018, já estaríamos vivendo no chamado “ônus demográfico”, e essa situação se aprofundaria nos próximos 30 anos. Observe a seguir os gráficos e os dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e PNadC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
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Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta:
(I) Refletindo sobre a situação brasileira diante do envelhecimento populacional e considerando os dois gráficos, é possível afirmar que, no Brasil, o bônus demográfico já terminou. A população em idade ativa (PIA) parou de crescer em ritmo mais veloz do que a população total. A solução agora é investir na automação das atividades e em uma agenda de reformas que deem mais dinamismo à economia e assim combater a informalidade.
(II) O Brasil não aproveitou as oportunidades com o bônus demográfico. No entanto, há uma projeção do aumento da PO em relação à PT. As políticas públicas devem estar mais voltadas para uma agenda educacional que prepare o trabalhador para as mudanças que estão ocorrendo no mercado de trabalho, de modo a reduzir a informalidade e que gere empregos de melhor qualidade
(III) Pela projeção (pós 2020), o Brasil voltará a ter ônus demográfico. O país deverá investir no aumento da produtividade apostando ainda mais na automação dos vários setores da economia. Com o aumento da automação e a diminuição da necessidade de mão-deobra, a competitividade dos produtos volta a crescer. 
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: C
4: B
5: D
6: E
7: B
8: E
9: A
10: D
11: A
12: B
13: E
14: C
15: A
16: C
17: D
18: E
19: E
20: C