“A educação ética não é uma tarefa de especialistas, mas de
toda a comunidade, não é fruto de um esforço isolado, mas
de uma ação conjunta de todo o entorno social. Disso
decorrem pelo menos dois desafios fundamentais para uma
instituição escolar. O primeiro deles é o caráter
fundamentalmente coletivo desse tipo de trabalho. O
ensino de uma disciplina isolada, como a matemática ou a
história, demanda especialistas que desejavelmente
tenham as informações e capacidades que o habilitam a
ocupar o lugar institucional de um professor. O trabalho
educacional escolar passa pelo ensino de disciplinas
específicas, mas está longe de esgotar-se nele. Não
podemos tomá-lo, nas atuais condições históricas, como
resultante de uma relação pessoal isolada ou como se cada
professor fosse um ‘preceptor’ isolado em sua relação
pessoal com os alunos. Da mesma forma, é um engano
supor que a escola se constitui por uma simples somatória
dessas relações individualizadas. Ela é regida por uma série
de valores, práticas e objetivos institucionais decorrentes da
peculiaridade de sua história e de sua tarefa social de
iniciação dos jovens no mundo público.”
CARVALHO, José Sergio Fonseca de. Educação, cidadania e direitos
humanos. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 96-97.
O trecho discorre acerca da educação ética e dos
dispositivos a serem postos em prática pela escola a fim de
realizar o intento dessa formação. Nesse sentido, tendo
bem presente o que é enfatizado no enunciado, depreendese que é alvo primordial da escola: