Questões de Concurso Público USP 2022 para Professor - História

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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
Q2023301 História
Leia o texto e julgue as asserções a seguir.
"O imperialismo é filho da industrialização. Nos países ricos, onde o capital abunda e se acumula rápido, onde a indústria se expande de modo constante, ( ... ), onde a agricultura inclusive deve mecanizar-se para sobreviver, as exportações constituem um fator essencial para a prosperidade pública e as oportunidades para o capital e a demanda de mão-deobra refletem a magnitude do mercado externo."
Jules Ferry, Primeiro-Ministro da Franga na década de 1880. Citado por CLOUGH, S. B. e MOODIE, C. G., História Econômica de Europa, Editorial Paidos, pag. 167.. In: AQUINO, R. S. L. de. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais.
I. A expansão de mercados em regiões da Ásia passou, necessariamente, pela superação de barreiras aduaneiras locais; na Índia, esse processo foi marcado pela Revolta dos Sipaios de 1857, quando, sob a liderança sultão Bahadur Shahsendo, soldados indianos ao serviço da Companhia Britânica das Índias Orientais conseguiram suprimir os grupos monopolísticos franceses e chineses que controlavam, sob forte inspiração mercantilista, o comércio local.
II. Diferentemente do colonialismo dos séculos XV ao XVIII, que dependia menos de intercâmbio de matériasprimas e manufaturados entre o Novo e Velho Mundo do que da circulação de moedas, o imperialismo dos séculos XIX e XX orientava-se sobretudo pela busca de mercados consumidores por onde pudessem escoar os produtos industrializados das potências europeias.
III. Processo puramente econômico, sinalizador do processo de acentuada financeirização das economias globais, as incursões dos países europeus na África, Ásia e América Latina prescindiram de justificativas civilizatórias e filantrópicas que, em outros contextos, como o do tráfico atlântico de escravos, forneceram o aporte ideológico para a legitimação da ação europeia.
IV. A abertura do Japão ao imperialismo ocidental foi realizada pelos Estados Unidos, quando, em 1854, uma esquadra comandada por Matthew Perry obrigou o Xogum a conceder aos norte-americanos o direito de comerciar através de portos de Shimada e de Hakodate.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
Q2023302 Pedagogia

“O espaço acadêmico como produtor de história, formador dos profissionais encarregados de ensiná-la, frequentemente associado aos interesses do capital, alia-se à indústria cultural, que paulatinamente participa do debate acadêmico e aponta rumos para a história/mercadoria ali produzida. A indústria editorial brasileira é modernizada, nesse período, graças aos incentivos financeiros estatais e à massificação do ensino. O livro didático torna-se uma das mercadorias mais vendidas e assume a forma do currículo e do saber em nossas escolas. As editoras acompanham e participam das transformações na pesquisa historiográfica acadêmica e no ensino de 1º e 2º graus, renovando os tradicionais livros didáticos de história e por meio dos lançamentos dos livros chamados paradidáticos.”

Selva Guimarães, Caminhos da História Ensinada, 13ª Ed. Campinas-SP, 2012, p.160.


“A familiaridade com o uso do livro didático faz que seja fácil identificá-lo e estabelecer distinções entre ele e os demais livros. Entretanto, trata-se de objeto cultural de difícil definição, por ser obra bastante complexa, que se caracteriza pela interferência de vários sujeitos em sua produção, circulação e consumo. Possui ou pode assumir funções diferentes, dependendo das condições, do lugar e do momento em que é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares. É um objeto de ‘múltiplas facetas’, e para sua elaboração e uso existem múltiplas interferências.

Como produto cultural fabricado por técnicos que determinam seus aspectos materiais, o livro didático caracteriza-se, nessa dimensão material, por ser uma mercadoria ligada ao mundo editorial e à lógica da indústria editorial e à lógica da indústria cultural do sistema capitalista. CONCURSO PROFEM 2022 Constitui também um suporte de conhecimentos escolares propostos pelos currículos educacionais. Essa característica faz que o Estado esteja sempre presente na existência do livro didático: interfere indiretamente na elaboração dos conteúdos escolares veiculados por ele e posteriormente estabelece critérios para avaliá-lo, seguindo, na maior parte das vezes, os pressupostos dos currículos escolares institucionais. Como os conteúdos propostos pelos currículos são expressos pelos textos didáticos, o livro torna-se um instrumento fundamental na própria constituição dos saberes escolares.”

Circe Bittencourt, Ensino de História. Fundamentos e métodos. 4ª Edição (1ª Ed. 2004), São Paulo: Cortez, 2011. p. 301-302. 

Sobre as relações entre livro didático e currículo, Selva Guimarães afirma que, nas décadas de 1970 e 1980, 
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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
Q2023303 Pedagogia

“O espaço acadêmico como produtor de história, formador dos profissionais encarregados de ensiná-la, frequentemente associado aos interesses do capital, alia-se à indústria cultural, que paulatinamente participa do debate acadêmico e aponta rumos para a história/mercadoria ali produzida. A indústria editorial brasileira é modernizada, nesse período, graças aos incentivos financeiros estatais e à massificação do ensino. O livro didático torna-se uma das mercadorias mais vendidas e assume a forma do currículo e do saber em nossas escolas. As editoras acompanham e participam das transformações na pesquisa historiográfica acadêmica e no ensino de 1º e 2º graus, renovando os tradicionais livros didáticos de história e por meio dos lançamentos dos livros chamados paradidáticos.”

Selva Guimarães, Caminhos da História Ensinada, 13ª Ed. Campinas-SP, 2012, p.160.


