Questões de Concurso Público USP 2022 para Professor - Geografia
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O ciclo contínuo de criação de conhecimento que ocorre por meio de contestação, diálogo e debate é o que ajuda a coordenar a ação, produzir verdades científicas e incentivar a inovação. É um dos recursos mais valiosos e inesgotáveis da humanidade e um aspecto fundamental da educação. Quanto mais pessoas têm acesso aos conhecimentos comuns, mais abundantes eles se tornam. O desenvolvimento da linguagem, do numeramento e dos sistemas de escrita facilitou a disseminação do conhecimento ao longo do tempo e do espaço. Isso, por sua vez, permitiu que as sociedades humanas atingissem níveis extraordinários de crescimento coletivo e construção de civilizações. As possibilidades dos conhecimentos comuns são teoricamente infinitas. A diversidade e a inovação desencadeadas pelos conhecimentos comuns originam-se de empréstimos e experimentações que atravessam fronteiras disciplinares, bem como da reinterpretação do antigo e da criação do novo.
Infelizmente, as barreiras impedem a equidade no acesso e na contribuição para os conhecimentos comuns. Existem lacunas e distorções significativas no conhecimento acumulado da humanidade que necessitam ser abordadas e corrigidas. Perspectivas, linguagens e conhecimentos indígenas têm sido marginalizados há muito tempo. Mulheres, meninas, minorias e grupos de baixa renda também são severamente sub-representados. As limitações de acesso a conhecimentos comuns ocorrem como resultado de comercialização e leis de propriedade intelectual excessivamente restritivas, da ausência de regulamentação e da falta de suporte adequado para as comunidades e os sistemas que gerenciam os conhecimentos comuns.(..)
Um direito ampliado à educação ao longo da vida requer o compromisso em derrubar barreiras e garantir que os conhecimentos comuns sejam um recurso aberto e duradouro que reflita as diversas formas de conhecer e estar no mundo.
Comissão Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022, p. 10 e 11.
A partir da leitura do texto, pode-se afirmar:
LAJONQUIÈRE, Leandro de. A criança, “sua” (in)disciplina e a psicanálise. In: AQUINO, Júlio Groppa (org). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. SP: Summus, 1996, p. 32.
Podemos concluir, a partir da leitura do texto, que nele se defende a seguinte ideia:
” FREIRE, Paulo. Educação como prática para a liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 90-91.
A primeira edição do livro em que consta esse trecho é de 1967.A ideia de ser humano desenraizado se caracteriza, no trecho citado, como a de uma pessoa que confia, antes de tudo, em meios de comunicação que seriam, conforme a argumentação, determinados pela publicidade que os financia. A partir disso, é possível afirmar:
MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 94.
A partir do trecho selecionado, pode-se afirmar:
ZABALA, Antoni. A prática pedagógica: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 1998, p. 63.
A partir do excerto, pode-se afirmar que, nas sequências didáticas que se proponham a seguir o que foi indicado no texto, será necessário incluir:
Comissão Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022, p. 81.
De acordo com o texto, no que diz respeito ao currículo, é possível afirmar que o papel do professor
NEVES, Paulo Rogério da Cconceição. “Quando elas batem: relações sociais de gênero e a violência escolar”. In: VIANNA, Cláudia; CARVALHO, Marília (org.). Gênero e educação: 20 anos construindo conhecimento. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, s./p.
Ao se cotejar a literatura especializada, observa-se que as definições do conceito de gênero, entendido este quando expressa distinções biológicas e culturais relacionadas ao sexo, apresentam-se sob um quadro consideravelmente polissêmico. Considerando-se a bibliografia indicada para o concurso, dentre alguns dos significados possíveis, qual das alternativas contempla uma formulação pertinente?
AZANHA, José Mário Pires. Educação: alguns escritos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987, p. 1-2, apud GORDO, Nívia; BOTO, Carlota. História da Escola de Aplicação da FEUSP [1976-1986]. Revista Iberoamericana do patrimônio histórico-educativo, v. 7, e021024, 2021, p. 7.
O enunciado alude à visão do educador José Mário Pires Azanha acerca do que entendia ser o alvo da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (EA-FEUSP) face à renovação pedagógica e educacional e ao desenvolvimento dos(as) alunos(as). No âmbito desses temas, conforme a avaliação de Azanha e o que consta da bibliografia básica do concurso, qual das alternativas a seguir contempla, na integralidade, papéis esperados a serem desempenhados pela EA-FEUSP?
CARVALHO, José Sergio Fonseca de. Educação, cidadania e direitos humanos. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 96-97.
O trecho discorre acerca da educação ética e dos dispositivos a serem postos em prática pela escola a fim de realizar o intento dessa formação. Nesse sentido, tendo bem presente o que é enfatizado no enunciado, depreendese que é alvo primordial da escola:
FERNANDES, Domingos. Avaliação interna: dos fundamentos e das práticas. In: ______. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Editora da Unesp, 2009, p. 49-50.