“A familiaridade com o uso do livro didático faz que seja fácil identificá-lo e estabelecer distinções entre ele e os demais livros. Entretanto, trata-se de objeto cultural de difícil definição, por ser obra bastante complexa, que se caracteriza pela interferência de vários sujeitos em sua produção, circulação e consumo. Possui ou pode assumir funções diferentes, dependendo das condições, do lugar e do momento em que é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares. É um objeto de ‘múltiplas facetas’, e para sua elaboração e uso existem múltiplas interferências.

Como produto cultural fabricado por técnicos que determinam seus aspectos materiais, o livro didático caracteriza-se, nessa dimensão material, por ser uma mercadoria ligada ao mundo editorial e à lógica da indústria editorial e à lógica da indústria cultural do sistema capitalista. CONCURSO PROFEM 2022 Constitui também um suporte de conhecimentos escolares propostos pelos currículos educacionais. Essa característica faz que o Estado esteja sempre presente na existência do livro didático: interfere indiretamente na elaboração dos conteúdos escolares veiculados por ele e posteriormente estabelece critérios para avaliá-lo, seguindo, na maior parte das vezes, os pressupostos dos currículos escolares institucionais. Como os conteúdos propostos pelos currículos são expressos pelos textos didáticos, o livro torna-se um instrumento fundamental na própria constituição dos saberes escolares.”

Circe Bittencourt, Ensino de História. Fundamentos e métodos. 4ª Edição (1ª Ed. 2004), São Paulo: Cortez, 2011. p. 301-302. 

A partir do excerto é possível inferir que, para Circe Bittencourt, 
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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
Q2023304 Pedagogia

“O espaço acadêmico como produtor de história, formador dos profissionais encarregados de ensiná-la, frequentemente associado aos interesses do capital, alia-se à indústria cultural, que paulatinamente participa do debate acadêmico e aponta rumos para a história/mercadoria ali produzida. A indústria editorial brasileira é modernizada, nesse período, graças aos incentivos financeiros estatais e à massificação do ensino. O livro didático torna-se uma das mercadorias mais vendidas e assume a forma do currículo e do saber em nossas escolas. As editoras acompanham e participam das transformações na pesquisa historiográfica acadêmica e no ensino de 1º e 2º graus, renovando os tradicionais livros didáticos de história e por meio dos lançamentos dos livros chamados paradidáticos.”

Selva Guimarães, Caminhos da História Ensinada, 13ª Ed. Campinas-SP, 2012, p.160.


“A familiaridade com o uso do livro didático faz que seja fácil identificá-lo e estabelecer distinções entre ele e os demais livros. Entretanto, trata-se de objeto cultural de difícil definição, por ser obra bastante complexa, que se caracteriza pela interferência de vários sujeitos em sua produção, circulação e consumo. Possui ou pode assumir funções diferentes, dependendo das condições, do lugar e do momento em que é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares. É um objeto de ‘múltiplas facetas’, e para sua elaboração e uso existem múltiplas interferências.

Como produto cultural fabricado por técnicos que determinam seus aspectos materiais, o livro didático caracteriza-se, nessa dimensão material, por ser uma mercadoria ligada ao mundo editorial e à lógica da indústria editorial e à lógica da indústria cultural do sistema capitalista. CONCURSO PROFEM 2022 Constitui também um suporte de conhecimentos escolares propostos pelos currículos educacionais. Essa característica faz que o Estado esteja sempre presente na existência do livro didático: interfere indiretamente na elaboração dos conteúdos escolares veiculados por ele e posteriormente estabelece critérios para avaliá-lo, seguindo, na maior parte das vezes, os pressupostos dos currículos escolares institucionais. Como os conteúdos propostos pelos currículos são expressos pelos textos didáticos, o livro torna-se um instrumento fundamental na própria constituição dos saberes escolares.”

Circe Bittencourt, Ensino de História. Fundamentos e métodos. 4ª Edição (1ª Ed. 2004), São Paulo: Cortez, 2011. p. 301-302. 

Os excertos selecionados permitem observar que Selva Guimarães e Circe Bittencourt tratam de dimensões significativas e consideram vários sujeitos envolvidos no ensino de História em suas obras. Qual é a avaliação de ambas sobre o papel desempenhado pelo Estado na produção do livro didático?
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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
Q2023305 Pedagogia
Como uma das conclusões sobre os “Caminhos da História Ensinada”, Selva Guimarães afirma que, entre 1970 e 1980, “[...] há uma ampliação do campo da história ensinada por meio da busca de temáticas novas, da pluralização das fontes utilizadas. Apesar de o livro didático continuar hegemônico, os professores têm incorporado um CONCURSO PROFEM 2022 diversificado número de materiais e problemas, evitando assim, a exclusão de diversos sujeitos e ações históricas, tradicionalmente operada pelos manuais e programas de ensino.” Sobre as relações entre o professor de história, o livro didático e a ampliação do campo da história ensinada abordadas pela autora, avalie as afirmações a seguir.
I - O professor foi elemento essencial para a ampliação do campo da História ensinada, pois incorporou em suas práticas sujeitos e problemas ligados à renovação historiográfica que não eram contemplados pelos livros didáticos.
II - O ensino de História deixou de depender exclusivamente dos manuais e programas tradicionais, desde que o professor passou a utilizar diferentes tipos de fonte como parte da metodologia de ensino-aprendizagem.
III - O livro didático, que se manteve hegemônico como instrumento de trabalho do professor, incorporou novos temas e problemas, funcionando como o principal elemento da ampliação do campo da história ensinada.
Estão corretas as afirmações:  
Alternativas
Respostas
26: E
27: B
28: E
29: B
30: A