O excerto exemplifica características de uma determinada fase que marca a história da avaliação da aprendizagem. Segundo o raciocínio expresso, é correto afirmar:
Assinale a alternativa que apresenta a visão de ANJOS (2014) em seu artigo “Geografia, Cartografia e o Brasil africano: algumas representações”, quando se refere ao emprego da cartografia no estudo do Brasil Africano, após a promulgação da LF 10.639/2003.
Pode-se afirmar que, para o autor, o ensino de geografia na Educação Básica tem na cartografia
A partir desse pensamento, para empregar a linguagem cartográfica como uma metodologia inovadora no ensino de Geografia na Educação Básica deve-se considerá-la:
I-Segundo CASTELLAR (2018:131) a cartografia é uma linguagem, um sistema composto por códigos de comunicação que são fundamentais para a compreensão do lugar de vivência, de leitura do mundo e a formação de um raciocínio geográfico.
II-Para CASTELLAR&VILHENA (2015:25), o estudo dos fenômenos na geografia escolar se torna mais atrativo, fazendo sentido quando o aluno é não só alfabetizado na linguagem cartográfica, mas também letrado nela. Nesse sentido, é importante não apenas localizar e identificar fenômenos, símbolos e códigos, mas também interpretá-los.
III-Nas salas de aula de Geografia, os mapas-murais como os atlas, em função dos instrumentos pedagógicos que são, deveriam ser presença obrigatória. É importante, para o desenvolvimento do raciocínio geográfico e geopolítico, ter contato com esse material mesmo com a amplitude de materiais digitais que temos acesso atualmente. (PONTUSCHKA, PAGANELLI, CACETE, 2007: 326)
IV-Pensando na cartografia enquanto uma técnica de representação dos lugares, CASTELLAR&VILHENA (2015:29) nos lembram que os símbolos que utilizamos na linguagem cartográfica devem ser vistos diferentemente das palavras, cuja compreensão permite o entendimento do texto.
Segundo CONTI&FURLAM (ROSS, 2001:102), existem cinco
características do ambiente tropical que atuam no espaço
geográfico brasileiro. Assinale a alternativa que relaciona
corretamente a característica do clima tropical à sua
localização no espaço brasileiro:
I- O período do Antropoceno é consequência da modernidade urbano-industrial, marcada pelo uso generalizado de combustíveis fósseis, produção em massa de mercadorias alimentadas pelo consumismo amplamente fomentado.
II-As atividades antrópicas ultrapassaram a capacidade de carga da Terra, e a Pegada Ecológica da humanidade extrapolou a biocapacidade do Planeta.
III-O desequilíbrio homeostático que marca o Antropoceno em todas as áreas naturais alterou a química da atmosfera, promoveu a acidificação dos solos e dos corpos d’água e está promovendo a extinção de várias espécies.
IV-As emissões de gases de efeito estufa (GEE) ultrapassaram o nível de concentração de CO2 na atmosfera, que é de 280 partes por milhão (ppm), que prevalecia durante todo o Holoceno.
I-A caatinga propriamente dita é corresponde a uma mata seca que não perde suas folhas durante a estações do ano. Essa vegetação apresenta xeromorfia, que lhe permite perder menos água por meio da transpiração.
II-As caatingas podem ser ecologicamente classificadas em 05 tipos de caatinga: a caatinga seca não-arbórea, a caatinga seca arbórea, a caatinga arbustiva densa, a caatinga de relevo mais elevado e a caatinga do chapadão do Moxotó.
III-As matas que compõem a caatinga são muito ricas em espécies e se desenvolvem em solo fértil que pode ser arenoso ou pedregoso (tipo litossolos). A falta de água é constante em toda a região, em algumas áreas a precipitação pode chegar a 1500 mm anuais.
IV-A cobertura vegetal que compõe as caatingas forma uma diagonal que separa a floresta amazônica, a qual está a noroeste da mata atlântica, que está a leste. Atribui-se a pouca chuva e sua distribuição irregular aos fortes ventos alísios que não trazem umidade para essa área.
Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta:
(I) Refletindo sobre a situação brasileira diante do envelhecimento populacional e considerando os dois gráficos, é possível afirmar que, no Brasil, o bônus demográfico já terminou. A população em idade ativa (PIA) parou de crescer em ritmo mais veloz do que a população total. A solução agora é investir na automação das atividades e em uma agenda de reformas que deem mais dinamismo à economia e assim combater a informalidade.
(II) O Brasil não aproveitou as oportunidades com o bônus demográfico. No entanto, há uma projeção do aumento da PO em relação à PT. As políticas públicas devem estar mais voltadas para uma agenda educacional que prepare o trabalhador para as mudanças que estão ocorrendo no mercado de trabalho, de modo a reduzir a informalidade e que gere empregos de melhor qualidade
(III) Pela projeção (pós 2020), o Brasil voltará a ter ônus demográfico. O país deverá investir no aumento da produtividade apostando ainda mais na automação dos vários setores da economia. Com o aumento da automação e a diminuição da necessidade de mão-deobra, a competitividade dos produtos volta a crescer.